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ANA MOREIRA/OBSERVADOR

ANA MOREIRA/OBSERVADOR

Na Bielorrússia, um cântico faz subir de tom a guerra entre Lukashenko e a Igreja Católica

Uma oração composta na década de 1940 transformou-se num símbolo de protesto na Bielorrússia — mas continua a ser cantada nas igrejas. Lukashenko quer proibi-la e a tensão com a Igreja aprofunda-se.

A missa daquele domingo, 4 de julho, tinha acabado poucos minutos antes na Catedral de Santa Virgem Maria, o maior templo católico de Minsk, quando a polícia entrou. Os agentes cumpriam ordens e queriam falar com o clero da catedral para pedir explicações sobre o que havia acontecido durante a celebração — mas não abriram o jogo sobre qual a lei que estaria a ser violada.

“Não sabemos bem o que é que a polícia queria”, disse alguns dias depois o padre Yuri Sanko, porta-voz da Conferência Episcopal Bielorrusa, ao Catholic News Service, desvalorizando o incidente. “Embora tenham falado com o clero da catedral, ninguém foi detido, nada foi confiscado e não tivemos notícia de casos semelhantes.

Na Bielorrússia, a confissão religiosa dominante é o Cristianismo Ortodoxo, representado maioritariamente pela Igreja Ortodoxa Russa, liderada a partir de Moscovo pelo patriarca Cirilo I. Embora, na prática, a constituição do país preveja a liberdade religiosa como regra e não atribua quaisquer privilégios de estado a uma confissão religiosa em específico, na prática não é isso que acontece: a Igreja Ortodoxa Russa (a que pertencem 82% dos bielorrussos que se dizem crentes) é a principal beneficiada do regime — refletindo no plano religioso a parceria entre Alexander Lukashenko e Vladimir Putin —, enquanto as outras confissões religiosas têm a sua atividade fortemente condicionada.

Minsk, Belarus, in pictures

O incidente ocorreu na catedral de Santa Virgem Maria, em Minsk

Viktor Drachev/TASS

A Igreja Católica Romana, que tem 500 paróquias organizadas em quatro dioceses no território bielorrusso, alega ser a religião de cerca de 15% da população do país — ainda que os números oficiais apontem para cerca de metade disso —, mas queixa-se de viver sob repressão do regime de Lukashenko. Em dezembro, quatro padres católicos foram detidos por terem participado nos protestos anti-regime e incitado à rebelião, o que levou a hierarquia eclesiástica bielorrussa a denunciar que o governo de Lukashenko quer proibir da Igreja de “dizer a verdade”.

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A tensão política e social na Bielorrússia, considerada a última ditadura da Europa, agudizou-se especialmente no verão de 2020, quando Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, foi reeleito Presidente do país com mais de 80% dos votos, um resultado que tanto a oposição interna como observadores internacionais (incluindo a União Europeia) contestam. Durante os últimos meses, milhares de bielorrussos saíram às ruas para contestar o regime e foram recebidos com uma forte repressão policial. As autoridades detiveram centenas de opositores e as imagens da violência correram o globo. Mais recentemente, o regime de Lukashenko gerou controvérsia a nível internacional por ter desviado um avião da Ryanair para Minsk com o objetivo de deter o opositor Roman Protasevich. Na sequência do incidente, a União Europeia e os EUA apertaram as sanções contra o regime.

Cinco perguntas e respostas para entender o que se passa na Bielorrússia — e a razão do nervosismo de Lukashenko

Lukashenko tem vindo a perpetuar-se no poder praticamente desde que o país se tornou independente, após o colapso da União Soviética em 1991, e voltou a implementar na Bielorrússia várias políticas do período soviético, virando as costas à Europa e voltando-se para Moscovo. A Igreja Católica conseguiu reerguer-se no país na ressaca do ateísmo soviético, mas a verdadeira liberdade religiosa continua longe — e os últimos meses só vieram aprofundar a tensão entre os bispos católicos e o regime de Lukashenko.

Voltemos ao início de julho. Três dias depois do raide policial na catedral, o bispo-auxiliar de Minsk, Yury Kasabutski, recorreu ao Facebook para dar mais pormenores sobre o que tinha acontecido. Segundo o bispo, citado pela imprensa internacional, os agentes reconheceram que nem eles entendiam exatamente o problema, mas apontaram sem margem para dúvidas o delito que havia sido cometido: na celebração, fora interpretado o cântico “Magutny Bozha” (que significa “Deus todo-poderoso” em russo) e, por isso, “alguma norma da lei tinha sido violada”.

