Foi aprovada esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, a construção da linha violeta do Metro de Lisboa, com um investimento de 527,3 milhões de euros. Destes, 390 milhões serão provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na modalidade de empréstimo. Ao Orçamento do Estado são requisitados 137,3 milhões de euros.

A nova linha será um sistema de metro ligeiro de superfície que contará com um total de 17 estações e cerca de 11,5 km de extensão. No concelho de Loures, serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de 6,4 km. No concelho de Odivelas serão construídas oito estações que vão servir
as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 km.

O investimento engloba a conceção e a construção da infraestrutura ferroviária e o fornecimento de material circulante, bem como o reordenamento urbano envolvente no território dos dois municípios servidos, Loures e Odivelas.

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O secretário de Estado da Mobilidade Urbana disse, esta segunda-feira, que a futura linha violeta que irá ligar à superfície os concelhos de Loures e Odivelas vai sofrer uma alteração de traçado devido à topografia do terreno.

De acordo com Jorge Delgado, que falava aos deputados na Assembleia da República, no âmbito do debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024, a construção desta linha tinha um “valor previsto no PRR de 250 milhões”, estando idealizada uma solução de metro de superfície, “feito à superfície”.

“A realidade veio demonstrar que não é possível pela topografia do terreno, portanto, o metro passa a ter do Infantado, passando por Odivelas, até ao [Hospital] Beatriz Ângelo, uma extensão significativa de túnel, o que encareceu bastante a obra, para lá dos 30%”, reconheceu.

Segundo o secretário de Estado, a obra passou agora para “390 milhões de euros”, tendo o Governo conseguido “há cerca de mês e meio quando a reprogramação do PRR foi aprovada, aumentar esse valor de 250 para 390 milhões passando de fundos para empréstimos”.