O vidro da fachada da sede da REN, em Lisboa, foi estilhaçado, ao inicio da manhã deste sábado, por duas manifestantes pelo clima da Climáximo que acusaram aquela empresa de conspirar com o Governo para “expandir a sua infraestrutura que mata”.

Em comunicado, a Climáximo, que se define como “um coletivo aberto, horizontal e anticapitalista” de defesa do clima, explica que a ação das manifestantes pelo clima foi feita no âmbito do “plano de desarmamento” do coletivo que “passa por nem mais um projeto que aumente emissões de gases com efeito de estufa, como a expansão do terminal de gás fóssil liquefeito da REN em Sines”.

Este foi o quinto dia de protesto da Climáximo, que nos últimos dias interrompeu a normalidade “para alertar [contra] a guerra que as empresas e governos estão a travar contra a sociedade”.

Em Lisboa, os manifestantes pelo clima já bloquearam a Segunda Circular e a Estrada de São Bento, cortaram o transito na Avenida de Roma, pintaram a fachada da sede da REN de vermelho e hoje partiram um vidro da mesma empresa.

“Não está tudo bem. A própria OMS [Organização Mundial de Saúde] diz que a crise climática está a matar centenas de milhares de pessoas todos os anos, e os culpados não têm qualquer plano viável para parar. Não podemos continuar a consentir que estas empresas assassinas existam em público como se nada fosse”, explica no texto um dos manifestantes pelo clima que se auto denomina de Ideal, explicadora de Biologia e Geologia, e Física e Química.

O coletivo propõe, “em vez” dos planos da REN, eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, o único plano compatível com a exigência da ONU de fim ao fóssil até 2030.

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