A escolha do compositor austríaco é justificada “pela solidez da sua criação enquanto ‘pai’ da sinfonia, conferindo ao repertório orquestral a base importantíssima ao longo de toda a História da Música”, afirmou a OML em comunicado.

A Metropolitana projeta ainda encerrar as celebrações do centenário do nascimento de Joly Braga Santos (1924-1988), e assinalar os 30 anos da morte do compositor tomarense Lopes-Graça (1906-1994), “sublinhando a importantíssima obra que deixou, por vezes esquecida, no seio da música portuguesa do final do século XX”.

A OML vai evocar também o centenário do nascimento do guitarrista Carlos Paredes (1925-2004), com um concerto em 05 de fevereiro de 2025, no Teatro S. Luiz, em Lisboa.

Os 250 anos do nascimento de João Domingos Bomtempo (1775-1842) vão ser também celebrados, “aproveitando a ocasião para reavivar a memória no que diz respeito ao seu marcante legado, lembrando sempre que é um compositor inquestionável para o espólio cultural [português]”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Outra efeméride a celebrar é o centenário do nascimento do dirigente anticolonialista Amílcar Cabral, um dos fundadores do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGCV), num concerto, dia 06 de novembro, no Teatro S. Luiz, com a estreia da Sinfonia n.º 9, “Oceano Atlântico”, de Vasco Martins.

Neste concerto, sob a direção musical do maestro Pedro Neves, participa o ensemble Vozes de Cabo Verde, e os cantores Tito Paris, Lura, Cremilda Medina e Isa Iolanda Pereira.

A temporada 2024/25 da OML abre a 16 de setembro, às 21:00, no Teatro Tivoli, em Lisboa, com um concerto intitulado “Ao Estilo de Haydn”. A OML será dirigida pelo seu maestro titular e diretor artístico, Pedro Neves, com um programa que é composto pela Sinfonia Concertante, de Haydn, a Sinfonieta (Homenagem a Haydn), de Lopes-Graça e a Sinfonia n.º 1, a “Clássica”, de Prokofiev.

Além da sala da Avenida da Liberdade, na próxima temporada a orquestra irá apresentar-se, também na capital, no Centro Cultural de Belém (CCB), no Teatro São Luiz, no Teatro Thalia, no Picadeiro Real e no Auditório da Reitoria da Universidade Nova, com um ciclo de concertos dedicados ao público jovem e às suas famílias, “nos quais a palavra de ordem será explorar, neste caso concreto, a orquestra, o mundo e o cosmos e toda a música associada a estas três temáticas”.

A Metropolitana projeta desenvolver “programas sinfónicos, que juntarão a OML à Orquestra Académica Metropolitana, permitindo o contacto com um repertório de larga escala”.

Outros objetivos para a temporada 2024/25 são a apresentação de programas de concerto e “parcerias pedagógico-artísticas”, por outro lado, na área da música de câmara vai “assumir diferentes temáticas: Quatro Cordas, Fernando Lopes Graça, Sopromania, Concertos para os Mais Novos e Sons pela Cidade”.

O Festival Paulo Gaio Lima realiza-se em março do próximo ano, no Teatro S. Luiz, com os violoncelistas Pieter Wispelwey e Bernardo Ferreira, vencedor da 1.ª edição do Prémio Paulo Gaio Lima, em 2023, e que atualmente faz parte da Orquestra Jovem Gustav Mahler.

No âmbito dos Encontros Sonoros Atlânticos, a OML estreia, no dia 28 de setembro, às 19:00, na Biblioteca Nacional, a obra vencedora do Prémio de Composição Francisco de Lacerda, a anunciar no verão.

Deste programa, que repete no dia 01 de outubro no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, fazem ainda parte “Três Estudos Inspirados em Couperin”, de Thomas Adès, “Vasco da Gama”, poema sinfónico de Berta Alves de Sousa, e “Le tombeau de Couperin”, de Ravel. A OML será dirigida pelo maestro Bruno Borralhinho.

Os concertos de Natal, com programa a anunciar, serão dirigidos pelo maestro Pedro Moreira e à OML junta-se a Orquestra do Hot Clube de Portugal. Os concertos acontecem no dia 19 de dezembro, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, no dia seguinte, no Pavilhão Paz e Amizade, e no dia 21 de dezembro, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal.

Também com programa a anunciar, os Concertos de Ano Novo serão dirigidos pelo maestro Miguel Sepúlveda e realizam-se no dia 01 de janeiro, no grande auditório do CCB, no dia 03 de janeiro, no Fórum Luísa Todi, e no dia seguinte, no Auditório Augusto Cabrita, no Barreiro.

No dia 01 de dezembro, no grande auditório do CCB, a OML, sob a direção musical do seu maestro titular, toca a 9.ª Sinfonia de Beethoven.

No dia 11 de dezembro, às 21:00, na Reitoria da Nova, em Lisboa, a OML, sob a batuta de Pedro Neves, toca “Em Louvor da Paz”, de Lopes-Graça e a Sinfonia n.º 4 de Joly Braga Santos. Este concerto, intitulado “Hino à Juventude”, faz parte da programação do Festival Estoril Lisboa.

Haydn, um dos compositores em destaque nesta temporada, volta a ser ouvido no dia 26 de janeiro, no Tivoli, num concerto com projeção de desenhos em tempo real, de António Jorge Gonçalves. O concerto é constituído por sinfonias de Haydn: a n.º 6, “A Manhã”, a n.º 7, “A Tarde” e a n.º 8, “A Noite”.

Numa homenagem ao ator e cantor francês Maurice Chevalier (1888-1972), no dia 30 de abril, atua o cantor Jérôme Fitzgerald Collet, acompanhado pela OML, sob a batuta de Jacky Delance.

“Ventos de Paris” é o título do concerto no dia 21 de junho, às 21:00, sob a direção da maestrina e fagotista Lurdes Carneiro, com um programa constituído por Octeto de Sopros, de Haydn, “Onze Variações Sobre um Tema de Haydn”, de Françaix, e “Deceto de Sopro”, de Enescu.

A temporada encerra a 29 de junho de 2025, com dois concertos celebrativos do seu 33.º aniversário, no Teatro S. Luiz. Às 12:00, tocam as Orquestras da Escola Profissional da Metropolitana, e às 19:00 a maestrina Joana Carneiro dirige a OML num programa constituído por “Os Planetas”, de Holst, e “Terramoto de Lisboa”, de Armando José Fernandes.