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Marques'Almeida: "Aprendemos a ser mais autênticos e honestos"

Há 10 anos, Marta e Paulo foram para Londres. Foi lá que fundaram a marca de moda que já lhes valeu um prémio de 300.000€. Rihanna já usou, mas o orgulho está na produção: é tudo feito em Portugal.

Marta Marques e Paulo Almeida voltaram ao Pátio da Galé, o local onde, em outubro de 2013, percorreram uma passerelle portuguesa pela última vez, na 41ª edição da ModaLisboa. Na última quarta-feira, subiram ao palco da Condé Nast International Luxury Conference para falar sobre a ligação que mantêm à distância com Portugal. Há 10 anos, mudaram-se para Londres. Depois de concluírem o mestrado em design de moda na Central Saint Martins, escolheram a capital da multiculturalidade para dar forma ao sonho que lhes pairava sobre as cabeças, o de criar uma marca de moda de autor e independente.

Em 2014, o prémio de Emerging Womenswear Designer atribuído nos British Fashion Awards seria apenas um aquecimento para o que estava por vir. Um ano depois, receberam o prémio anual do grupo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), destinado a jovens designers de moda. Uma verdadeira revolução na forma de 300.000 euros que catapultaram a dupla para o calendário oficial da Semana da Moda de Londres. Como Marta disse durante a conferência, o duo deixou de ter um “coffee table business” para estar à frente da nova marca fetiche das millennials.

A marca de moda feminina cresceu, sem que os dois sobrenomes tipicamente portugueses a impedissem de chegar aos quatro cantos do mundo. Começaram pela ganga, mas as silhuetas são hoje tão diversas quanto livres e até já caíram nas graças de Rihanna. Estação após estação, a Marques’Almeida evoca a descontração e a beleza natural, sem artifícios, dos anos 90. Na passerelle, as modelos não profissionais são conhecidas como MA girls. Roupa, calçado e acessórios são produzidos em Portugal e no estúdio, situado em Hackney, arredores de Londres, trabalham 26 pessoas. Oito anos depois da primeira coleção, os planos para o futuro são ambiciosos. Mal podemos esperar para ver a primeira loja Marques’Almeida com montra para a rua.

Lembram-se da última vez que estiveram aqui no Pátio da Galé?
Paulo Sim, perfeitamente. É um espaço bastante familiar.
Marta Já não sei há quantos anos é que isso foi, possivelmente há uns quatro. Foi a última vez que apresentámos uma na ModaLisboa. Foi aqui que tivemos as primeiras experiências a fazer um desfile.
P Quando fazíamos desfiles em Portugal ainda tínhamos muito aquela missão de encorajamento das gerações que, como nós quando éramos estudantes, vinham ver os desfiles da ModaLisboa e do Portugal Fashion. Nós vínhamos para ver os designers que admirávamos, a Alexandra Moura, o Luís Buchinho. Quando começámos a marca achámos importante dar essa oportunidade a pessoas que passavam pelo mesmo processo e tornar o nosso trabalho um bocadinho mais próximo.
M  Sim, trazer as coleções, trabalhar com estagiários que ainda eram alunos.

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Look da coleção primavera-verão 2014, a última a ser apresentada na ModaLisboa e em Portugal © ModaLisboa

Olhando para essa altura, vêem-se como amadores ou como profissionais?
M  Acho que tivemos sempre uma sensação de não sabermos muito bem o que estávamos a fazer e de ir aprendendo à medida que íamos fazendo as coisas, o que não é muito diferente de agora.
P  Para mim, é difícil diferenciar o que é uma pessoa amadora ou não. São sempre fases diferentes e todas necessárias. Acho que qualquer designer, mesmo um que esteja na Vuitton, está sempre num processo evolutivo. É complicado chamar amador ao processo natural das coisas.
M Sim, é sempre uma aprendizagem.

