A antiga primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinda Arden ganhou duas bolsas de estudo na Universidade de Harvard, para onde irá durante um semestre. O anúncio foi feito pela própria esta terça-feira na rede social Instagram.

A antiga líder do executivo neozelandês foi convidada para uma bolsa no Centro da Escola Kennedy para a Governação Pública, assim como outra bolsa no Centro Berkman Klein para a Internet e Sociedade, da Faculdade de Direito de Harvard. Jacinda Arden irá estar o extremismo online na faculdade de Direito e na construção de capacidades de liderança e de governação na Escola Kennedy.

Esta não será apenas uma oportunidade de trabalhar em colaboração com a comunidade de investigação do centro [Berkman Klein],  mas também de trabalhar nos desafios em torno do crescimento de ferramentas de Inteligência Artificial”, afirmou a primeira-ministra na rede social.

Por estar a desenvolver trabalho académico em Harvard, a antiga primeira-ministra não estará presente na Nova Zelândia aquando da realização das eleições gerais, a 14 de outubro de 2023. “Embora esteja fora durante um semestre [com sorte aquele que recai sobre as eleições gerais], estarei de volta no final das duas bolsas”, escreveu. “Afinal de contas, a Nova Zelândia é a minha casa.”

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No ano passado, de acordo com o The Guardian, Jacinda Arden discursou durante a sessão de formatura de Harvard, momento esse que lhe valeu uma ovação de pé. O tópico do discurso foi a relação entre o controlo de armas e a democracia.

Além das duas bolsas, a antiga líder do executivo neozelandês irá manter o seu trabalho na Christchurch Call, uma organização intergovernamental desenvolvida pela própria depois do ataque em Christchurch, em 2019, que tem como objetivo impedir a difusão online de conteúdo extremista e terrorista.

Jacinda Arden mostrou ao mundo uma liderança política forte e empática” afirmou o diretor da Escola Kennedy, Douglas Emendorf, citado pela CNN. “Ela ganhou o respeito muito além da costa do seu país, e trará importantes perspetivas para os nossos alunos e criará importantes conversas cobre as escolhas de políticas públicas que os líderes enfrentam em todos os níveis.”

A antiga líder continuará igualmente a fazer parte do conselho de administração do Prince Willliam’s Earthshot Prize, uma associação que todos os anos atribui cinco prémios no valor de um milhão de libras — cerca de 1,14 milhões de euros — por trabalho desenvolvido em matéria de problemas ambientais.