Com mais de 98% dos votos apurados, os resultados preliminares das eleições legislativas da Finlândia, que se realizaram este domingo, mostram a vitória do Partido da Coligação Nacional. Os vencedores obtiveram 20,8% dos votos, que representam 48 lugares no parlamento do país.

A corrida entre os três principais partidos da Finlândia foi extremamente renhida, o que fez com que os resultados se mantivessem incertos ao longo de grande parte deste domingo, explica a televisão pública finlandesa YLE. O Partido dos Finlandeses, de extrema-direita, ficou em segundo lugar na ida às urnas, com 20% dos votos. Por sua vez, o Partido Social Democrata, liderado pela atual primeira-ministra Sanna Marin, aumentou a percentagem de votos e número de ‘lugares’ no Parlamento, mas caiu para a terceira maior força partidária no parlamento com 19,9% dos votos.

Ao cumprimentar os militantes do Partido da Coligação Nacional, o líder partidário Petteri Orpo destacou a “vitória”. Já Sanna Marin reconheceu a vitória do bloco conservador, felicitou Orpo e disse que a “democracia falou”. A finlandesa YLE escreve que a participação nas eleições está a um nível semelhante ao de 2019, com cerca de 71,9% dos cidadãos residentes no país a terem votado — número que compara com os 72,1% que se dirigiram às urnas há quatro anos.

Considerando que o partido que lidera conseguiu obter uma “grande vitória”, Petteri Orpo explicou que começará a “negociar um governo na Finlândia”. As negociações são necessárias porque as eleições legislativas definem a distribuição de 200 lugares no Parlamento finlandês. Para formar governo, o partido que venceu precisa de uma coligação com outros para garantir a representação de, no mínimo, 101 assentos parlamentares.

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O jornal britânico Telegraph explica que Petteri Orpo pode optar por escolher formar governo com o Partido dos Finlandeses, de extrema-direita, ou com o Partido Social Democrata. Ainda assim, como está em desacordo com ambos em diversos pontos as negociações deverão durar várias semanas.

Quando assumiu o cargo, em 2019, Sanna Marin tornou-se na primeira-ministra mais jovem do mundo. Na altura, liderou uma coligação de cinco partidos, todos liderados por mulheres. Ainda assim, a BBC recorda que não era uma figura consensual entre os finlandeses, tendo ficando sob maior escrutínio no ano passado quando surgiu um vídeo nas redes sociais onde aparece a dançar e a cantar em festas com celebridades nacionais.

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