Há dez anos, fizeram as malas e mudaram-se para Londres. Foi uma decisão fácil?
M Foi apoiada por uma diretora de curso que tínhamos no CITEX [Centro de Formação profissional da Indústria Têxtil], a Joana Bourbon, que nos disse: ‘Vocês podem ficar cá e eu posso arranjar-vos um trabalho das 9 às 5, numa empresa qualquer. Ou podem ir embora e ver o que conseguem fazer num cenário diferente’.
P E Londres sempre nos pareceu o sítio mais aberto a esse tipo de oportunidades. Quando acabámos o nosso curso cá, estavam a aparecer novos designers no Reino Unido, ingleses e não só. Há muito que chegam a Londres, vindos de vários sítios do mundo, e são muito bem recebidos pelo British Council, que os ajuda a tornarem-se em negócios credíveis e sustentáveis.
M  Pois, não houve grande indecisão nessa altura.

"Nós somos independentes, sempre fomos. Começámos com muito pouco investimento e todo o dinheiro que fazemos é posto de volta no negócio."

E sentiam que era onde a vossa linha criativa encaixava?
M Não sabíamos muito bem o que era o nosso registo na altura. Sabíamos que nos queríamos desenvolver criativamente o mais possível e o curso da Central Saint Martens era indiscutivelmente o sítio mais promissor e também a maior abertura.
P  Claramente, foi o sítio que nos formou enquanto designers. O CITEX foi ótimo do ponto de vista técnico e do design industrial e hoje isso continua a fazer parte das nossas raízes, mas só no último ano de curso é que tivemos uma parte mais criativa e individual, na altura uma cadeira dada pelo Luís Buchinho. Só aí é que sentimos um gostinho do que é ser um criador em nome individual. Quando entrámos no mestrado, na Central, foi claramente destruir tudo o que achávamos que sabíamos para nos reconstruirmos.
M Acima de tudo, aprendemos a ser mais autênticos e honestos no nosso ponto de vista e naquilo que temos para dizer enquanto designers e enquanto marca. Foi isso que Londres nos ensinou.

Neste caso, terem de escolher entre Lisboa e Londres acabou por ser também um dilema entre desenhar para outras empresas e arriscarem na vossa própria marca?
M  O objetivo foi sempre arriscar na nossa marca. Quando fomos para Londres, ainda não tínhamos muito bem noção do que íamos acabar por fazer. Queríamos estudar mais, conhecer mais, trabalhar com pessoas diferentes, entender realidades diferentes e aumentar os nossos horizontes. Sabíamos que em Portugal podíamos fazer a nossa própria marca, mas ia ser muito mais difícil viabilizá-la comercialmente. Podíamos ter ido trabalhar para outras empresas, mas se calhar não ia ser gratificante do ponto de vista profissional. Portanto, a solução era ir para fora, continuarmos a desenvolver-nos e ver no que dava.

Final do desfile da coleção primavera-verão 2018, em Brick Lane, Londres © Divulgação

E acham que se a tivessem desenvolvido em Portugal, provavelmente, ela podia não ter tido futuro, podia já não existir?
M Muito possivelmente.
P Nós temos pouca noção de como o mercado português funciona, mas na altura lembro-me que havia muito poucas oportunidades para a internacionalização das marcas.
M E é mais pequeno. Inevitavelmente, era um mercado que nos limitava logo à partida, enquanto Londres, além do mercado inglês ser muito maior, tem uma ligação muito mais direta com a Europa e com o mundo inteiro e isso fez-nos conseguir internacionalizar e viabilizar comercialmente a marca muito mais rápido do que teríamos conseguido aqui.
P  Lembro-me perfeitamente de ainda estarmos a estudar e de ler uma entrevista do Felipe Oliveira Baptista, que na altura tinha a sua própria marca. Ele dizia que já tinha vários pontos de venda espalhados pelo mundo, mas que em Portugal não havia consumidores para o produto dele e que, por isso, não tinha pontos de venda cá. E de facto, sem uma estrutura que fosse capaz de internacionalizar o que se faz em Portugal, pareceu-nos difícil criar a marca aqui.

