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Técnicos de saúde e pacientes num dos corredores do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, 03 de maio de 2022. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 06 DE MAIO DE 2022). TIAGO PETINGA/LUSA
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A Direção Executiva do SNS prepara-se para implementar um pacote de medidas "temporárias" para assegurar as urgências de obstetrícia e ginecologia no Natal e Ano Novo

TIAGO PETINGA/LUSA

A Direção Executiva do SNS prepara-se para implementar um pacote de medidas "temporárias" para assegurar as urgências de obstetrícia e ginecologia no Natal e Ano Novo

TIAGO PETINGA/LUSA

Como funciona o "penso rápido" que a direção executiva do SNS preparou para o caos nas urgências no Natal e Ano Novo

Direção Executiva do SNS concentrará urgências de obstetrícia em hospitais de Lisboa e Setúbal para garantir Natal e Ano Novo. Regras continuarão até abril. 25 respostas sobre o novo modelo em rede.

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Artigo atualizado às 10h de 22 de dezembro de 2022 com as novas informações oficiais comunicadas pelo Ministério da Saúde.

Os hospitais das regiões de Lisboa, Setúbal e Santarém vão funcionar em rede já nos fins de semana do Natal e da Passagem de Ano (e depois, também, ao longo de todos os fins de semana até aos primeiros dias de abril) e já estão a organizar as escalas dos próximos meses em função da norma que a Direção Executiva do SNS publicou esta quinta-feira, pouco depois das sete da manhã.

As informações com o modus operandi dos hospitais nos próximos fins de semana foi enviada aos hospitais envolvidos no plano na segunda-feira, 19 de dezembro, depois de uma reunião entre o ministro da Saúde e os autarcas de Setúbal, Almada e Sesimbra. Por esta altura, muitas das instituições já tinham as escalas de médicos alinhavadas para o mês de janeiro — mas tiveram de as refazer em função das novas ordem de Fernando Araújo.

A operação foi especialmente difícil para os hospitais mais dependentes de médicos tarefeiros — profissionais de saúde que, embora pertençam a uma determinada instituição, prestam serviços noutros hospitais — para completar as escalas nos serviços de urgência.

Mesmo com o encerramento de urgências, os responsáveis pelas escalas estão a ter dificuldades em manter os serviços: é que alguns tarefeiros comunicaram que não têm disponibilidade nas novas datas apresentadas pelos hospitais. Mas, mesmo nos casos em que essas dificuldades foram solucionadas com estes médicos contratados, está tudo por um fio: “Temos de esperar que ninguém [das equipas médicas] fique doente, que os filhos não adoeçam e que ninguém desista”, desabafou uma fonte hospitalar ao Observador.

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Perante o caos nas urgências em alguns hospitais do país, sobretudo em Lisboa e Setúbal, onde as instituições estão sistematicamente a encerrar serviços por falta de profissionais de saúde, a Direção Executiva do SNS prepara-se para implementar um pacote de medidas “temporárias até se conseguir inverter este ciclo e captar os recursos humanos necessários”.

Em declarações aos jornalistas, Manuel Pizarro, ministro da Saúde, afirmou que as medidas são “conjunturais”: servem para “dar previsibilidade às pessoas”. “O desejável era que todos estivessem a funcionar em pleno, mas isso não é possível e temos de nos adaptar e dar uma resposta de qualidade e segurança”, explicou.

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Ao Observador, Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos, classificou este pacote de medidas de “penso rápido”: “O fecho de urgências é um problema que vem do verão, mas sempre houve estes constrangimentos. O ministro sabe muito bem que o plano foi apresentado como um penso rápido. Enquanto não aceitar negociar as condições de trabalho dos médicos, isto vai continuar a acontecer.”

Mas todas as fontes contactadas pelo Observador concordam que as medidas, embora sobrecarreguem uma classe profissional que já estava em esforço (e obriguem as equipas a atender mais casos), são mais benéficas para os utentes: desta forma, saberão sempre, atempadamente, que serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia estão de portas abertas; e quais estão encerrados. As medidas entram em vigor às 8h de sexta-feira, 23 de dezembro.

