O Ministério Público de Manhattan, que moveu o processo-crime contra o ex-Presidente Donald Trump por pagamentos ilegais a uma atriz pornográfica, admitiu esta segunda-feira um possível adiamento da sentença pedido pela defesa.

Os advogados do candidato republicano à Casa Branca pediram na passada quinta-feira o adiamento da sentença, marcada para 18 de setembro, para depois das eleições presidenciais de 5 de novembro, devido às potenciais implicações da decisão do Supremo Tribunal dos EUA sobre a imunidade presidencial.

O Ministério Público respondeu que aceita que seja o tribunal a decidir “se um atraso (na sentença) é justificado para permitir um litígio de recurso disciplinado sobre esta questão (a da imunidade presidencial) ou para reduzir o risco de uma pausa prejudicial por um tribunal de recurso”.

A sentença de Trump estava inicialmente marcada para julho, mas foi adiada para 18 de setembro na sequência de um pedido da defesa ao juiz Juan Merchan para estudar a decisão do Supremo Tribunal que concede ao ex-Presidente imunidade criminal e decidir sobre o seu impacto na pena. O magistrado pronunciar-se-á sobre o assunto no dia 16 de setembro, dois dias antes da sentença.

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O advogado de Trump, Todd Blanche, pediu o adiamento da sentença, argumentando que a decisão do juiz deixará um “período injustificadamente curto” para preparar um recurso se decidir não anular a condenação, alegando que se trata de uma “ingerência eleitoral”, uma vez que nessa altura a votação antecipada terá começado já em alguns estados.

Sentença de Trump no caso Stormy Daniels adiada para 18 de setembro

Em maio, um júri considerou Trump culpado de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais relacionadas com um pagamento para silenciar a atriz Stormy Daniels, com quem alegadamente teve um caso no passado, para proteger a sua candidatura presidencial de 2016.