E é só a dimensão do mercado ou há falta de valorização da moda nacional?
P  No início, havia claramente uma limitação do poder de compra.
M Acho que é uma questão de dimensão e de poder de compra. Mas essa questão da valorização tem melhorado imenso nos últimos cinco anos, sobretudo em Lisboa. Vê-se uma diferença enorme, não só no design de moda, mas na cultura em geral. Criou-se um hub muito mais rico. O turismo também ajuda a diversificar as coisas. Se daqui a dez anos tivéssemos de tomar a mesma decisão, talvez ficássemos. Não sei.

"Se daqui a dez anos tivéssemos de tomar a mesma decisão, talvez ficássemos. Não sei."

O tema desta conferência é “The Language of Luxury” (A Língua do Luxo). Nunca hesitaram em pôr os vossos sobrenomes portugueses nas etiquestas da marca?
M Não houve grande hesitação. Queríamos fazer uma marca de autor, que fosse muito mais acessível e apetecível para um cliente menos influente, mais jovem e um bocado alienado do mercado da high-end fashion, que era o nosso caso e da nossa geração. A ideia foi sempre essa: uma marca de designer e isso éramos nós, os nossos nomes. Fomos encontrando problemas depois por ser mais complicado. Por outro lado, Londres é uma cidade tão habituada a gente que vem de 500 sítios diferentes que nunca chegou a ser propriamente um problema. E tinha de ser autêntico, tinha de ser honesto. É o que somos, com um background português, com o ter estudado em Londres, com isso tudo misturado.

Em algum momento a nacionalidade portuguesa vos prejudicou?
M Não, pelo contrário. A formação técnica e a ligação à indústria têxtil foram sempre uma mais-valia. E nós produzimos tudo em Portugal, sempre produzimos.

Além de designers, vocês também tiveram de ser gestores.
M E contabilistas, e recursos humanos… Para conseguirmos fazer aquilo de que gostamos, a nossa paixão, temos de conseguir fazer tudo o resto.
P  Passa-se imensos anos a aprender a ser designer e depois é ter força de vontade e dedicação para querer aprender outras coisas. Essa é a grande diferença entre ser um designer que trabalha para a Lanvin, que só com design, mas que tem de obedecer a regras que alguém lhe vai impor sobre o que eu vai desenhar ou não, e um designer que cria a sua própria marca, que faz mais ou menos o que me apetece, mas que tem de ser ele a fazer a contabilidade e a limpar o escritório ao fim do dia.
M Londres é uma cidade ótima porque tem uma rede de apoio muito grande. Tivemos orientação financeira, de branding, há sempre uma conferência, uma plataforma qualquer que une marcas jovens a pessoas com know-how e expertise.

Além de uma dupla de designers, Marta Marques e Paulo Almeida são também um casal. Aqui, em 2015, quando receberam o prémio do grupo LVMH © AFP/Getty Images

AFP/Getty Images

Esse arranque foi duro?
M — Foi e continua a ser. Somos 26 pessoas agora e é tão duro como quando éramos quatro ou cinco à volta de uma mesa. É a nossa paixão, é o que gostamos de fazer e isso exige sempre 100% de nós. Não acho que vá abrandar. Mudou a maneira como trabalhamos, temos mais braços direitos, mas as exigências também aumentaram.

Qual foi o grande ponto de viragem para a Marques’Almeida?
M Possivelmente, o prémio LVMH. Foi quando finalmente tivémos os fundos para contratar mais gente. Tínhamos uma equipa estourada e a trabalhar imenso com recursos muito pequeninos. Pudemos pôr em prática uma série de ideias, produzir mais peças, fazer desfiles maiores, showrooms em Paris para vender a coleção, chegar a mais mercados, fazer o nosso site, uma série de coisas para as quais não tínhamos tempo nem recursos.
P Também foi uma questão pessoal. Na altura, o painel que incluía o Raf Simons, o Marc Jacobs, a Phoebe Nicolas Ghesquière, os nossos heróis em termos de design. Ganhar um prémio votado por eles e das mãos deles foi, possivelmente, a melhor prova de confiança para nós enquanto designers.

Em nenhum momento a responsabilidade que veio com o prémio vos assustou?

