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A comunidade ucraniana em Portugal condenou os ataques russos ocorridos esta segunda-feira na Ucrânia, que atingiram um hospital pediátrico em Kiev, e exigiu mais sanções contra Moscovo, incluindo agentes económicos e artistas que apoiam o Kremlin e a invasão.
Em reação aos ataques em grande escala atribuídos às forças russas em várias cidades da Ucrânia, que deixaram dezenas de mortos e feridos, o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal lamenta “mais um terrível ato terrorista contra a população civil”.
Em comunicado, Pavlo Sadokha salienta que o Presidente russo “não se contentou em deportar da Ucrânia 700 mil crianças”, citando dados anunciados pelo presidente do Comité Internacional do Conselho da Federação Russa, Grigory Karasin, e Vladimir Putin “deu ordem para atacar o maior hospital infantil” do país esta segunda-feira.
Diante desta dor terrível para nós, voltamos a pedir que se reconheça que isto não é uma guerra, mas um genocídio contra os ucranianos. Além disso, solicitamos a imposição de novas sanções rigorosas contra o estado terrorista — a Federação Russa — e contra todos os que apoiam a agressão russa“, declara o comunicado.
Para a Associação dos Ucranianos em Portugal, as sanções devem aplicar-se “a todos os agentes económicos que geram lucros para a economia russa, mas também a outras áreas que promovem o regime terrorista russo“, incluindo o setor cultural.
Por que devem existir restrições para os trabalhadores migrantes que buscam melhorar a sua situação económica com trabalho honesto, enquanto ao mesmo tempo se emitem vistos livremente para artistas russos que apoiam o regime criminoso de Putin? “, questiona o presidente da entidade.
No comunicado, Pavlo Sadokha refere como exemplo a participação da artista russa Nina Kraviz no festival Super Bock Super Rock, acusando-a de ser apoiante do líder do Kremlin.
Aquela que apoia Putin estará em Portugal para entreter as pessoas e ganhar grandes lucros com isso! À luz da tragédia de hoje [desta segunda-feira], resultado do bombardeamento do hospital infantil em Kiev, isso parece desumano”, lamenta a Associação dos Ucranianos, que pede ainda restrições à emissão de vistos para seguidores de um “regime terrorista” que está “a conduzir uma guerra genocida”.
As forças russas dispararam “mais de 40 mísseis” esta segunda-feira contra várias cidades da Ucrânia, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Telegram.
Os ataques deixaram mais de 20 mortos, dezenas de feridos e atingiram um hospital infantil em Kiev, de acordo com as autoridades ucranianas.
O Ministério da Defesa russo negou ter atacado deliberadamente infraestruturas civis em várias cidades ucranianas e responsabilizou as defesas antiaéreas por danos causados em locais como Kiev.