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As brigadas Al Qasam, braço armado do Hamas, e o grupo xiita libanês Hezbollah lançaram esta quarta-feira novos ataques a partir do Líbano contra Israel, cujo Exército respondeu com bombardeamentos, na pior escalada na fronteira israelo-libanesa desde 2006.

As brigadas Al Qasam atacaram a partir do sul do Líbano com lança foguetes “Grad” várias comunidades do norte de Israel, em resposta “aos massacres sionistas contra civis na Faixa de Gaza” e a morte de combatentes e civis no sul do Líbano, informou o Hamas em comunicado.

O Exército israelita disse ter detetado dez lança-foguetes, alguns “intercetados com êxito”, apesar de terem sido admitidos danos num edifício na localidade israelita de Kiryat Shoma.

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Em represália, aviões de combate israelitas atacaram uma “instalação de armazenamento de armas do Hezbollah e estruturas militares na zona de Ramyeh, no sul do Líbano”, segundo um comunicado, que também se refere a um ataque noturno contra “um local de fabrico de armas” na região de Khirbet Selm.

Por sua vez, o Hezbollah reivindicou três ataques contra Israel, um que terá atingido um grupo de soldados, outro contra a localidade de Al Samaqa, nos Montes Golã, e um terceiro contra Al Ramtha.

As represálias surgiam de seguida, com ataques da diversas infraestruturas do Hezbollah, segundo o comando militar israelita.

Na terça-feira o Hezbollah lançou mais de 50 lança-foguetes e um míssil antitanque contra instalações militares israelitas, e quando na véspera tinha disparado 60 foguetes contra um quartel do Exército israelita em resposta à morte de um dos seus membros no vale de Bekaa, sul do Líbano, num dos piores dias de fogo cruzado desde o início da guerra em Gaza.

Desde então, mais de 300 pessoas já foram mortas, 219 nas fileiras do Hezbollah.

Em Israel terão morrido 16 pessoas na fronteira norte (dez soldados e seis civis), enquanto do outro lado da fronteira, para além dos milicianos do Hezbollah, foram mortos pelo menos 286, incluindo 32 membros de milícias palestinianas, um soldado e 34 civis — entre eles dez menores e três jornalistas.