Quinta-feira será um dia decisivo para o agente de autoridade. Um juiz espanhol vai ouvir o seu depoimento, depois de já ter ouvido o da queixosa nesta quarta-feira — que o acusa de abuso sexual — e o do fotógrafo da agência Efe que captou o momento em imagem. O ano passado, durante um protesto de ativistas feministas da Femen, o agente em causa agarrou uma das mulheres, despida da cintura para cima, pelo peito. Agora, corre o risco de ser julgado pelo crime de abuso sexual.

O magistrado considerou que os fatos “apresentam características que sugerem a possível existência de crime”.

As ativistas da Femen costumam despir a parte de cima da roupa nos seus protestos, mas nunca tinham passado por uma situação idêntica. “É a primeira vez na história do Femen Espanha que uma ativista apresenta uma queixa contra um agente por abuso sexual durante a detenção”, argumentou a advogada do grupo, citada pelo jornal espanhol El Pais.

“Nunca tinham sofrido abusos durante as prisões nos múltiplos atos que protagonizaram, o último às portas do Senado”, acrescentou a advogada Endika Zulueta. Segundo a denúncia, o agente agarrou a ativista por trás, “apertando-lhe os seios com as duas mãos, o que obviamente foi desnecessário para a detenção”.

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