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O presidente da IL, Rui Rocha, acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de fazer uma “política de ziguezague”, aumentando sempre “a carga fiscal”, pedindo-lhe para “deixar os portugueses trabalhar”.

Na reação ao anúncio do aumento das pensões de 3,57% a partir de julho, Rui Rocha afirmou estar-se perante “uma política de ziguezague que, infelizmente, a nível fiscal, vai sempre em frente e mais do que aquilo que é necessário”.

“Os ziguezagues existem, mas sempre para mais carga fiscal, sempre a retirar mais dinheiro do bolso dos portugueses quando estes estão perante uma situação de dificuldade permanente e agora muito mais agravada pela situação inflacionista”, afirmou o dirigente da Iniciativa Liberal.

Enfatizando ser “preciso que António Costa tire a mão do bolso dos portugueses e que os deixe gerir as suas vidas”, Rui Rocha disse ser necessário que o chefe do Governo “deixe os portugueses trabalhar”.

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Sobre a medida apresentada, Rui Rocha disse que representa, “por um lado, aquilo que António Costa sempre negou”, e que, “afinal era verdade, que os pensionistas viram um corte nas suas pensões com aquilo que foi feito e anunciado no final de 2022 e agora, apesar da propaganda normal, aquilo que se passa é devolver de alguma maneira aos pensionistas o que António Costa tinha cortado”.

Acusando o Governo de não ter “uma visão estratégica para o país” e alegando que “não há uma organização política e económica com que se possa contar”, o líder da IL assinalou que o que se assiste “são medidas e pacotes pontuais sempre que António Costa está apertado em termos de agenda política”.

O país está a ser gerido de acordo com o impulso, com a necessidade política de António Costa. Isso não é aceitável”, acusou.

“Ainda hoje foi apresentado o Plano de Estabilidade e o que ressalta é que há já uma cobrança de mil milhões [de euros] a mais. António Costa está a retirar sistematicamente em excesso do bolso dos portugueses e depois vai distribuindo de acordo com aquele que é o seu ciclo político, umas vezes aos pensionistas, outras vezes aos profissionais e outras em apoios sociais, é de acordo com o que António Costa decide”, acrescentou.

Mantendo o espírito crítico, Rui Rocha defendeu que “um país não pode ser decidido assim e é preciso dizer ao primeiro-ministro que o dinheiro é dos portugueses e não faz nenhum sentido estar a retirar sistematicamente (…) é como um açambarcamento”.

“Espero que, de uma vez por todas, sigam a recomendação da IL em diferentes orçamentos de estado: é que se o Estado está a cobrar em excesso, se cobra a mais e se depois, por isso mesmo, se sente na obrigação de devolver uma parte, pois então sabendo que o dinheiro é dos portugueses, que faça uma redução do IRS, da carga fiscal que impende sobre os portugueses, para que os portugueses possam saber com o que contam”.

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Reiterando a importância de “reduzir os impostos de forma significativa”, lembrou dados recentes que mostraram que o “Estado está a cobrar em 2022 mais 883 euros em impostos face ao ano anterior”.

O primeiro-ministro garantiu que as pensões em 2024 vão ser atualizadas de acordo com a fórmula de cálculo prevista na Lei de Bases da Segurança Social face à evolução “positiva” que a economia portuguesa regista e que os pensionistas vão ter um aumento de 3,57%.