A história de um cântico

O horror do regime de Lukashenko àquele cântico não era novidade. Aliás, no sábado imediatamente anterior à intervenção policial na catedral, o próprio Lukashenko tinha falado abertamente sobre o tema, num discurso comemorativo da tomada de Minsk às forças nazis pelo Exército Vermelho a 3 de julho de 1944, em que não hesitou em associar a Igreja Católica aos nazis.

“A dor dos crimes cometidos durante a Grande Guerra Patriótica ainda está nos nossos corações, e ainda assim há quem queira voltar atrás na história, reabilitar os seus avós e completar o que começaram ao destruir um estado soberano”, afirmou Lukashenko. “Deslocaram-se para os lugares sagrados do nosso estado sob a bandeira de mercenários fascistas, enquanto os nossos meios de comunicação relatam que eles agora querem rezar nas igrejas ao ‘Deus todo-poderoso’.

A referência a “Deus todo-poderoso” não foi inocente. Lukashenko referia-se precisamente ao cântico “Magutny Bozha”, que nas últimas décadas se transformou num símbolo da resistência bielorrussa.

"Todas as orações têm um poder incrível e são capazes de operar grandes milagres. Se uma determinada oração tem um grande poder, então o diabo vai lutar com toda a força para evitar que as pessoas a usem."
Yury Kasabutski, bispo-auxiliar de Minsk

É preciso recuar até à década de 1940 para encontrar as origens do hino. O poema, originalmente intitulado “Oração”, foi escrito em 1942 pela poetisa bielorrusa Natallia Arsiennieva, nascida em 1903 em Baku, à época ainda no Império Russo. Arsiennieva escreveu o poema em Minsk, na altura sob ocupação da Alemanha nazi, provavelmente para ser usado em celebrações da Igreja Ortodoxa. Embora de pendor claramente religioso (como mostra a abertura: “Deus todo-poderoso, senhor dos universos / Dos grandes sóis e dos pequenos corações”), o poema é também evidentemente patriótico: “Espalha os raios das tuas bênçãos / Sobre a calma e amigável Bielorrússia.” Além disso, as três quadras que compõem o pequeno poema representam um elogio da herança cultural própria da Bielorrússia, terminando com um apelo direto: “Torna o nosso país e a nossa nação / Livre e feliz.”

O poema foi publicado pela primeira vez em 1943 num jornal em língua bielorrussa, mas controlado pelos ocupantes nazis.

No ano seguinte, o Exército Vermelho capturou Minsk e levou o regime soviético de volta à Bielorrússia. Nessa altura, segundo explica o maestro bielorrusso Vitali Alekseenok, um conhecido ativista anti-regime, num vídeo publicado no YouTube em que recupera a longa história do cântico, o regresso da ideologia soviética não significou apenas a saída dos nazis — mas também uma nova repressão da cultura e das tradições bielorrussas. Nessa ocasião, vários intelectuais optaram por sair do país, incluindo a própria Natallia Arsiennieva, que se mudou para Alemanha. Foi lá que Arsiennieva poderá ter cruzado caminhos com o compositor Mikola Ravienski, que trabalhara como regente coral em igrejas e estudara em Moscovo, mas que acabou por abandonar a Bielorrússia depois de o seu irmão ter sido assassinado nas purgas estalinistas.

Ravienski havia sido o compositor de um hino patriótico para a Igreja Ortodoxa com base numa versão adaptada de “Oração”, de Natallia Arsiennieva, mas quando tomou conhecimento do poema original acrescentou-lhe o texto. Em 1947, o cântico completo — com música e letra — foi apresentado pela primeira vez e, desde essa altura, a peça tornou-se num reflexo da comunhão entre confissões religiosas na Bielorrússia e num símbolo de união entre bielorrussos. Em 1993, depois da queda da União Soviética e antes da primeira eleição de Lukashenko, chegou mesmo a ser feita uma proposta no parlamento para que “Magutny Bozha” fosse o hino do recém-independente país.

Nos últimos anos, o cântico religioso adquiriu significados políticos e tornou-se num dos principais símbolos da resistência anti-Lukashenko. O recurso ao hino foi particularmente visível nos protestos que se seguiram às eleições de agosto de 2020 — e vários vídeos divulgados nas redes sociais mostram o cântico a ser entoado por manifestantes.

