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Ao 560.º dia de guerra, Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, surpreendeu ao iniciar uma visita oficial a Kiev. Horas depois, um mercado em Kostiantynivka, cidade na região de Donetsk, foi atingido por um míssil russo. O ataque, que aconteceu ao início da tarde em Portugal, provocou pelo menos 17 mortes e 32 feridos.

Entre as vítimas fatais a lamentar, já veio anunciar o Presidente Volodymyr Zelensky, há uma criança. O ataque russo foi condenado pela primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, e pela União Europeia, que o classificou como “horrendo e bárbaro”.

Ainda durante esta quarta-feira, surgiram notícias que davam conta de que a Rússia e a Turquia chegaram a um princípio de acordo sobre o fornecimento de um milhão de toneladas de cereais a Ancara — para posterior envio aos países mais necessitados.

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O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • O comissário europeu do Mercado Interno defendeu que a União Europeia (UE) “tem capacidade de fazer tudo” em termos de Defesa, ironizando que a tecnologia europeia até permitiria fabricar uma bomba atómica, e exortou a mais investimento.
  • As autoridades da Roménia confirmaram ter encontrado destroços, aparentemente de um drone, no seu território, perto da fronteira com a Ucrânia. O país já informou os aliados da NATO da descoberta.
  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, divulgou o novo pacote de auxílio à Ucrânia, no valor de mil milhões de dólares, que contempla apoio militar e humanitário.
  • Membros do Corpo de Voluntários Russos conduziram uma nova operação na zona da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, anunciou o grupo anti-Putin numa publicação no Telegram.
  • Os bispos ucranianos expressaram ao Papa Francisco “o sofrimento e uma certa deceção” do povo da Ucrânia com algumas declarações e gestos do chefe da Igreja Católica, anunciaram os religiosos.
  • A Marinha acompanhou desde segunda-feira a passagem dos navios russos “Vice Admiral Emylianov” e “Paromov” ao largo da costa continental portuguesa, avançou em comunicado o ramo das Forças Armadas.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O Parlamento ucraniano aprovou o nome de Rustem Umerov para novo ministro da Defesa do país. “Vou fazer o possível e o impossível para a vitória da Ucrânia, quando libertaremos cada centímetro do nosso país e cada ucraniano”, escreveu Umerov no Facebook. “Atrás de cada soldado estão 42 milhões de ucranianos. Por trás de cada soldado existe um ministério que tudo fará para os proteger”.
  • Durante a madrugada foram repelidos vários ataques com mísseis em Kiev. Em Izmail, cidade portuária na região de Odessa, junto à fronteira com a Roménia, pelo menos uma pessoa morreu na sequência de ataques com drones e vários edifícios ficaram danificados.
  • Apesar de Kiev ter anunciado que drones russos se teriam detonado em território romeno, no ataque a Izmail, Bucareste garante que não houve qualquer ataque ao país mas admite terem sido recuperados pedaços de um drone.
  • O porta-voz dos serviços de informações ucranianos, Andri Yusov, disse em entrevista que Kiev não conseguiu confirmar a 100% a morte de Yevgeny Prigozhin.
  • “Queremos certificar-nos de que a Ucrânia tem o que precisa, não só para ser bem sucedida na contraofensiva, mas também para ter o que precisa a longo prazo, para garantir que tem uma forte capacidade de dissuasão”, disse Antony Blinken, que deverá anunciar novo pacote de mil milhões de dólares de ajuda a Kiev no decorrer da visita oficial ao país.
  • Dmitry Peskov reagiu à visita-supresa do Secretário de Estado dos EUA e desvalorizou o apoio dos Estados Unidos a Kiev: “Não vai afetar o curso da operação militar especial”.
  • Mette Frederiksen, a primeira-ministra dinamarquesa, também chegou esta quarta-feira a Kiev. Na viagem de comboio a caminho da capital ucraniana, conversou com Blinken, que lhe agradeceu o apoio que o país tem prestado e vai prestar à Ucrânia, nomeadamente com a cedência de 19 caças F-16.
  • 49 soldados da 7.ª Divisão Aerotransportada de Guardas de Montanha, paraquedistas “de elite” ao serviço do exército russo, terão sido mortos em combates junto à aldeia de Staromayorske, na região de Donetsk, revelou esta quarta-feira o think tank americano Instituto para o Estudo da Guerra.