Treze membros das forças de segurança — uns da GNR, outros da PSP — estão a ser alvo de investigação interna devido a publicações com teor “racista, homofóbica e xenófoba” nas redes sociais. A informação foi avançada por Anabela Cabral Ferreira, inspetora-geral da Administração Interna (IGAI), à edição desta semana do semanário Expresso.

“A IGAI concluiu um inquérito do qual decorreu a abertura de 13 processos disciplinares, os quais têm por objeto expressões que se consideram discriminatórias em diversas vertentes”, disse Anabela Cabral Ferreira. A responsável admitiu, ainda assim, que “outras condutas foram analisadas e mereciam censura disciplinar”. Só não o foram porque, em alguns casos, alguns polícias e guardas estão reformados.

No âmbito do inquérito, em que foram analisadas somente “redes abertas” e não fóruns ou grupos fechados ao público, Anabela Cabral Ferreira reconheceu igualmente que em certas ocasiões “não foi possível obter a identificação” dos autores dos posts, dado que existe um “número elevado de membros das forças de segurança com o mesmo nome”. 

O Expresso contactou a Procuradoria-Geral da República para tentar entender se os treze casos tinham sido remetidos para o Ministério Público, mas não obteve resposta.

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