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Quem está a redigir o plano?

Como estas são medidas operacionais, que têm implicações no funcionamento prático dos hospitais, elas estão a ser delineadas pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo. No entanto, foi o ministério da Saúde, liderado por Manuel Pizarro, a publicá-las.

Para criar este plano, o diretor executivo do SNS ouviu os conselhos de administração de todos os centros hospitalares envolvidos neste plano, assim como as direções dos serviços de Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Anestesiologia, a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Foram emitidas três deliberações, que mencionam os hospitais que devem funcionar em rede. Uma diz respeito às Urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria), Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (Maternidade Dr. Alfredo da Costa), Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Hospital São Francisco Xavier), Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, Hospital Beatriz Ângelo e o Hospital de Vila Franca de Xira.

Outra deliberação coloca a funcionar em rede três instituições de Setúbal: Hospital Garcia de Orta, Centro Hospitalar de Setúbal (Hospital São Bernardo) e Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (Hospital Nossa Senhora do Rosário).

A terceira deliberação refere-se a hospitais no distrito de Santarém: Centro Hospitalar do Oeste (Hospital Distrital Caldas da Rainha), o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Hospital de Abrantes) e o Hospital Distrital de Santarém.

Quando é que o novo plano foi apresentado?

O plano foi apresentado esta quinta-feira, 22 de dezembro, por volta das 7h e comunicado oficialmente através do Ministério da Saúde. Já se sabia que as medidas seriam anunciadas na semana anterior ao Natal, mas uma dificuldade tornou mais intrincada a tarefa de finalizar a deliberação da Direção Executiva do SNS: a organização das escalas dos profissionais de saúde.

Todos os hospitais da região de Lisboa, assim com todos os hospitais da península de Setúbal e do distrito de Santarém, comprometeram-se a “cooperar” e a “partilhar recursos no sentido de garantir o acesso aos serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia na área de influência dessas unidades hospitalares, em todas as circunstâncias, nomeadamente durante as épocas festivas do Natal e do Ano Novo de 2022″, pode ler-se nas deliberações.

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Neste âmbito, quando os serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais encerrarem nos fins de semana festivos, esses hospitais “mobilizam recursos no sentido de assegurar a operação” nas instituições que mantêm o normal funcionamento.

Esse objetivo é mais difícil de concretizar devido a algumas limitações impostas pela legislação laboral em vigor, assim como por direitos e deveres previstos nos contratos de trabalho de alguns médicos: é que, segundo o acordo coletivo de trabalho, alguns médicos não podem ser deslocados para outros hospitais além-concelho, exceto se o fizerem em regime de voluntariado.

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O funcionamento das urgências em alguns pontos do país vai seguir o plano de contingência recomendado pela Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos. Tem quatro níveis:

  • Nível 1. Não são admitidas novas parturientes. O bloco de partos encerra para o exterior, mas mantém-se o apoio a parturientes já internadas, cesarianas eletivas, induções do trabalho de parto e episódios de urgência de ginecologia.
  • Nível 2. O bloco de partos está encerrado. As parturientes, as cesarianas e as induções de trabalho de parto que não podem ser adiadas têm de ser transferidas. Os outros casos em internamento podem permanecer no hospital.
  • Nível 3. O bloco de partos e o serviço de urgência de ginecologia/obstetrícia estão encerrados. Apenas se mantém o apoio aos internamentos e o apoio de emergência ao serviço de urgência geral.
  • Nível 4. O serviço de obstetrícia e ginecologia encerra. Todas as mulheres internadas têm de ser transferidas.

Quais vão ser as regras em Lisboa no Natal?

Na região de Lisboa, eis como está previsto o funcionamento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia:

Os serviços do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e do Hospital Beatriz Ângelo funcionarão de forma normal no fim-de-semana de 23 a 26 de dezembro de 2022.