Ainda assim, o cântico nunca perdeu o seu sentido original, de um clamor religioso pela paz na pátria bielorrussa. Na mensagem que deixou no Facebook depois do raide policial, o bispo Yury Kasabutski lembrou que o cântico é “em primeiro lugar uma oração pela nação e pelo povo”, mas que “também se tornou uma oração usada durante o culto por católicos, ortodoxos e protestantes, bem como tem sido cantada por pessoas que não se identificam com nenhuma religião”.

No mesmo texto, o bispo aparenta lançar uma comparação entre Lukashenko e o diabo: “Todas as orações têm um poder incrível e são capazes de operar grandes milagres. Se uma determinada oração tem um grande poder, então o diabo vai lutar com toda a força para evitar que as pessoas a usem.

Já o porta-voz dos bispos bielorrussos, o padre Yuri Sanko, garantiu que a oração não é proibida e vai continuar a ser entoada pelos católicos: “O Presidente pode dizer aquilo de que gosta, isso não é uma preocupação nossa. Este hino tem sido cantado aberta e devotamente ao longo das décadas e as pessoas podem ter opiniões sobre ele. Mas também tem sido cantado em ocasiões relacionadas com o estado e nenhum governo anterior teve qualquer problema com ele.”

Regime afastou arcebispo de topo

Se no caso da catedral de Minsk a primeira abordagem foi apenas intimidatória, numa igreja cristã de rito bizantino na cidade de Brest terá mesmo havido detenções, de acordo com as declarações de um responsável da confissão religiosa ao Catholic News Service. Ihar Baranouski disse à agência católica que o diretor do coro de uma igreja bizantina naquela cidade ocidental foi detido, juntamente com 20 outras pessoas, depois de o coro ter cantado o cântico numa celebração: “Graças a Deus, não foram até agora relatadas outras ações semelhantes por parte das forças de segurança. Mas talvez as autoridades tenham decidido testar a reação dos católicos na principal igreja da capital desta forma.”

A ameaça contra o cântico “Magutny Bozha” foi, porém, apenas o episódio mais recente numa tensão crescente entre o regime de Lukashenko e a Igreja Católica.

Pope Francis celebrates the Holy Mass with the Synodal Fathers

Tadeusz Kondrusiewicz era a principal figura da hierarquia católica bielorrussa até janeiro de 2021

Mondadori Portfolio via Getty im

Em agosto do ano passado, no pico dos protestos contra a reeleição duvidosa de Lukashenko, a polícia bielorrussa bloqueou o acesso à igreja de São Simão e Santa Helena, em Minsk, para impedir que os manifestantes se refugiassem no seu interior e, assim, escapar à detenção. Na altura, o bispo-auxiliar Yury Kasabutski classificou a ação da polícia como “inadmissível e ilegal” e acusou o regime de violar a constituição. “Esta igreja é um santuário de Deus que está aberto a toda a gente”, disse. “Bloquear a entrada e a saída de pessoas contradiz o direito dos cidadãos à liberdade de consciência e de religião garantida pela Constituição da República da Bielorrússia. Além disso, insulta os sentimentos dos crentes e vai além das leis humanas e dividas.”

Naquela semana, circulou pelas igrejas do país um comunicado em que os bispos bielorrussos condenaram “todos os atos de violência cometidos por um irmão contra o outro” e apelaram ao “fim da agressão desnecessária e ao diálogo para a humanidade e a sociedade”.

No dia em que os acessos àquela igreja da capital foram cortados, o arcebispo de Minsk, Tadeusz Kondrusiewicz, que é o principal líder eclesiástico da Bielorrússia, estava fora do país. Ainda assim, Kondrusiewicz também reagiu ao incidente, emitindo um comunicado em que subscrevia o posicionamento do bispo-auxiliar e recordando que as forças de segurança servem para proteger os cidadãos, não para os perturbar. Mais tarde, já em Minsk, o arcebispo emitiu um duro comunicado, lamentando a “crise sócio-política” que o país atravessava e que se aprofundava a cada dia — e avisou que “a ameaça de uma guerra civil se está a tornar real”. No texto, Kondrusiewicz criticou ferozmente as leis da Bielorrússia: “A atual legislação sobre as organizações religiosas e a liberdade de religião tem vindo, há muito, a ser inconsistente com os padrões do mundo.”

As palavras do bispo mais importante da Bielorrússia fizeram estalar definitivamente o verniz na relação com o regime.

