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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ordenou nesta quinta-feira a instalação de painéis solares e outras infraestruturas de energia alternativa em escolas e hospitais devido à escassez de produção elétrica motivada pelos ataques russos às centrais ucranianas.

Painéis solares, contadores inteligentes e unidades de armazenamento de energia devem ser instalados em cada escola e em cada hospital logo que possível. As administrações militares regionais foram encarregadas de supervisionar estas medidas a nível local”, declarou em mensagem nas redes sociais.

O chefe de Estado ucraniano pediu ainda ao governo que promova uma estratégia “a nível estatal” para o desenvolvimento de energias renováveis e a diversificação dos locais de produção, que devem ser utilizadas pela população e fornecer os edifícios públicos e oficiais.

Na sequência de uma reunião com diversos responsáveis políticos e militares, Zelensky anunciou esta decisão na sequência do sétimo ataque russo contra o sistema elétrico ucraniano desde 22 de maio.

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Cortes de energia previstos para a Ucrânia a partir de quarta-feira

Os “drones” e mísseis russos danificaram infraestruturas em Kiev e em três outras regiões ucranianas. Uma central térmica da empresa privada DTEK ficou gravemente danificada pelos bombardeamentos.

“Reparamos o que se pode reparar, construímos um sistema completo de proteção com estruturas de engenharia, meios de guerra eletrónica e sistemas de defesa aérea”, disse Zelensky sobre as medidas adotadas para proteger a centrais do país dos ataques russos.

A Ucrânia também mantém contactos com diversos parceiros para receber novos sistemas de defesa aérea. A Roménia anunciou a decisão de enviar um sistema de mísseis Patriot à Ucrânia.

Roménia vai enviar sistema de defesa aérea Patriot para a Ucrânia

Na quarta-feira, o operador nacional Ukrenergo anunciou o início de cortes parciais de corrente elétrica por todo o país para aliviar uma rede elétrica fortemente danificada.

Até ao momento, este género de medidas só era aplicável em alturas de picos de consumo.

Na segunda-feira, as autoridades ucranianas já tinham alertado sobre um agravamento dos cortes de energia até finais do mês de julho, após os consecutivos ataques russos a infraestruturas energéticas.

As autoridades ucranianas foram forçadas a apelar aos vizinhos europeus para importar eletricidade, de forma a colmatar os défices da rede danificada.

A segurança energética e a restauração da rede elétrica ucraniana constituem um dos 10 pontos do plano de paz de Zelensky, discutido no passado fim de semana na Cimeira para a Paz na Ucrânia que decorreu na Suíça, para a qual a Rússia não foi convidada.

No inverno 2022-2023, e na sequência da primeira campanha de ataques russos dirigidos especificamente a instalações energéticas, milhões de ucranianos ficaram privados de corrente elétrica e aquecimento.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).