O juiz conselheiro Carlos Moreno, jubilado do Tribunal de Contas (TdC), morreu, anunciou esta terça-feira a instituição, em comunicado colocado no seu sítio na internet.

“É com tristeza que damos conhecimento do falecimento do Senhor juiz Conselheiro jubilado Carlos Manuel Botelheiro Moreno”, avançou o Tribunal naquele texto.

O presidente do TdC, José Tavares, recordou “as altas qualidades pessoais e profissionais” de Carlos Moreno, que também é classificado no texto como “grande servidor da causa pública”.

Depois de se ter jubilado, publicou, em 2010, o livro “Como o Estado gasta o nosso dinheiro”, com o subtítulo “Juiz jubilado do Tribunal de Contas analisa duas décadas de despesismo público”.

Entre os gastos públicos que analisou, e motivaram mais de 100 relatórios de auditoria, estiveram os relativos à Expo 98, aos estádios do Euro 2004, à Casa da Música ou ao Túnel do Rossio, como se detalha na ficha do livro, disponibilizada no sítio da Wook.

Nascido em 1941, formado entre jesuítas, sintetizou o livro — e, de algum modo, o seu próprio percurso — a Anabela Mota Ribeiro, em perfil que esta assinou no Jornal de Negócios, em 2010, da seguinte forma: “Não pode continuar a culpa a morrer solteira sempre que há desperdício de dinheiro público, mesmo que não haja nenhuma ilegalidade”.

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