É uma tendência que já vem de trás, com uma desflorestação acelerada e que os esforços de reflorestação não conseguem compensar. Na Amazónia, a maior floresta tropical e o maior centro de biodiversidade do mundo, as árvores vão sendo destruídas a um ritmo mais ou menos constante ao longo dos anos — e, à desflorestação, seguem-se geralmente as queimadas, para limpar o terreno. A relação, explicam vários organismos públicos brasileiros, é clara. E, apesar da seca, o tempo não explica todos estes fogos a que temos assistido ao longo das últimas duas semanas — mais ligados aos focos de incêndio provocados, voluntária ou involuntariamente, por mão humana.

Este ano, contudo, a situação pode ser potencialmente mais grave do que no ano passado. É verdade que em 2005, por exemplo, os 63 mil focos de incêndio registados na floresta, apenas no mês de agosto, foram muito superiores aos 23 mil assinalados em agosto deste ano, até agora. Mas, face ao ano passado, o aumento é considerável: mais 83% de queimadas no primeiro semestre de 2019, quando comparado com 2018; e, só neste mês de julho, mais 278% de área desflorestada, quando comparado com julho do ano passado.

[Fogos na Amazónia indignam as redes e as ruas:]

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