Resumidamente, o mundo sente a falta de Kate. Os fãs da realeza precisam da joia da coroa britânica e das suas causas, os fashionistas precisam que o ícone de estilo os deslumbre com escolhas surpreendentes, a comunicação social precisa de novidades e a internet precisa desta musa que cria tantas interações. Um problema de saúde levou a que a princesa de Gales se retirasse da vida pública e, embora a comunicação social britânica tenha mantido um silêncio ensurdecer, pelo mundo a saudade parece estar a dar lugar à especulação e o vazio está a ser ocupado até por teorias da conspiração.

Nesta última semana de fevereiro, a desistência de o príncipe William comparecer num importante compromisso à última hora, o facto de a princesa de Gales não ser vista em público há já cerca de dois meses e de não haver novidades oficiais sobre o seu estado há um mês fez com que questões sobre Kate, que já estariam a fervilhar, saltassem e se multiplicassem em diferentes meios. Sabemos que o seu regresso só acontecerá depois da Páscoa, por isso só em abril deveremos voltar a ver a princesa de Gales. Por agora fazemos um ponto de situação do que se sabe.

A última vez que Kate foi vista em público

Foi no dia de Natal, 25 de dezembro de 2023, que a princesa de Gales foi fotografada em público pela última vez. Kate, William e os três filhos juntaram-se a vários outros membros da família real, entre eles os reis Carlos e Camila, para irem à missa na igreja de Sta. Maria Madalena em Sandringham, onde a família passa tradicionalmente esta quadra. Semanas antes, a 8 de dezembro, a princesa tinha sido a protagonista de um evento musical na Abadia de Westminster ao qual quase toda a família acorreu. Os príncipes de Gales celebraram a passagem de ano para 2024 com um vídeo em jeito de resumo do seu preenchido ano de 2023 ao som de Harry Styles, partilhado no Instagram e a Kate celebrou o seu 42º aniversário a 9 de janeiro.

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A família dos príncipes de Gales a caminho da missa de Natal em Sandringham a 25 de dezembro, a última vez que Kate foi vista em público © Getty Images

Quando ficámos a saber que a princesa de Gales foi operada

A 17 de janeiro começa a reviravolta na família real. Ao início da tarde o Palácio de Kensington divulga nas redes sociais um comunicado onde dá conta que a princesa de Gales tinha sido admitida no hospital na véspera “para uma cirurgia abdominal planeada”. Segundo o texto a intervenção tinha corrido bem e a princesa iria permanecer no hospital “durante 10 a 14 dias antes de regressar a casa para continuar a sua recuperação”. O comunicado previa já um longo período de ausência da princesa da vida pública ao afirmar que “com base no atual aconselhamento médico, é improvável que regresse aos compromissos públicos até depois da Páscoa”.

A princesa de Gales pediu ao público que compreendesse a sua vontade de manter a normalidade o mais possível para os filhos e também de manter “a sua informação médica pessoal privada”. O palácio assegurou que daria atualizações sobre progressos no estado de saúde de Kate quando houvesse “informação significativa para partilhar”. Não foram dadas quaisquer informações sobre qual seria o problema da princesa de Gales, mas foi avançado que não se trata de um problema cancerígeno.

Uma vez divulgado que a princesa de Gales estava internada, quase não houve tempo para processar a informação, já que menos de duas horas depois o Palácio de Buckingham informou que, na semana seguinte, o Rei iria ser submetido a um tratamento para o aumento da próstata. E assim foi. Carlos III chegou ao London Clinic acompanhado pela rainha Camila no dia 26 de janeiro logo pela manhã e fez uma visita à nora Kate, que estava internada no mesmo hospital privado, antes de dar entrada para o seu tratamento.

No dia 18 de janeiro o príncipe William foi visto a conduzir um carro que saía do hospital onde a mulher estava internada.

Duas altas hospitalares, mas só uma saída em público

O Rei e a princesa de Gales viriam ambos a ter alta hospitalar no dia 29 de janeiro, regressando às suas respetivas casas para recuperarem. Enquanto o Rei saiu do hospital acompanhado pela rainha e acenando aos jornalistas, a princesa de Gales não foi vista e a sua alta foi comunicada pelo Palácio de Kensington através das redes sociais. O comunicado revelava que Kate “regressou a casa em Windsor para continuar a recuperação da cirurgia” e acrescentava que “está a ter um bom progresso”. A curta nota deixou ainda agradecimentos ao hospital e aos desejos de melhoras que foram sendo enviados.

William regressou ao trabalho

Desde que Kate entrou no hospital, o príncipe William fez da família a sua prioridade e esteve afastado dos seus compromissos públicos. Mesmo depois de se saber que o Rei tinha um cancro, o soberano deu a sua bênção para que o herdeiro continuasse dedicado à recuperação da mulher e aos filhos. O regresso do príncipe William à vida pública aconteceu a 7 de fevereiro, primeiro com investiduras no Castelo de Windsor e à noite num evento de angariação de fundos para as ambulâncias aéreas de Londres. A causa é especialmente querida ao príncipe uma vez que ele próprio foi piloto destes veículos, e neste evento esteve também presente o ator Tom Cruise. Quando discursou, o príncipe referiu-se pela primeira vez em público ao estado de saúde de Kate, para agradecer “as simpáticas mensagens de apoio para a Catherine” e para o pai “especialmente nos dias mais recentes”, pode ler-se na BBC. “Tem um grande significado para todos nós.”