Os serviços do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca assumem o nível 1 do Plano de Contingência entre as 20h do dia 23 e as 8h do dia 26 de dezembro.

O serviço no Hospital de Vila Franca de Xira entra no nível 1 entre as 8h e as 20h do dia 23 de dezembro, mas passa ao nível 3 entre as 20h do dia 23 e as 8h do dia 26 de dezembro.

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E se estiver em Setúbal, como vão estar as urgências?

Na região de Setúbal, estas são as medidas que serão aplicadas

Os serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e do Hospital Garcia de Horta funcionarão normalmente durante todo o fim de semana, de 23 a 26 de dezembro.

No Centro Hospitalar de Setúbal, assume-se o nível 1 do Plano de Contingência entre as 8h e as 20h do dia 23 de dezembro; e passa-se ao nível 3 a partir desse momento até às 8h do dia 26 de dezembro.

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No dia 23 de dezembro funcionam de forma normal os serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém e do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O serviço do Centro Hospitalar do Oeste entra no nível 1 às 8h.

No dia seguinte, 24 de dezembro, só o serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém mantém-se normal. Os serviços no Centro Hospitalar do Médio Tejo e no Centro Hospitalar do Oeste entram no nível 3 do Plano de Contingência às 8h.

No dia de Natal, é o serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Médio Tejo que estará em pleno. O Hospital Distrital de Santarém entra no nível 3 e o Centro Hospitalar do Oeste assume o nível 1.

O que devo esperar se estiver noutras zonas do país?

De acordo com a informação oficializada esta quinta-feira, 29 maternidades vão estar em pleno funcionamento nos próximos dias. Mas só as regiões Norte e Algarve é que não registarão quaisquer constrangimentos. Na região Centro, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia na Guarda vai estar fechada na noite de 24 de dezembro. No Alentejo, o bloco de partos em Beja terá constrangimentos no dia 25.

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Segundo o plano a que o Observador teve acesso, eis como vão estar as urgências no Ano Novo em Lisboa:

Os serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e do Hospital de Vila Franca de Xira vão funcionar em pleno entre 30 de dezembro e 2 de janeiro.

Só o serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo assumirá o nível 1 de contingência entre as 8h e as 20h do dia 30 de dezembro; e depois o nível 3 entre as 20h do dia 30 de dezembro e as 8h do dia 2 de janeiro.

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Na região de Setúbal, aplicam-se as seguintes medidas:

Os serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta e do Centro Hospitalar de Setúbal funcionarão de forma normal entre 30 de dezembro e 2 de janeiro.

O serviço do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo assume o nível 1 do Plano de Contingência entre as 8h e as 20h do dia 30 de dezembro. A partir dessa hora entra no nível 3 até às 8h do dia 02 de janeiro de 2023.

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A deliberação sobre o núcleo de instituições em cooperação para o Ano Novo em Santarém é o único em que as mulheres internadas num hospital vão ter de ser transferidas para os restantes. Estas serão as regras:

A 30 de dezembro, os serviços de Urgência Externa de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste, Centro Hospitalar do Médio Tejo e Hospital Distrital de Santarém funcionam em pleno.

No dia 31 às 8h, o serviço do Centro Hospitalar do Oeste entra no nível 4 do Plano de Contingência. Terá, portanto, de transferir quem estiver internado na Urgência de Ginecologia e Obstetrícia para outros hospitais da rede. Os restantes hospitais continuarão a funcionar normalmente.

No dia 1 de janeiro, o serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém será o único de portas abertas. O Centro Hospitalar do Médio Tejo estará em nível 3 e o Centro Hospitalar do Oeste continuará em nível 4 até às 8h de segunda-feira.

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Nesse caso, só será recebida no hospital se ele estiver em nível 1 no plano de contingência. De outra maneira, tem mesmo de se dirigir a um hospital que tenha a urgência de ginecologia e obstetrícia aberta. A mesma regra aplica-se em induções do trabalho de parto e episódios de urgência de ginecologia.