M Primeiro, tivemos sempre muito poucas expectativas.
P Estávamos habituados a ser os underdogs, não somos de todo celebrity designers, somos muito reservados e focamo-nos no nosso trabalho.
M Esperamos que o trabalho fale por nós. Também sabíamos que aquilo era o mais autêntico que podíamos fazer. A entrevista com eles foi mais uma conversa, uma troca de ideias descontraída.

O mais gratificante é pegar numa rapariga que não seria considerada um tamanho de modelo e vê-la sentir-se poderosa enquanto desfila para nós. Queremos quebrar a ideia de que a moda é para ser vista naquele formato, naquele tipo de rapariga.

Mas e depois de receberem o prémio?
M Por um lado sim, mas por outro havia tanta vontade de fazer tanta coisa que só começámos a fazer. Nunca há muito tempo para debater as pressões.

Nunca temeram que o crescimento iminente da marca desvirtuasse o vosso trabalho e comprometesse a linha criativa que já tinham?
M
Estamos sempre conscientes desse balanço. Quanto mais a marca cresce, mais nós temos de fazer o esforço para não perder a identidade e a maneira como trabalhamos. Mas somos nós só a gerir a marca.
P O prémio foi atribuído por aquilo em que acreditamos e que achamos ser genuíno, por isso nunca houve pressão para fazer nada completamente diferente. Foi exatamente o contrário: ‘continuem a fazer o que fizeram porque foi isso que vos deu o prémio’.

Falaram no aumento da equipa. O que é que mudou mais?
M A diversidade de peças aumentou, começámos a fazer mais sapatos, mais acessórios, a trabalhar com mais tecidos diferentes, desfiles ficaram maiores, a exposição da marca e o branding cresceu imenso. Na equipa, havia necessidades em todo o lado: na parte financeira, na parte de desenvolvimento, de vendas, de comunicação. Estávamos understaffed no geral.
P Se for preciso, numa altura estávamos a vender 5000 unidades e é óbvio que para enviá-las para os vários clientes é preciso uma certa quantidade de pessoas e uma logística. De repente, já se está a vender 10 000 unidades e é o dobro e já é preciso uma estrutura completamente diferente. Enquanto designers e donos de uma empresa, não nos sentamos a uma secretária só a desenhar, estamos sempre a pensar como é que resolvemos todos esses problemas.

A produção em Portugal é para manter?
M Sem dúvida alguma. Aliás, criámos agora uma empresa em Portugal e temos uma equipa sediada cá a fazer controlo de produção e de qualidade. O objetivo é que esse lado da empresa cresca cá.

E lá fora, quais as impressões em relação ao made in Portugal, neste momento?
M São ótimas. É um know-how e um expertise incomparável à Ásia, por exemplo, e com  uma mão de obra ainda relativamente acessível. E há pessoas mais novas à frente das empresas que estão a querer fazer coisas mais especializadas, menos mass market. Há cada vez mais empresas estrangeiras a virem parar a Portugal por causa disso, o potencial é enorme.

Na própria comunicação, vocês conseguiram posicionar-se de uma forma alternativa em relação ao que estava a ser feito.
M Sim, foi sempre muito instintivo comunicar através das raparigas de Londres que estavam a crescer connosco, fãs da marca e de áreas criativas. Elas compravam, usavam, mostravam a marca, foi sempre muito orgânico.
P Como nunca tivemos um crescimento demasiado repentino, houve algum tempo para fazer as coisas de uma forma mais sustentável e mais genuína.

Para manterem aquela aura de marca independente?
M Completamente. É isso que somos. Neste momento, todos os nossos desfiles são com MA girls, não temos modelos de agências.
P Somos capazes de ter duas ou três modelos de agências, mas que vêm porque são nossas amigas. São raparigas de vários sítios — inglesas, portuguesas –, amigas de amigos, umas fizeram um trabalho connosco, outras conhecemos através de um Instagram casting. Por um lado, elas expõem o nosso trabalho da melhor maneira, com a atitude mais pessoal e mais autêntica possível, por outro, inspiram-nos com a forma como vivem, como se vestem, como encaram a moda.