Uma escapadinha à casa de campo

A 9 de fevereiro o Daily Mail escrevia que na véspera a princesa de Gales, o marido e os três filhos tinham partido para umas mini-férias na propriedade de Sandringham, no condado de Norfolk, segundo informação de uma pessoa amiga. Naquela propriedade também estava o Rei, já depois da sua doença cancerígena ter sido divulgada sem especificar qual o cancro, e que iria começar os respetivos tratamentos.

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O caso da homenagem a Constantino da Grécia

No dia 27 de fevereiro a rainha Camila foi anfitriã de um serviço religioso em homenagem ao Rei Constantino da Grécia que teve lugar na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, e contou com quase toda a família real britânica. No entanto, uma ausência foi especialmente notada: a do príncipe William, que é afilhado do homenageado e estava até programado que fizesse uma leitura na cerimónia, além de haver estreitos laços entre as duas famílias reais. Mas na manhã do próprio dia a presença do herdeiro do trono foi cancelada à última hora com o Palácio de Kensington a alegar “motivos pessoais”. Antecipando especulação sobre desenvolvimentos no estado de saúde da princesa de Gales, o palácio fez uma breve atualização do estado de saúde de Kate, para informar que “continua a recuperar bem”, sem adiantar mais novidades.

Onde está Kate?

O príncipe William viria a ter um compromisso público na quinta-feira dia 29 de fevereiro, quando visitou uma sinagoga em Western Marble Arch para participar num debate sobre o antissemitismo na Grã-Bretanha, mas já não havia volta a dar. A ausência na homenagem ao Rei Constantino acendeu um rastilho de perguntas, especulações, publicações nas redes sociais e artigos sobre o estado de saúde de Kate que apenas se foram multiplicando ao longo de toda a semana.

A 29 de fevereiro, o Palácio de Kensington refere-se à especulação que está a acontecer nas redes sociais a propósito do estado de saúde da princesa. “Fomos muito claros desde o início de que a princesa de Gales estaria afastada até depois da Páscoa e que o Palácio de Kensington só daria atualizações quando houvesse algo significativo”, disse uma pessoa porta-voz do palácio, citada na revista Hello. Curiosamente, o último comunicado sobre o estado de saúde de Kate tinha sido divulgado precisamente um mês antes, a 29 de janeiro, quando teve alta hospitalar.

Já na sexta-feira dia 1 de março os príncipes de Gales partilharam uma mensagem conjunta nas redes sociais onde se dizem “orgulhosos de serem patronos dos guardas galeses e dos guardas Dragoon da rainha” numa celebração ao Dia de S. David, o padroeiro do País de Gales.

Afinal, onde está Kate? De acordo com os comunicados do palácio, estará na sua casa, Adelaide Cottage, na propriedade de Windsor, nos arredores de Londres, em família.

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As especulações

A 1 de fevereiro o jornal britânico The Times publicava um artigo onde dava conta que responsáveis do palácio estavam “furiosos” com uma teoria exposta pela jornalista Concha Calleja no programa espanhol Fiesta, que defendeu que Kate teria estado em coma, sido entubada, teria “a vida em grande perigo” e até já tinha estado hospitalizada no final de dezembro, segundo descreve o jornal entre outros pormenores. O programa terá passado um dia antes de Kate ter tido alta hospitalar e as suposições tornaram-se virais. A jornalista disse ter falado com pessoas da casa real “off the record”. Contudo, ao Times uma fonte do palácio disse que a teoria “é um disparate total” e que “não houve qualquer tentativa por parte da jornalista para confirmar nada do que disse”.

A 13 de fevereiro foi a Vanity Fair espanhola (com um artigo original da edição francesa) que acreditou ter descoberto uma pista sobre o tema. A revista escrevia que o atual secretário privado do príncipe William será substituído em breve por Ian Patrick, um antigo diplomata e com ligações ao partido Trabalhista, no entanto que chamou a atenção foi o facto de Patrick ser membro da direção da Crohn’s & Colitis UK, uma organização dedicada à doença de Crohn, à colite ulcerosa e a outras formas de doença inflamatória intestinal, levando a uma suposição de que a doença da princesa de Gales poderia estar de alguma forma incluída neste leque.

Na internet, proliferam as mais rebuscadas teorias. A confiar nos utilizadores do X (antigo Twitter) Kate tanto pode estar a participar num reality show, a deixar crescer a sua franja, envolvida em problemas conjugais ou simplesmente morta.

Muito se tem escrito sobre o estado de saúde de Kate, mas tudo serão meras especulações, uma vez que a informação está bem guardada dentro dos muros do palácio e pelas pessoas à sua volta. Contudo, uma vez que só terá regresso marcado para abril, será que o silêncio se vai manter durante todo o mês de março?