Uma longa investigação de contraespionagem do FBI levou à detenção de Victor Manuel Rocha na última sexta-feira. O homem de 73 anos é acusado de servir secretamente o governo cubano, na condição de espião, durante mais de 40 anos, numa ligação que terá começado na década de 80.

De acordo com o procurador-geral Merrick Garland, esta detenção “expõe uma das infiltrações de maior alcance e mais duradouras no governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro”. A acusação alega que, “durante mais de 40 anos”, Rocha “serviu como agente do governo cubano e procurou e obteve cargos dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA”.

O FBI alega ter descoberto a relação de Victor Manuel Rocha com Cuba no ano passado e, a partir daí, terá organizado uma série de reuniões secretas com um agente que se passava por colaborador dos serviços de inteligência de Cuba, segundo a Sky News.

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Rocha está agora a ser acusado de ter cometido diversos crimes federais, entre eles o uso de um passaporte obtido de forma ilícita e o de ser um agente estrangeiro ilegal.

A carreira diplomática de Manuel Rocha começou em 1981, ano em que ingressou no Departamento de Estado. Entre 1994 e 1995 foi conselheiro do Conselho de Segurança Nacional do governo dos EUA e, de 2000 a 2002, foi embaixador norte-americano na Bolívia.

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