Uma década inteira. Há 10 anos que o FC Porto não demorava tão pouco tempo a marcar dois golos no Estádio da Luz: em 2013, Mangala e Jackson apontaram dois golos em escassos 15 minutos; esta sexta-feira, Uribe e Taremi precisaram de 54 para bater Vlachodimos duas vezes. Naquela que foi a primeira derrota do Benfica em casa na atual temporada, os dragões alcançaram a primeira vitória com reviravolta em 2022/23.

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Desde 2015/16 que o FC Porto não vencia o Benfica com uma reviravolta, algo que só aconteceu outras três vezes no passado. Os dragões estão agora invictos na Luz há quatro jogos consecutivos, naquela que é a melhor série de sempre no estádio dos encarnados, e só perderam um dos últimos 11 clássicos contra o Benfica — em outubro, no Dragão, na primeira volta do Campeonato.

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A sete jornadas do fim da Liga, o FC Porto ficou agora a sete pontos da liderança do Benfica, uma distância que nunca foi revertida com tão poucas partidas por disputar. Os dragões já não cruzam nem com o Sporting nem com o Sp. Braga até ao final da temporada, enquanto que os encarnados ainda recebem os minhotos e vão a Alvalade. Contudo, e com os tais sete pontos de vantagem, o Benfica pode até perder com Sporting e Sp. Braga e manter-se isolado no primeiro lugar da classificação.

Wilson Manafá foi a grande surpresa do onze inicial de Sérgio Conceição, tornando-se mesmo um dos elementos mais importantes da pressão alta que o FC Porto aplicou principalmente na primeira parte e que condicionou as investidas do Benfica. Grujic jogou perto de Uribe e Otávio nas costas de Taremi, com Eustáquio a começar no banco e Evanilson a não chegar a entrar. Já João Mário, que só entrou na segunda parte precisamente para render Manafá, acabou por ter de sair lesionado, com Conceição a optar por recuar Pepê para a direita da defesa.

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