No curto espaço de dois meses, em 2021, Max Norman foi apanhado na posse de droga em três ocasiões distintas. Na primeira, carregava heroína. Na segunda, tinha crack. Na terceira, era cocaína. Agora, mais de dois anos depois, o antigo jogador de futebol inglês foi condenado a quatro e meio de prisão por tráfico de substâncias ilícitas. 

Max Norman cumpriu a formação entre o Manchester City e o Wigan, tornando-se depois profissional com passagens pelo Tranmere Rovers e o Morecambe em Inglaterra e também pelos turcos do Alanyaspor, que representou durante oito meses em 2019. No Linked In, acrescenta ainda que jogou em Espanha, no Club Deportivo El Ejido.

De acordo com o Mirror, Max Norman começou por ser intercetado pela polícia em setembro de 2021 e enquanto conduzia em Seaforth, Merseyside. O antigo jogador recusou-se a abrir a porta do carro e rejeitou que o mesmo fosse revistado pelas autoridades, acabando por ser detido na sequência de confrontos físicos com os agentes. No meio da confusão, deixou cair o que levava dentro das calças: 72 pacotes pequenos de um pó branco, sete de uma substância castanha e quase 300 euros em dinheiro.

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As análises consequentes permitiram descobrir que o pó presente nos pacotes era heroína e a polícia apreendeu ainda dois telemóveis, um que Max Norman tinha consigo e outro que estava dentro do carro. O inglês de 25 anos começou por dizer que a droga que possuía era para consumo próprio, mas as mensagens encontradas nos telemóveis permitiram perceber que o objetivo era o tráfico de substâncias proibidas.

Na altura, saiu da prisão sob fiança e em liberdade condicional, acabando por voltar a ser detido no início de outubro e novamente após ser intercetado enquanto conduzia. Aí, a polícia descobriu crack debaixo do banco do passageiro, para além de cerca de 200 euros em dinheiro. O erro capital de Max Norman, nessa altura, foi ter sido detido com as chaves de uma casa no centro de Liverpool: duas semanas depois da detenção, a polícia revistou o local e encontrou heroína, cocaína e crack no valor de 50 mil euros dentro de uma poltrona, confirmando a versão de tráfico de droga.

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O inglês foi novamente detido e assim permaneceu até agora, altura em que foi finalmente condenado a quatro anos e meio de prisão por um tribunal de Liverpool. Diagnosticado com síndrome de Tourette e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, Max Norman viu o advogado que o representa revelar durante o julgamento que o antigo jogador sofreu nos últimos anos uma séria lesão cerebral depois de ter estado “envolvido num acidente de carro muito grave”.

“É um jovem altamente inteligente, capaz de alcançar muita coisa. Tem a noção da gravidade das acusações e conhecimento das consequências. Tem uma família que o apoia e possibilidade de arranjar um emprego. Quando for libertado vai encontrar alguma estabilidade. A experiência da prisão tem sido dura e castigadora para ele”, referiu o advogado.