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Durante quanto tempo estará em vigor?

As deliberações apresentam um pacote de medidas que estará em vigor entre as os dias 23 e 26 de dezembro; e outro entre os dias 30 de dezembro e 2 de janeiro. No entanto, os documentos também mencionam um modelo de funcionamento em rede entre alguns hospitais que estará em vigor ao longo do primeiro trimestre de 2023, até ao fim de março.

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Nem por isso. Durante o primeiro trimestre de 2023, todos estes hospitais continuarão a funcionar em rede, mas os resultados serão avaliados mensalmente pela direção executiva do SNS. Se, ao fim dos três meses, o caos nas urgências tiver amenizado em Lisboa, Setúbal e Santarém, o plano pode continuar a aplicar-se nos restantes trimestres do ano.

Que hospitais vão funcionar em rede até março?

Haverá quatro núcleos de hospitais que funcionarão em rede. Um deles engloba as quatro maiores instituições de Lisboa: Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e Professor Doutor Fernando da Fonseca.

Outro núcleo baseia-se na cooperação entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Hospital de Vila Franca de Xira. E o terceiro núcleo fica em Setúbal, entre o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, o Centro Hospitalar de Setúbal e o Hospital Garcia de Orta. E o quarto implica a cooperação dos hospitais no distrito de Santarém: Centro Hospitalar do Oeste, Centro Hospitalar do Médio Tejo e Hospital Distrital de Santarém.

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Em que dia vão entrar em vigor as medidas para o primeiro trimestre?

Está previsto que as medidas entrem em vigor no fim de semana logo a seguir ao do Ano Novo, a partir do dia 6 de janeiro de 2023 e até 3 de abril.

Como vai funcionar esse modelo em rede em Lisboa?

No núcleo que engloba os quatro maiores hospitais de Lisboa, alguns serviços de urgência em ginecologia e obstetrícia vão encerrar à vez ao fim de semana. Ou seja, três dos serviços estarão sempre em funcionamento e um estará encerrado.

Os serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central E.P.E funcionam sempre de forma normal e ininterrupta. Mas, aos fins de semana, o serviço do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental alterna o acesso com o serviço do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

No serviço que estiver encerrado, aplicam-se as regras do nível 1 do plano de contingência entre as 8h e as 20h de sexta-feira; e o nível 3 desse mesmo plano estará em vigor das 20h de sexta-feira até às 8h de segunda-feira. Ou seja:

Entre as 8h e as 20h da sexta-feira anterior ao encerramento, não são admitidas novas parturientes: o bloco de partos fica encerrado para o exterior, mas mantém-se o acompanhamento a pessoas já internadas, casos de cesarianas eletivas, induções do trabalho de parto e episódios de urgência de ginecologia.

Entre as 20h da sexta-feira anterior ao encerramento e as 8h da segunda-feira seguinte, o bloco de partos e o serviço de urgência de ginecologia/obstetrícia estarão encerrados: apenas se mantém o apoio aos internamentos e o apoio de emergência ao serviço de urgência geral. Só será necessária a presença física de um médico especialista em ginecologia e obstetrícia e de um médico cirurgião para os casos de emergência.

Quando uma destas duas instituições estiver em contingência, devem as grávidas e recém-nascidos devem ser orientadas para um dos outros três hospitais da rede. A prioridade será sempre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

No núcleo de cooperação entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Hospital de Vila Franca de Xira, a lógica será a mesma. No fim de semana em que o serviço de urgência em ginecologia e obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo estiver encerrado, o outro deve estar em pleno funcionamento e vice-versa.

O primeiro serviço a encerrar deverá ser o do Beatriz Ângelo, a partir de 6 de janeiro. Depois fechará portas fim de semana sim, fim de semana não, em alternância com o serviço de urgência em ginecologia e obstetrícia do Hospital de Vila Franca de Xira.

