Toto Wolff é uma das presenças mais notadas no paddock da Fórmula 1 pelo humor que oscila conforme a vitória ou derrota dos pilotos da sua Mercedes. Sua, porque, além de ser diretor, é também dono de 33% da equipa. O austríaco teve olho para o negócio ao adquirir parte de uma das equipas mais bem sucedidas do desporto motorizado. Ainda assim, o empresário pode estar perto de integrar um investimento mais arriscado.

Este fim de semana, a caravana da Fórmula 1 fez escala no Brasil e Toto Wolff aproveitou os compromissos com a imprensa para mostrar abertura sobre a possibilidade de se juntar a Jim Ratcliffe na compra de 25% do Manchester United por um valor a rondar 1,5 mil milhões de libras. “O Jim partilhou a trajetória comigo. Respeito muito os valores dele e confiamos um no outro. Se achássemos que faria sentido fazer parte do grupo de investimento, certamente consideraria isso”, disse Wolff. “Nunca tive o objetivo de investir em troféus, mas gosto da competitividade da Premier League”.

O Manchester United encontra-se num momento conturbado. Os red devils estão afastados do título inglês desde 2013 e, esta temporada, à décima jornada, estão no oitavo lugar do Campeonato. Os resultados negativos da equipa têm inclusivamente posto em causa a continuidade do treinador neerlandês Erik ten Hag, sendo que Rúben Amorim está a ser apontado ao cargo entre vários nomes ventilados.

Desde o final de 2022 que a família Glazer estuda a venda o clube que comprou em 2005. Nas últimas semanas tem sido noticiado em Inglaterra a entrada de Jim Ratcliffe no capital do clube, sendo que o dono da Ineos, um dos homens mais ricos do Reino Unido, pretende injetar 245 milhões de libras (mais de 280 milhões de euros) para melhorar as condições do emblema de Manchester.

“O Jim e o Manchester United são uma história de amor, porque ele nasceu lá”, relembrou Toto Wolff. “Se sentisse que poderia contribuir, consideraria juntar-me a ele”. Com a entrada do diretor da Mercedes no negócio, há um terceiro elemento que pode entrar na equação: Lewis Hamilton. “Considero que o Lewis faz parte do meu círculo muito próximo de amigos e temos conversado muito sobre planeamento de carreira. Gostava de fazer parte do futuro dele”, assumiu o austríaco.

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