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Os líderes dos países do G7, reunidos esta quarta-feira por videoconferência, apelaram para um “regresso a um processo de paz mais amplo” entre israelitas e palestinianos, reafirmando o seu apoio à criação de um Estado palestiniano.

Continuamos empenhados na criação de um Estado palestiniano no âmbito de uma solução de dois Estados que permita a israelitas e palestinianos viverem numa paz justa, duradoura e segura”, afirmaram num comunicado divulgado no final do encontro.

Os sete consideraram que o grupo islamita palestiniano Hamas “ainda representa uma ameaça para a segurança de Israel” e instaram à libertação “imediata” e incondicional de todos os reféns ainda em cativeiro.

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Condenaram também “o aumento da violência dos colonos radicais cometida contra os palestinianos, que está a minar a segurança e a estabilidade na Cisjordânia e ameaça as perspetivas de uma paz duradoura”, acrescentando que quem cometeu tais crimes “têm de prestar contas”.

O G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mas a União Europeia (UE) está também representada.

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou esta quarta-feira no 61.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.200 mortos, na maioria civis, e mais de 40.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, confirmado pela ONU, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, também segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, pelo menos 248 palestinianos foram mortos desde 7 de outubro pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.