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iStockphoto/Nadezhda1906

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"A maior parte dos pais tem medo do conflito entre irmãos"

As zangas entre irmãos devem ser resolvidas sem que os pais metam a colher. Em entrevista, Magda Gomes Dias explica como pôr fim às guerras lá de casa, sem que haja vencidos e vencedores.

Os conflitos fazem parte de todas as relações, incluindo as fraternais. Não é coisa que os pais devam temer, mas é preciso que saibam como gerir discussões entre irmãos sem nunca tomar partido. Esta é, de certa forma, a máxima promovida pela autora do blogue Mum’s the boss, Magda Gomes Dias, que assina o recém-publicado livro Para de Chatear a tua Irmã e Deixa o teu Irmão em Paz (editora Manuscrito).

No livro, a autora que já antes conversou com o Observador sobre dinâmicas e competências parentais, procura explicar que é natural que os irmãos tenham opiniões diferentes e feitios distintos, por vezes incompatíveis, e que isso não é necessariamente mau. Como diz em entrevista, “se um irmão tem uma opinião diferente da do outro, isso não quer dizer que esteja contra ele — e esta é, muitas vezes, a leitura que fazemos dos conflitos, ou seja, se a outra pessoa pensa de forma diferente de mim, está errada ou, então, está contra mim. Sentimo-nos atacados, sentimo-nos ameaçados.”

Os pais não se podem meter nos conflitos ou tomar partido, caso contrário estão a retirar poder às crianças, elas que devem aprender a negociar, a conversar e a resolver as diferentes situações. Magda Gomes Dias, formadora nas áreas comportamentais e comunicacionais, com certificação internacional em Inteligência Emocional, Educação Positiva e Coaching, refere ainda como a relação entre irmãos é importante, de onde podem derivar os ciúmes fraternais e como os pais podem contribuir para melhores relações debaixo do mesmo teto.

“Sabemos que os irmãos se constroem de forma oposta, vão ter personalidades muito diferentes e vão entrar em choque. Os pais não podem forçar a que os filhos sejam amigos, que gostem um do outro. Devem, ao invés, criar condições para que eles se possam respeitar e entender que podem ter opiniões diferentes e que elas podem coexistir.”

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© DR O livro está à venda nas livrarias desde maio, por 14,50 euros.

O que é que a ciência diz sobre a relação entre irmãos?
A primeira coisa a saber é que os investigadores reconhecem que existem muitas variáveis que vão influenciar a relação dos irmãos — os pais, o sítio onde crescem, a própria personalidade, a ordem de nascimento, etc — e que não há estudos conclusivos. No livro começo por referir um estudo que diz que os miúdos se pegam, por hora, uma média de 3,5 vezes. Isto diz-nos que o conflito entre irmãos é normal, comum, que faz parte. O que li também em estudos é que, se até agora se pensava que era a relação com os pais que influenciava a personalidade dos filhos, hoje sabemos que a relação entre irmãos parece ter uma marca muito mais profunda e duradoura na forma como cada uma das crianças se vai construir. Estamos sempre em interação uns com os outros e o tipo de relação que vamos estabelecer com os nossos irmãos vai ditar muito o tipo de relação que vamos estabelecer com os outros.

Estamos a falar de que tipo de impacto?
Ao nível da autoestima, do poder, das negociações que vamos aprendendo a fazer uns com os outros, ao nível da segurança e da confiança. A forma como um irmão mais velho vai lidar com um irmão que vem a seguir… esse exercício, que vão fazer um com o outro, vai dar-lhes uma noção de quem eles são numa determinada relação. Depois, vão pegar nessa experiência — boa ou má — e vão usá-la com os outros. Essa relação tem sempre um impacto.

Aceitar que todo o conflito faz parte de uma relação não é desistir dela?
Ao contrário, é olharmos para o conflito e dizermos “OK, isto é normal, não tenho de ter medo, nem tenho de recuar”. Se o irmão tem uma opinião diferente da do outro, isso não quer dizer que esteja contra ele — e esta é, muitas vezes, a leitura que fazemos dos conflitos, ou seja, se a outra pessoa pensa de forma diferente de mim, está errada ou, então, está contra mim. Sentimo-nos atacados, sentimo-nos ameaçados.

"Se até agora se pensava que era a relação com os pais que influenciava a personalidade dos filhos, hoje sabemos que a relação entre irmãos parece ter uma marca muito mais profunda e duradoura na forma como cada uma das crianças se vai construir." 

Porque é que isso acontece?
Acho que faz parte das relações e do próprio feedback que os pais, educadores ou professores dão ao conflito: “Façam as pazes, não têm de ficar chateados um com o outro”. Veem sempre uma oposição ou um conflito como uma coisa negativa. O conflito não tem de ser negativo.

