O incêndio que esta terça-feira obrigou à suspensão da circulação ferroviária durante quase todo o dia na linha de Cascais foi provocado por um curto-circuito que teve origem numa manobra com cabos que estava a ser efetuada nas obras do Metropolitano de Lisboa. Este é o resultado da avaliação preliminar avançado ao Observador por fonte oficial da Infraestrutura de Portugal (IP).

A gestora da rede ferroviária adianta que o Metropolitano decidiu abrir um inquérito para averiguar as causas do incidente. A IP revela também nesta resposta que não tem ainda uma data para o restabelecimento do serviço normal na Linha de Cascais onde o número de circulações teve que ser reduzido durante as horas de ponta.

Circulação de comboios na Linha de Cascais continua com vários atrasos

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Segundo a CP, estão a circular seis comboios em hora de ponta em cada sentido, tendo sido ajustados os horários durante esta fase. A linha de Cascais já estava sujeita à interrupção da circulação no troço entre Oeiras e Cascais durante os serviços noturnos por causa das obras de modernização.

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O incidente ocorreu no quadro da empreitada de construção dos toscos entre a futura estação de Santos e o término da estação do Cais do Sodré para a futura linha circular.

“Ocorreu um curto-circuito proveniente de uma manobra de cablagem, que subsequentemente causou a deflagração de incêndio na Subestação de Tração do Cais do Sodré”. Assinalando a “pronta” intervenção dos meios próprios e do regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, a IP indica que o referido incêndio provocou avaria em diversos equipamentos da catenária, energia de tração e sinalização.

A circulação esteve suspensa entre as 8h00 e as 18h40 de terça-feira, tendo sido gradualmente reposta com o desvio da energia de uma outra subestação (Belém). No entanto, foi necessário implementar a redução dos horários nas horas de ponta da manhã e do final da tarde, mantendo-se a oferta regular no restante horário. “Face à dimensão dos danos ocorridos, a circulação ferroviária na linha de Cascais e em particular no troço entre Algés e Cais do Sodré, vai proceder-se com as limitações referidas, não sendo ainda possível avançar com uma data para que a circulação ferroviária seja restabelecida com a devida normalidade”.