Tal como acontecerá entre os quatro centros hospitalares lisboetas, quando um dos serviços estiver encerrado, aplicam-se as regras do nível 1 do plano de contingência entre as 8h e as 20h de sexta-feira; e o nível 3 desse mesmo plano das 20h de sexta-feira até às 8h de segunda-feira.

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Estou grávida e vivo em Setúbal. Como será o funcionamento em rede por aqui?

Exatamente da mesma maneira que em Lisboa. O serviço de urgência em ginecologia e obstetrícia do Hospital Garcia de Orta estará sempre a funcionar normalmente ao fim de semana. Só os serviços do Centro Hospitalar de Setúbal e do Hospital do Barreiro-Montijo é que vão encerrar alternadamente.

Quando um dos serviços estiver encerrado, aplicam-se as regras do nível 1 do plano de contingência entre as 8h e as 20h de sexta-feira; e o nível 3 desse mesmo plano das 20h de sexta-feira até às 8h de segunda-feira.

Também vai haver funcionamento em rede até abril em Santarém?

Sim. Num fim de semana, está aberto o serviço do Hospital Distrital de Santarém, mas os restantes apresentam constrangimentos. No fim de semana seguinte, o sistema inverte-se: o serviço do Hospital de Santarém fecha, mas os serviços do Centro Hospitalar do Oeste e do do Centro Hospitalar Médio Tejo estarão em funcionamento pleno.

Quando um dos serviços estiver encerrado, aplicam-se as regras do nível 1 do plano de contingência entre as 8h e as 20h de sexta-feira; e o nível 3 desse mesmo plano das 20h de sexta-feira até às 8h de segunda-feira. Ao contrário do que aconteceu no Ano Novo, não se aplica em momento nenhum o nível 4, que obriga à transferência das utentes.

A minha mulher está gravida. Se precisar de ajuda no Dia de Reis, o que devemos fazer?

O Dia de Reis, que se celebra a 6 de janeiro, é precisamente o primeiro dia de funcionamento em rede a seguir aos fins de semana do Natal e do Ano Novo.

Entre as 8h e as 20h desse dia, não são admitidas novas parturientes nos hospitais em contingência: o bloco de partos fica encerrado para o exterior, mas mantém-se o acompanhamento a pessoas já internadas, casos de cesarianas eletivas, induções do trabalho de parto e episódios de urgência de ginecologia.

Das 20h de 6 de janeiro às 8h do dia 9, entra-se em nível 3 do plano de contingência. Ou seja, apenas se mantém o apoio aos internamentos e o apoio de emergência ao serviço de urgência geral. Só será necessária a presença física de um médico especialista em ginecologia e obstetrícia e de um médico cirurgião para os casos de emergência.

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Se estiver perto de um hospital com o serviço encerrado em Lisboa, onde devo ir?

Estas são as suas opções nos núcleos de hospitais emparelhados em Lisboa:

Se estiver nas proximidade do Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria) estará a cerca de …

  • … 4 km da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
  • … 10 km do Hospital São Francisco Xavier.
  • … 11 km do Hospital Beatriz Ângelo.
  • … 14 km do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.
  • … 33 km do Hospital de Vila Franca de Xira.

Se estiver perto do Centro Hospitalar Lisboa Central (Maternidade Dr. Alfredo da Costa) estará a cerca de…

  • … 4 km do Hospital de Santa Maria.
  • … 9 km do Hospital São Francisco Xavier.
  • … 14 km do Hospital Beatriz Ângelo.
  • … 17 km do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.
  • … 35 km do Hospital de Vila Franca de Xira.

Se estiver perto do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital São Francisco Xavier) estará a cerca de…

  • … 9 km da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
  • … 10 km do Hospital Santa Maria.
  • … 13 km do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.
  • … 18 km do Hospital Beatriz Ângelo.
  • … 41 km do Hospital de Vila Franca de Xira.