Mas como é que uma criança percebe que o conflito é uma coisa positiva?
A criança precisa da ajuda do adulto para centrar a situação. Imaginemos que temos um miúdo que gosta de jogar futebol e o irmão gosta mais de fazer skate. Os dois podem ter experiências e opiniões diferentes, nenhum deles está errado. Os pais precisam saber dizer “O teu irmão gosta mais de jogar futebol e tu gostas mais de skate, há alturas em que vou jogar futebol e outras em que te vou ajudar a andar de skate”. Não tem de ser um contra o outro. A postura dos pais é que vai ajudar a que os miúdos vejam as coisas de forma diferente.

"Há pais que se sentem atacados pelos conflitos entre os filhos. Isso faz-lhes tão mal que atacam os filhos de volta. Não permitem que eles discutam e ralham com eles por isso."

Que condições é que os pais podem criar para que as discussões sejam saudáveis?
Os próprios pais não podem ter medo do conflito. A maior parte dos pais tem medo do conflito [entre irmãos], por isso é que diz coisas como “Vocês são irmãos, têm de se dar bem”. Não aceitam o conflito entre os filhos. É por isso que o primeiro passo é aceitar que existem conflitos, o que é muito difícil para os pais. Os pais têm um segundo ou terceiro filho para que os irmãos cresçam na companhia de uma pessoa de confiança, que fica para o resto da vida. Mas sabemos que os irmãos se constroem de forma oposta, vão ter personalidades muito diferentes e vão entrar em choque. Os pais não podem forçar a que os filhos sejam amigos, que gostem um do outro. Devem, ao invés, criar condições para que eles se possam respeitar e entender que podem ter opiniões diferentes e que elas podem coexistir. Não é preciso que concordem um com outro, mas sim que se respeitem. Quando isso acontece, eles aprendem a escutar-se um ao outro. Isto é processo lento. Aqui o papel dos pais é fundamental.

"A maior parte dos pais mete-se no conflito. Ao fazê-lo, está a retirar poder às crianças. É preciso que elas sintam o poder para conseguirem negociar, falar, conversar e resolver as situações, que não dizem respeito aos pais." 

Escreve que gerir os conflitos passa muito por empoderar as crianças. Porquê?
A maior parte dos pais mete-se no conflito. Ao fazê-lo, está a retirar poder às crianças. É preciso que elas sintam o poder para conseguirem negociar, falar, conversar e resolver as situações, que não dizem respeito aos pais. A primeira coisa que tenho de saber é que nunca me vou meter numa guerra entre os meus filhos, nunca. Os pais não devem tomar partido e devem evitar tomar decisões pelos filhos. Claro que, quando são mais pequenos e imaturos, é provável que os pais se envolvam, mas é preciso convidá-los a resolver as situações. Muitas vezes os miúdos fazem queixinhas, o que implica que, direta ou indiretamente, o adulto tome um partido.

Qual a diferença entre a queixinha e o pedido de atenção?
A queixinha normalmente tem a seguinte mensagem implícita: “Anda ali ver, quero que tu aches que ele está a fazer uma coisa mal e que o bom sou eu”. Quando é uma coisa perigosa, já é um pedido de atenção para vir ajudar, socorrer, já é “Vem ajudar o meu irmão”. Os miúdos sabem qual é a diferença, só precisamos de a explicar. Não se deve ignorar uma queixinha, mas sim confrontar quem a faz. Não quero que a criança se sinta culpada, não quero criar culpa nela, mas sim que perceba o que está a fazer. Interessa-me que a criança saiba que o adulto conhece a intenção dela, que está atento.

© Lara Soares Silva / Observador

© Lara Soares Silva

O que pode estar por detrás da tensão entre irmãos? Escreve que a luta pela atenção dos pais é quase uma luta pela sobrevivência…
E é. Todas as crianças precisam de um adulto ao lado delas para as proteger, para as ajudar a vestir, a comer, a estudar, para se desenvolverem socialmente. Precisam sempre de um adulto. Agora, há uma série de motivos que levam aos conflitos, como os ciúmes e a imaturidade — quanto mais jovens são, mais conflitos têm porque são imaturos, não sabem gerir emoções e têm uma baixa flexibilidade cognitiva. Os pais precisam de ter alguma literacia emocional para ajudarem os miúdos a perceberem que os irmãos podem estar muito zangados um com o outro e, no momento seguinte, serem muito amigos. Os pais também têm momentos em que pensam “O que é que eu fiz à minha vida?”, por terem filhos, e a seguir podem olhar para eles e achar que “a coisa mais linda do mundo”.

