Grandi foi nomeado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e liderou por quatro anos a agência da ONU que dá assistência aos refugiados palestinianos. António Guterres fora eleito para o ACNUR em junho de 2005 e foi reeleito cinco anos depois para um segundo mandato, que terminava agora.

A crise dos refugiados tem motivado várias tomadas de posição de Guterres, que tem apelado a uma maior solidariedade da comunidade internacional.

“Temos necessidade de um ‘New Deal’ [uma referência ao programa social de Roosevelt para combater a Grande Depressão dos EUA, na década de 1930] na comunidade internacional, em particular na Europa e com os vizinhos da Síria”, afirmou a 22 de dezembro Guterres no Conselho de Segurança da ONU. “Sem educação para as crianças, sem acesso ao mercado de trabalho ou proteção contra a pobreza, cada vez mais os sírios não terão outra escolha que não seja continuar o seu caminho” em direção à Europa, afirmou o antigo primeiro-ministro.

2015 revelou-se um ano trágico para os refugiados e deslocados, estimando-se em quase 60 milhões o número de pessoas nessa situação, afirmou então António Guterres.

Quanto ao seu futuro, o antigo primeiro-ministro não tem prestado quaisquer declarações, insistindo em dar prioridade ao seu trabalho no ACNUR num momento tão sensível como o atual.

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