Donald Trump doou 5.000 dólares à campanha de Kamala Harris em setembro de 2011 e outros 1.000 dólares em fevereiro de 2013, quando a democrata concorria ao cargo de procuradora-geral da Califórnia, de acordo com os registos financeiros consultados pelo The Telegraph. Ivanka Trump, filha do candidato republicano, também doou 2.000 dólares à campanha da atual vice-presidente em 2014.

Na altura, a adversária democrata de Harris, Loretta Sanchez, levantou a hipótese de o então empresário estar a tentar influenciar a investigação estatal à Universidade Trump. A instituição de ensino fundada pelo antigo presidente, entretanto extinta, prometia ensinar aos seus alunos os “segredos do sucesso” no setor imobiliário.

Quando os donativos foram feitos, a universidade enfrentava uma ação judicial coletiva por alegada publicidade falsa e técnicas de venda agressivas para atrair potenciais alunos para workshops gratuitos antes de lhes vender o acesso a seminários dispendiosos. Em 2016, a Universidade Trump acordou pagar 25 milhões de dólares para resolver as ações judiciais.

Em declarações ao The Telegraph, um porta-voz da campanha de Joe Biden garantiu que Kamala Harris, que este domingo foi apontada como substituta para a candidatura democrata, não solicitou donativos a Trump ou à sua família e que estes não tiveram qualquer impacto na forma como o seu gabinete lidou com as alegações contra a Universidade Trump.

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Antes de se candidatar à presidência em 2016 pelo Partido Republicano, Trump já fazia doações a candidatos democratas. Enquanto empresário, fez donativos tanto a Hillary Clinton como a Joe Biden, os seus rivais eleitorais nos últimos anos. Depois de 2010, os registos mostram que Trump começou a doar quase exclusivamente para causas republicanas, o que também coincidiu com a sua ascensão na política conservadora.