As comparações também são muito frequentes…
Comparar, para começar, é diminuir. Vamos a um cliché: temos dois irmãos, um com 9 e outro com 5 anos; o de 5 acabou de comer o prato da sopa, ao contrário do irmão de 9 anos, que tem mais dificuldade em comer. A mãe ou o pai diz “Então, João Maria? Ele é mais novo do que tu e já acabou de comer, quem é o bebé da família?”. Qual é a intenção ao dizer isto? Que ele queira comer mais depressa do que o irmão, porque é o mais velho. Ele não vai sentir isso. Vai sentir-se diminuído, incapaz, humilhado, eventualmente exposto.

O que os pais dizem sem qualquer malícia pode, por vezes, afetar a criança?
Se for de forma repetida, sim. Não vamos entrar em pânico porque lemos que não se pode dizer isto ou aquilo. Mas se for de uma forma constante, a criança vai achar que só é boa quando atinge determinadas metas académicas ou consiga determinado emprego e salário. Isto acompanha-nos para sempre. Se a referência são os meus pais, e a referência deles for o meu irmão…

"Se o irmão tem uma opinião diferente da do outro, isso não quer dizer que esteja contra ele — e esta é, muitas vezes, a leitura que fazemos dos conflitos, ou seja, se a outra pessoa pensa de forma diferente de mim, está errada ou, então, está contra mim. Sentimo-nos atacados, sentimo-nos ameaçados."

Mas como é possível lidar com os ciúmes entre irmãos?
O ciúme acontece quando acho que uma pessoa que me é importante gosta mais do outro do que de mim. Vamos à história de Caim e Abel [descrita no livro]: Caim e Abel ofereceram o fruto do seu trabalho a Deus e Deus escolheu o trabalho de Abel. Caim, em vez de ir pedir contas a Deus, que foi quem escolheu, matou o irmão. Porque o irmão era o rival, tirava-lhe a atenção de Deus.

Os ciúmes derivam da preferência dos pais?
Os miúdos acham que os pais têm uma preferência, não quer dizer que haja um filho favorito. Podem achar que, em determinada situação, o pai ou a mãe podem preferir um filho ao outro. Isto leva-nos a um ponto muito importante: todas as crianças merecem ser amadas da forma que precisam de ser amadas. Os pais precisam de conseguir ler as necessidades das crianças. É tão injusto dizer que amo os meus filhos da mesma forma, porque nenhum deles se sente amado da mesma forma, portanto, um deles vai sentir mais amado. É preciso que nos ajustemos.

"Há uma série de motivos que levam aos conflitos, como os ciúmes e a imaturidade — quanto mais jovens são, mais conflitos têm porque são imaturos, não sabem gerir emoções e têm uma baixa flexibilidade cognitiva."

Mas existem filhos preferidos?
Podem existir. E há pais que dizem que têm filhos preferidos e não têm problema nenhum em dizê-lo, mas não sabem o impacto que isso tem na vida dos outros filhos e do próprio filho preferido, que pode sentir-se mal. Há pais que têm preferências e, depois, há pais que, gostando dos dois filhos, sentem mais facilidade em amar um do que o outro. Identificam-se mais. Pode haver um filho mais fácil e outro mais desafiante. O mais desafiante pode fazer com que saía cá para fora o pior de nós. É este filho que vai puxar mais por nós, não quer dizer que o amemos menos.

Numa discussão entre irmãos pode realmente existir um ponto sem retorno, um momento em que se quebram os laços fraternais?
Não me acredito que isso aconteça numa discussão, mas acredito que, se os pais acharem que todos os conflitos se resolvem, se não derem estratégias aos filhos, se as coisas forem piorando e não intervirem e não pedirem ajuda… O que está aqui em causa é um histórico. Há pais que se sentem atacados pelos conflitos entre os filhos. Isso faz-lhes tão mal que atacam os filhos de volta. Não permitem que eles discutam e ralham com eles por isso.

Há irmãos que, chegados à vida adulta, não se falam…
Sim, há irmãos que não se falam. E isto tem muito que ver com a aceitação.

© Lara Soares Silva /Observador

© Lara Soares Silva

Que conselhos dá aos pais para que lidem mais facilmente com uma situação destas?
Primeiro, que saibam pedir ajuda quando estão com dificuldades. Andamos anos a estudar para tirar um curso, porque razão não vamos estudar para saber mais sobre a educação dos miúdos, sobre parentalidade? Não nos diminui em nada. Depois de ter pedido ajuda, se os filhos ainda assim tiverem dificuldade em lidar um com o outro, é preciso entender que é uma decisão deles. Os pais têm de se libertar. A minha obrigação enquanto pai e mãe é criar um ambiente de paz em casa. Depois disso, se os filhos não se entendem um com o outro, a história não é minha, é deles.

