Começou com cinco, passou a ter três, vai agora aumentar de novo para quarto. A Liga da Arábia Saudita tem apenas 18 equipas no seu principal escalão mas os treinadores portugueses continuam a ter o maior peso à semelhança do que aconteceu nos últimos anos no Brasil. Por curiosidade, esse é também outros dos pontos que liga o mais recente “reforço” aos restantes: depois das passagens por Corinthians e Flamengo, Vítor Pereira vai continuar a carreira no estrangeiro e foi apresentado oficialmente como técnico o Al-Shabab.

O conjunto de Riade, que nesta época já teve três treinadores (Marcel Keizer, antigo técnico do Sporting, o argentino Juan Brown e o croata Igor Biscan), ainda teve uma abordagem a José Mourinho depois da saída do português da Roma mas o convite acabou por ser recusado apesar das garantias que o projeto do Al-Shabab passava por criar condições para rivalizar com os principais candidatos ao título. Vítor Pereira era outra solução em cima da mesa, aceitando o convite para regressar aos bancos nove meses depois de ter deixado o Flamengo. Antes, o antigo campeão português, grego e chinês foi o convidado especial da SportTV para comentar as meias-finais e a final da Taça da Liga em Leiria, que coroou o Sp. Braga como vencedor.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Um casamento certo que vai ser antecipado? Imprensa saudita revela conversas de José Mourinho com Al Shabab

Desta forma, a Liga saudita passa a ter quatro treinadores portugueses: Jorge Jesus (Al Hilal), que esteve no Benfica e no Fenerbahçe antes de regressar ao Al Hilal depois da passagem de sucesso pelo Flamengo, Luís Castro (Al Nassr), que trocou o Botafogo pela formação de Riade, e Pedro Emanuel, que já tinha treinado o Al Taawon e que voltou ao país após passagem pelo Al Ain dos EAU. Ao longo da época, Nuno Espírito Santo deixou o campeão Al-Ittihad e Filipe Gouveia também saiu do Al-Hazm.

O Al-Shabab ocupa nesta altura o 11.º lugar da Liga saudita com 21 pontos, quatro acima da linha de água. Não tendo uma constelação de estrelas como o Al Hilal, o Al Nassr, o Al-Ittihad ou o Al-Ahli, a formação de Riade conta com nomes como Yannick Carrasco, o reforço Ivan Rakitic, Gustavo Cuellar ou o central Romain Saïss (que esteve na Taça das Nações Africanas mas caiu nos oitavos pela seleção de Marrocos) além dos brasileiros Carlos Júnior (antigo avançado do Santa Clara) e Vitinho ou do guarda-redes sul-coreano Kim Seung-gyu. Apesar da vitória diante do Al-Wehda na última jornada antes da paragem, o Al-Shabab afundou-se na classificação depois de uma série de sete encontros consecutivos sem triunfos.

De referir que esta é a segunda passagem de Vítor Pereira pela Arábia Saudita, depois de ter orientado o Al-Ahli após ser bicampeão nacional pelo FC Porto. A partir daí, o técnico não voltou a trabalhar em Portugal, contando com experiências na Grécia (Olympiacos), na Turquia (Fenerbahçe), na Alemanha (1860 Munique), na China (Shanghai SIPG) e no Brasil (Corinthians e Flamengo). O técnico foi campeão e ganhou uma Taça pelo Olympiacos e foi campeão com mais uma Supertaça pelo Shanghai SIPG.