Começam a chegar os primeiros testemunhos sobre o momento em que um homem abriu fogo contra as milhares de pessoas que celebravam a vitória dos Kansas City Chiefs no Super Bowl. O que era suposto ser uma festa em Kansas City, no estado norte-americano do Missouri, terminou de forma abrupta, com o registo de uma morte, de uma DJ de rádio local chamada Lisa Lopez-Galvan, e pelo menos 21 feridos, incluindo oito crianças. Foram detidas três pessoas no âmbito da investigação, mas não é ainda claro o motivo para o ataque.

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As testemunhas falam em pânico e num sentimento de desespero quando perceberam o que estava a acontecer. Ao início, muitos confundiram o som dos disparos com o de fogo de artifício, escreve o The Guardian. Julie Mobley, que estava de folga para participar na parada com a filha, só percebeu o que estava a acontecer quando a filha a puxou para o chão. “Foi muito assustador”, contou à ABC News. “Estar numa coisa destas é absolutamente horrível.”

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“Primeiro não parecia ser nada, até que vi uma enorme multidão a tentar saltar”, completou Mary Althiser, que também estava na parada.

Arnold Sauther, um dos adeptos dos Kansas City Chiefs, disse à estação de televisão local KMBC que a equipa entrou na Union Station e que os fãs seguiram os jogadores, na esperança de obter autógrafos. “Depois, de repente toda a gente começou a correr para a rua e foi possível ver os polícias a correrem para o interior da estação – deu logo para perceber que tinha acontecido alguma coisa.”

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Muitas das testemunhas falam em gritos e lembram-se de ver pessoas a correr para tentar fugir do local ou, noutros casos, deitadas no chão para evitar disparos. “Toda a gente começou a correr, havia gritos”, disse uma mulher à KMBC.

“Não sabíamos o que estava a acontecer, mas hoje em dia quando vemos pessoas a correr, nós também corremos.” A mulher, que não é identificada mas explicou que era do New Hampshire, a mais de 2360 quilómetros de Kansas City, diz que procurou refúgio perto de um elevador e que “rezou”.

“Ouvíamos gritos e não sabíamos se era seguro sair, por isso tentámos bloquear as portas.” Só ficou mais tranquila quando percebeu que, quando o elevador se começou a mover, transportava polícias. “Nunca na minha vida fiquei tão feliz por ver um polícia.”

Naquele momento, muitos adeptos dizem que lhes passaram centenas de ideias pela cabeça. Gabe Wallace, um estudante que estava no local, contou ao jornal Kansas City Star que foi alertado por um polícia para fugir do local. Ficou ferido quando tentou fugir e terminou com arranhões na cara, quando caiu durante a fuga. “Não faço ideia se os meus amigos estão bem. É terrível, estava a pensar se a maioria dos meus amigos está morta. Era tudo o que me passava pela cabeça, ‘estão os meus amigos mortos ou não?’”.