O PCP requereu nesta terça-feira a audição urgente da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, sobre os meios de proteção civil disponíveis para o combate aos fogos rurais no verão deste ano.

No documento entregue à presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Paula Cardoso, o PCP sublinhou a necessidade de o sistema de proteção civil estar apto a “responder às exigências de combate aos fogos que possam ocorrer no verão de modo a evitar, tanto quanto possível, a perda de bens e vidas humanas”.

Além da ministra da Administração Interna, os comunistas querem também ouvir na primeira comissão o secretário de Estado responsável pela área da proteção civil, Paulo Simões Ribeiro.

Esta audição, afirmou o PCP, terá como objetivo dar à “Assembleia da República uma informação sobre os meios de proteção civil disponíveis para combate aos fogos rurais nos meses de verão de 2024”.

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Neste pedido, assinado pelo deputado comunista António Filipe, o partido destacou que os meses de julho, agosto e setembro “são particularmente críticos em matéria de fogos rurais”.

Independente das causas dessas ocorrências que são diversas e recorrentemente debatidas, há uma realidade objetiva, que decorre das condições climatéricas, que faz com que nos meses de verão ocorram numerosos fogos rurais causadores de enormes prejuízos humanos e materiais”, escreveu o PCP.

Os operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais vão aumentar ligeiramente este ano, estando previstos para os meses considerados mais críticos 14.155 elementos, mas o dispositivo vai contar com menos dois meios aéreos, segundo uma diretiva hoje aprovada.

A diretiva operacional nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), foi hoje aprovada na Comissão Nacional de Proteção Civil, cuja reunião foi presidida pela secretária de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e teve lugar na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.

Em maio, a ministra da Administração Interna antecipou um período de árduo trabalho devido aos incêndios rurais, considerando que não é tempo de quezílias ou protagonismos, apelando a “um trabalho conjunto, articulado e com a maior necessidade prioritária de unidade de ação e de objetivos”.