Se estiver junto do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca estará a cerca de…

  • … 13 km do Hospital São Francisco Xavier.
  • … 14 km do Hospital de Santa Maria.
  • … 17 km da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
  • … 18 km do Hospital Beatriz Ângelo.
  • … 45 km do Hospital de Vila Franca de Xira.

Se estiver junto do Hospital Beatriz Ângelo estará a cerca de…

  • … 11 km do Hospital de Santa Maria.
  • … 14 km da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
  • … 18 km do Hospital São Francisco Xavier.
  • … 18 km do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.
  • … 32 km do Hospital de Vila Franca de Xira.

Se estiver junto do Hospital de Vila Franca de Xira estará a cerca de…

  • … 32 km do Hospital Beatriz Ângelo.
  • … 33 km do Hospital de Santa Maria.
  • … 35 km da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
  • … 41 km do Hospital São Francisco Xavier.
  • … 45 km do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.

Quais são as minhas soluções se estiver em Setúbal?

Estas são as suas opções num dos núcleos de hospitais emparelhadas em Setúbal:

Se estiver nas proximidades do Hospital Garcia de Orta, não precisa de procurar outro hospital. Este é o único que não encerrará ao fim de semana.

Se estiver junto do Centro Hospitalar de Setúbal, estará a cerca de…

  • … 30 km do Hospital do Barreiro-Montijo.
  • … 39 km do Hospital Garcia de Orta.

Se estiver perto do Hospital do Barreiro-Montijo, estará a cerca de…

  • … 25 km do Hospital Garcia de Orta.
  • … 30 km do Centro Hospitalar de Setúbal.

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E em Santarém?

Eis as distâncias que precisa de manter em mente se estiver em Santarém:

Se estiver perto do Hospital Distrital de Santarém, estará a cerca de…

  • … 75 km do Hospital de Abrantes.
  • … 52 km do Hospital das Caldas da Rainha.

Se estiver perto do Hospital de Abrantes, estará a cerca de…

  • … 75 km do Hospital Distrital de Santarém.
  • … 114 km do Hospital das Caldas da Rainha, que também estará encerrado.

Se estiver perto do Hospital das Caldas da Rainha, estará a cerca de…

  • … 52 km do Hospital Distrital de Santarém.
  • … 114 km do Hospital de Abrantes, que também estará fechado.

Vão induzir-me o parto ao sábado num hospital em nível 3. Sou atendida à mesma?

Não. Se a indução do trabalho de parto tiver de ocorrer num hospital em nível 3 do plano de contingência entre as 20h de sexta-feira e as 8h da segunda-feira seguinte, tem de ir a um hospital em que o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia estiver a funcionar em pleno. O mesmo se aplica em casos de cesariana programada e episódios de urgência de ginecologia.

No momento da aflição, onde devo consultar os hospitais que me podem atender?

As deliberações da Direção Executiva do SNS exigem que todos os hospitais envolvidos neste modelo de funcionamento em rede, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, o INEM, o SNS24, as corporações de bombeiros, os agrupamentos de centros de saúde e as autarquias da área de influência dos hospitais disponibilizem “informação atempada à população sobre o funcionamento dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia destas instituições hospitalares”.

O Ministério da Saúde já publicou uma infografia com a informação que vigora a partir de amanhã e até à próxima segunda-feira, 26 de dezembro.

Ministério da Saúde

Não vou estar em Lisboa, Setúbal ou Santarém. Que medidas se esperam noutras cidades?

Nenhumas. Não há previsão de medidas específicas para hospitais fora das regiões de Lisboa, Setúbal e Santarém. Pelo menos por enquanto, o funcionamento em rede implementado pelo diretor executivo do SNS aplica-se apenas aos hospitais mencionados neste artigo. Mas recorde-se: na região Centro, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia na Guarda vai estar fechada na noite de 24 de dezembro; e, no Alentejo, o bloco de partos em Beja terá constrangimentos no dia 25. De resto, não se esperam mais dificuldades.

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