O Ministério da Defesa britânico revelou, na atualização desta terça-feira, que o míssil AS-24 Killjoy terá sido usado pela Rússia na última semana, mas não produziu qualquer efeito prático.

“A Rússia lançou pelo menos um míssil no centro da Ucrânia, provavelmente visando um campo de aviação militar. Uma das seis ‘super armas’ anunciadas pelo Presidente Putin em 2018, o Killjoy, foi designado para desempenhar um papel importante na futura doutrina militar da Rússia. Muitos dos seus lançamentos provavelmente falharam os alvos pretendidos, enquanto a Ucrânia também conseguiu intercetar ataques deste sistema supostamente ‘invencível'”, lê-se no comunicado partilhado pela Defesa britânica.

Esta deverá ter sido a primeira vez desde agosto que a Rússia disparou este tipo de mísseis, que foi anunciado em 2018 por Putin como uma das seis “super-armas” do país. Em 2022 foi relatado que o Killjoy estaria na Bielorrússia, já durante a invasão da Ucrânia.

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Segundo o News Week, o Ministério da Defesa do Reino Unido captou, na altura, imagens de jatos russos e de uma peça associada ao Killjoy no aeródromo de  Machulishchy, na Bielorrússia, ainda antes de serem utilizados pela primeira vez na Ucrânia.

O míssil nuclear Killjoy é hipersónico e tem a particularidade de atingir uma velocidade máxima 12  vezes superior à velocidade do som, que equivale a cerca de 15.000 km/, de acordo com o Eurasian Times ou seja, é capaz de viajar da Bielorrússia a Londres em apenas nove minutos. É capaz de atingir alvos localizados a dois mil quilómetros de distância, pode transportar uma ogiva nuclear e mais de 500 quilos de explosivos.

Pela sua velocidade, é difícil de ser detetado e intercetado, mesmo pelo sistema Himars, que foi fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia e atinge velocidades inferiores.