Mais de 700 militares do Exército chinês deslocaram-se no domingo para a província central de Hunan, para efetuar operações de salvamento numa zona onde fortes chuvas provocaram a rutura de uma barragem na sexta-feira passada.

Os oficiais e soldados têm como tarefas prioritárias a inspeção e o reforço das barragens e a assistência no restabelecimento da produção local e da vida quotidiana dos cidadãos afetados, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

A barragem de Tuanzhou, no lago Dongting, rebentou às 17h48 horas locais de sexta-feira (10h48, em Lisboa), provocando a retirada de mais de 5.000 pessoas das zonas afetadas, sem que até ao momento tenham sido registadas vítimas.

Devido ao rápido fluxo de água provocado pela diferença de nível de 0,17 metros entre os dois lados da barragem, foi difícil iniciar os trabalhos de reparação, informou a imprensa local.

Ao meio-dia de sábado, a brecha estava reduzida a 220 metros de comprimento, com uma diferença menor no nível da água.

Cerca de 47 quilómetros quadrados de terra ficaram inundados a uma profundidade média de cinco metros. O Dongting, o segundo maior lago de água doce da China, cobre cerca de 50 quilómetros quadrados.

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Desde meados de junho, Hunan tem registado as chuvas mais intensas do ano, com recordes locais em algumas regiões.

Mais de 1,5 milhões de pessoas afetadas por inundações no centro da China

Nos últimos verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: os meses de verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram a morte de mais de 30 pessoas, enquanto em 2022 várias ondas de calor extremas e secas atingiram a China central e oriental.

Em julho de 2021, chuvas de uma intensidade que não se via há décadas fizeram quase 400 mortos na província central de Henan. Na altura, o Governo chinês indicou a “falta de preparação e de perceção dos riscos” por parte das autoridades locais.