Detalhes da coleção primavera-verão 2018 © Divulgação

E o que é que têm todas em comum?
P Aos nossos olhos, são raparigas inspiradoras, basicamente.
M Temos uma expressão em inglês que ainda não conseguimos traduzir. Elas são ‘quitely defiant‘. Há um lado desafiador mas sem ser demasiado loud. Têm vontade de desafiar o sistema e de fazer as coisas à sua maneira, mas de uma forma bastante autêntica e pessoal. Acho que é isso que todas as MA girls têm em comum.

São normais, no bom sentido.
M Completamente. Nós conhecemos as mães delas, sabemos onde estudam, o que é que fazem. A Sofia Leitão, que abriu o nosso primeiro desfile, é nossa amiga há anos. Já sabemos que a temos de pôr com este e com aquele look porque é muito ela.
P No início, tínhamos a obsessão dos anos 90, do realismo e das modelos que pareciam raparigas muito normais. Hoje, essa obsessão é pela rapariga real, em vez da supermodelo completamente formatada em termos de medidas, cor… Muitas vezes, quando mostramos as raparigas que usamos em desfile, as pessoas dizem que são lindas. Elas parecem modelos na mesma, mas têm medidas diferentes, são raparigas normais. O mais gratificante é pegar numa rapariga que não seria considerada um tamanho de modelo e vê-la sentir-se poderosa enquanto desfila para nós. Queremos quebrar a ideia de que a moda é para ser vista naquele formato, naquele tipo de rapariga.

Hoje já não descreveriam a marca com esse realismo dos anos 90?

P Acho que se tornou no nosso ADN.
M Não necessariamente a estética, mas os ideais dos anos 90 continuam a ser aquilo que nos forma. Uma coisa muito mais crua, muito mais realista, muito mais de pessoas a colaborar e a quererem fazer projetos por paixão. Muito menos como foram os anos 80, extremamente fabricados, sofisticados e alterados.
P Tudo era trabalhado nos anos 80, o cabelo, a maquilhagem, a roupa. Tudo era exagerado e um produto completamente feito. Enquanto nos anos 90, uma pessoa podia ver um editorial com um casaco de alta-costura Galliano, uns jeans Levi’s do stylist e com a rapariga sem maquilhagem, na praia, a enrolar-se na areia. Às vezes, é o que nós fazemos. Um intervalo de preços que pode começar nos 100€ ou nos 200€ e ir até aos 1500€ ou aos 2000€ e isso não quer dizer que não se possa misturar tudo nem que as peças sejam para proteger dentro de um porta-fatos.
M É para usar e ir ao supermercado, mesmo que seja um casaco de pele de 1500€. É assim que nós queremos.

Em que fase é que a marca está?
M  Estamos a aperfeiçoar a estrutura que já temos e a focar muito o investimento na venda direta ao cliente, quer com a loja online, quer com pop ups, possivelmente até com uma loja física daqui a cinco anos.

Porque é que ainda não deram esse passo?
M É um investimento enorme. Nós somos independentes, sempre fomos. Começámos com muito pouco investimento e todo o dinheiro que fazemos é posto de volta no negócio. Por outro lado, acho que queremos entender qual é a linguagem da marca, entender que experiência queremos dar às pessoas, por isso é que andamos a fazer pop ups, é o test drive para perceber qual seria a nossa representação numa loja física.

Neste momento, onde estão as clientes Marques’Almeida?
M
Temos mais de 150 pontos de venda no mundo todo, muito focados na Europa, no Reino Unido e cada vez mais nos Estados Unidos. E há sempre uma base de clientes na Ásia, sobretudo em Hong Kong e no Japão.

Pensam em voltar a viver em Portugal?
M
Temos o nosso know-how e a nossa produção toda aqui em Portugal.
P  Afinal, nós somos portugueses, a família para nós é muito importante. De três em três meses passamos um mês seguido em Portugal. Mas sim, precisamos de manter ligações com a nossa indústria.

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