Não é porque há conflitos entre irmãos quando eles são jovens que estes permanecem na vida adulta. Pode haver uma grande diferença de idades, mas as diferenças vão-se reduzindo à medida que eles vão crescendo. Há sobrinhos, há o envelhecimento dos pais, a doença dos pais, que pode ou não unir, depois há as partilhas, heranças, que podem criar separações… É curioso que, à medida que o fim se vai aproximando, os irmãos também se vão aproximando. A relação entre irmãos é muito complexa, mas se na infância houve respeito, as coisas podem correr pelo melhor.

"Sabemos que os irmãos se constroem de forma oposta, vão ter personalidades muito diferentes e vão entrar em choque. Os pais não podem forçar a que os filhos sejam amigos, que gostem um do outro. Devem, ao invés, criar condições para que eles se possam respeitar e entender que podem ter opiniões diferentes e que elas podem coexistir." 

A ordem de nascimento das crianças tem mesmo impacto?
Pode ter, não quer dizer que tenha sempre impacto. Esta ordem é dita pelo Alfred Adler, que estudou a ordem de nascimento entre irmãos. Claro que a investigação prova, mais uma vez, que não é assim para todas as situações. Mas, de uma forma geral, é o seguinte: quando nasce uma criança, o primeiro filho vai ser construído à luz da imagem dos pais, é o certinho, direitinho, os pais têm mais tempo, mais disponibilidade… Quando nasce o primeiro filho, é como se ele escolhesse determinadas características; no segundo, aquelas características já não estão disponíveis, é preciso escolher outras. E porque é que ele faz isto? Porque precisa de chamar a atenção dos pais para conseguir a sua proteção, para se puder desenvolver. Se ele se comportar da mesma forma que o primeiro, não vai ter tanta atenção quanto o primeiro, porque são iguais. Por sistema, o segundo filho é mais divertido, tem mais sentido de humor. Por outro lado, os pais já são pais de segunda viagem, estão mais relaxados, já não estão tão stressados, são pais diferentes.

O terceiro é o “filho sanduíche”?
Exatamente. Diferentes autores dizem que existem muitas variáveis tendo em conta o filho do meio: pode ser o mediador, que se dá muito bem com os irmãos e respetivos amigos, no entanto, se sentir que há uma injustiça pode revoltar-se, porque vê que os pais estão [apenas] atentos às pontas — isto é, o irmão mais velho vai tendo determinados desafios e o irmão mais novo precisa de maior proteção. O do meio pode sentir que aquilo é muito injusto e que ninguém lhe liga. Depois há a situação em que os pais “vão entregando” o filho mais novo ao mais velho, o que pode funcionar como um pai, ser protetor, ou, então, ter ciúmes.

"A postura dos pais é que vai ajudar a que os miúdos vejam os conflitos de forma diferente."

O irmão mais velho tem de ser sempre o mais responsável?
Os pais incutem isso aos mais velhos porque acham que têm mais autoregulação. Por vezes, o irmão mais velho sente-se injustiçado. Será que ele é o mais responsável? Pode não ser, mas é convidado a sê-lo. Há sempre essa expetativa. Às vezes, os mais velhos desenvolvem um sentimento de injustiça muito grande porque o mais novo está sempre a ser defendido.

Neste caso, o que é aconselhável os pais fazerem?
Terem noção do desenvolvimento — é extremamente injusto pedir determinadas coisas que os miúdos ainda não conseguem dar. Depois, admitirem que não deve ser fácil ter um irmão mais novo que, às vezes, anda ali atrás. E convidar o mais novo a desenvolver autoregulação.

Como se prepara o filho que já existe para o filho que vem a caminho?
Em primeiro lugar, os pais não devem perguntar se o filho quer um irmão. Não se pergunta, é uma decisão do casal. Depois, gosto da ideia de ser o irmão o primeiro a saber que vem aí um bebé. Se quero criar uma noção de tribo, de clã, não convém que o irmão mais novo saiba por outras pessoas, mesmo que ainda falte muito tempo. É uma ideia muito gira porque ele sente-se tido e achado, sente que tem poder. E é também preciso evitar frases como “Vais ter um irmão, vais ter de partilhar as tuas coisas”. O irmão ainda não nasceu e já lhe estão a tirar as coisas. Esta ideia é péssima porque torna o irmão numa ameaça. Falar sobre o nascimento do mais velho, mostrar fotografias, o que vai acontecer no dia do nascimento… A primeira pessoa a conhecer o bebé deve ser o irmão, levado pelo pai. E gosto ainda mais da ideia de ser o bebé que é apresentado ao irmão mais velho, e não o contrário.

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