Milhares de pessoas manifestaram-se este domingo no Líbano, Paquistão, Marrocos e Grécia contra os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza e apelaram à proteção dos palestinianos.

No centro de Beirute, no Líbano, milhares de pessoas concentraram-se este domingo em frente à mesquita Mohamed al Amin com cartazes com ‘slogans’ como “Parem o genocídio em Gaza” ou “Salvem as crianças em Gaza”.

O protesto de apoio à Faixa de Gaza foi organizado pelo movimento islamita palestiniano Hamas e pelo partido sunita Jamaa Islamiya, ligado à Irmandade Muçulmana.

Na praça da capital, foram agitadas bandeiras palestinianas, libanesas e de outras fações, enquanto uma bandeira israelita foi queimada em sinal de rejeição aos bombardeamentos e operações terrestres na Faixa de Gaza.

Também no Paquistão, milhares de apoiantes do partido radical Jamaat-e-Islami manifestaram-se na capital, Islamabad, contra os bombardeamentos de Israel em Gaza, entoando ‘slogans’ antiamericanos e acusando os Estados Unidos de “apoiarem o agressor”.

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O partido, que tinha anunciado uma marcha até à embaixada norte-americana, foi obrigado a alterar o programa e realizar a manifestação numa rua principal da capital longe do enclave diplomático de alta segurança.

Devido ao risco de violência, a embaixada norte-americana emitiu um aviso aos cidadãos que vivem na capital e arredores para durante o dia “limitarem as deslocações desnecessárias”

No sudoeste do Paquistão, na cidade de Quetta, outro partido religioso, o Jamiat Ulema Islam, organizou também um comício, onde o seu líder, Maulana Fazlur Rehman, manifestou solidariedade e apoio para com os habitantes de Gaza.

Em Casablanca, Marrocos, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se também este domingo, em solidariedade com os palestinianos e para se opor à normalização das relações entre o país norte-africano e Israel, constatou a AFP.

“Parem o genocídio em Gaza” e “Fechem o escritório de ligação sionista de Rabat”, foram algumas das palavras de ordem durante esta marcha organizada ao apelo da Frente Marroquina para o Apoio à Palestina e Contra a Normalização, que reúne partidos de esquerda e islamistas.

Homens, mulheres e crianças afluíram em grande número, usando lenços ‘keffieh’ palestinianos ou empunhando bandeiras palestinianas, numa grande artéria da capital económica marroquina.

Já na Grécia, cerca de 5 mil pessoas manifestaram-se pacificamente em Atenas e apelaram ao “fim do massacre dos palestinianos em Gaza”.

Segundo a agência noticiosa grega, Athens News Agency, os manifestantes, que marcharam até à embaixada israelita nos arredores de Atenas, acusaram Israel de ser um “Estado assassino” e denunciaram a abstenção do Governo grego numa votação da ONU sobre uma resolução da Jordânia que apela a um cessar-fogo humanitário em Gaza.

No sábado, também dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em apoio aos palestinianos em Londres, França e Nova Iorque.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civis, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.

Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realiza há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.

Um total de 34 camiões com ajuda humanitária entraram este domingo na Faixa de Gaza através da passagem egípcia de Rafah, o maior comboio humanitário a entrar no enclave desde que Israel permitiu o acesso controlado, segundo a agência EFE.