O presidente do Chega considerou, esta quarta-feira, que o acordo alcançado na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) “foi prudente” e defendeu que a redução dos combustíveis fósseis deve acontecer “de forma equilibrada”.

“Curto será sempre, porque nós queremos sempre mais ambição nesta matéria ambiental, mas eu penso que foi prudente a conclusão a que se chegou”, afirmou André Ventura.

O líder do Chega, que falava aos jornalistas antes de uma visita ao Mercado de Benfica, em Lisboa, disse que “o extremismo da dita agenda verde causa também não poucos problemas à economia, à indústria e aos trabalhadores sobretudo dos países ocidentais, da Europa, dos Estados Unidos”.

“Nós temos de fazer um caminho de redução dos combustíveis fósseis, isso penso que é consensual no mundo inteiro, mas temos de o fazer de forma equilibrada e temos que o fazer de forma prudente”, defendeu, alertando que “qualquer radicalismo sobre esta matéria leva a que se percam empregos, indústrias e investimento”.

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André Ventura apontou que a COP28 “talvez não tenha sido o que muitos gostariam que esta cimeira fosse” e “acabou por ter uma mensagem pouco ambiciosa, mas teve algum equilíbrio, que era importante para preservar o sistema económico e não deixá-lo destruir por qualquer extremismo da agenda ambiental”.

Os países reunidos na cimeira do clima aprovaram hoje “por consenso” uma decisão que apela a uma “transição” no sentido de abandonar os combustíveis fósseis, anunciou o presidente da COP28, considerando tratar-se de uma “decisão histórica para acelerar a ação climática”.

A COP28 acordou em iniciar uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis, após duas semanas de intensas negociações em que cerca de 200 países debateram a forma de enfrentar coletivamente a crise climática.

COP28 aprova acordo histórico para transição global dos combustíveis fósseis

Os países representados na COP28 adotaram na quarta-feira o “Global Stocktake”, o acordo com o qual pretendem reforçar a ação climática para conter o aumento da temperatura a não mais de um grau e meio acima dos níveis pré-industriais.

O acordo, aprovado por consenso em plenário, apela aos Estados para que iniciem uma transição para longe dos combustíveis fósseis, “de forma ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, com o objetivo de atingir o objetivo de zero emissões líquidas até 2050, de acordo com a ciência”.