No dia seguinte, o governo de Minsk deu ordens às forças de segurança para que o arcebispo Tadeusz Kondrusiewicz não fosse autorizado a reentrar na Bielorrússia depois de uma curta visita à Polónia. Kondrusiewicz foi barrado num posto fronteiriço em Kuznica, onde lhe foi dito que não tinha autorização para entrar no território bielorrusso. O arcebispo insurgiu-se publicamente contra a medida, que classificou como “completamente incompreensível” e como uma violação da lei da cidadania, mas resignou-se. Durante vários meses, geriu a arquidiocese de Minsk a partir do exílio na Polónia, enquanto a diplomacia do Vaticano negociava com a Bielorrússia o seu repatriamento.

"A atual legislação sobre as organizações religiosas e a liberdade de religião tem vindo, há muito, a ser inconsistente com os padrões do mundo."
Tadeusz Kondrusiewicz, ex-arcebispo de Minsk

O bispo-auxiliar Kasabutsky viu-se novamente obrigado a assumir a gestão quotidiana da arquidiocese, mas também deixou claro o seu desagrado face à decisão do governo. “[Kondrusiewicz] não fez qualquer declaração política. Apenas apelou à honestidade, à responsabilidade e ao fim da violência em benefício do diálogo”, afirmou Kasabutsky. “É óbvio que estão a tentar pressionar a Igreja, o que, na verdade, significa que a Igreja está a ser perseguida. Embora ninguém o diga abertamente, nem o dissesse quando a perseguição era grave durante a era soviética, os factos mostram que a situação é agora semelhante.

O caso do arcebispo Kondrusiewicz agitou as águas da política internacional — e até o então secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo, veio exigir ao regime de Lukashenko que deixasse o arcebispo reentrar no país. “As autoridades bielorrussas atingiram um novo e ultrajante mínimo ao cancelarem o seu passaporte com base em alegações de cidadania infundadas”, escreveu Mike Pompeo: “Deixem este pacifista bielorrusso voltar para casa.”

Kondrusiewicz só regressou a Minsk no Natal de 2020, ao fim de quatro meses exilado. A julgar pelo comunicado da embaixada do Vaticano que anunciou o regresso, foi necessária a intervenção do próprio Papa Francisco, embora não tenham ficado, de início, claros quais foram os assuntos em cima da mesa nas negociações diplomáticas. “A nunciatura apostólica expressa a sua gratidão às autoridades estatais da Bielorrússia por responderem positivamente ao pedido do Papa Francisco para que o arcebispo Tadeusz Kondrusiewicz regressasse e celebrasse o Natal do Senhor com os fiéis de quem é pastor.

O arcebispo voltou no dia 24 de dezembro de 2020 e, no mesmo dia, presidiu às celebrações de Natal na catedral de Minsk.

Porém, o caso daria uma volta de 180 graus apenas uma semana depois do regresso. No dia 3 de janeiro de 2021, o Vaticano anunciou, num curtíssimo comunicado enterrado no meio dos anúncios quotidianos do expediente eclesiástico, que Tadeusz Kondrusiewicz abandonaria o cargo de arcebispo de Minsk. Em rigor, o comunicado dizia que Francisco havia aceitado o pedido de resignação apresentado por Kondrusiewicz por ter chegado à idade canónica da reforma, os 75 anos.

Porém, o caso é mais complexo.

Na verdade, a idade canónica da reforma é apenas um pró-forma que raramente é respeitado. Todos os bispos são obrigados a submeter um pedido de renúncia ao Vaticano quando chegam aos 75 anos de idade, mas cabe ao Papa aceitar ou recusar. Na esmagadora maioria dos casos, o Vaticano pede ao bispo que continue nas funções — só em casos excecionais, habitualmente motivados por questões de saúde, é que a idade da reforma é respeitada. Além disso, um outro fator causou estranheza: para administrar temporariamente a diocese enquanto não era escolhido um novo bispo, o Papa Francisco nomeou o bispo de Pinsk, Kazimierz Wielikosielec, ele próprio com 75 anos de idade.

March of Unity in Minsk, Belarus

Fiéis bielorrussos com fotografias do arcebispo Tadeusz Kondrusiewicz exigindo o seu regresso ao país

Natalia Fedosenko/TASS

Para os católicos bielorrussos, a renúncia inesperada foi interpretada como uma vitória negocial do regime de Lukashenko, que teria permitido o regresso do bispo crítico de Minsk desde que ele abandonasse as funções.

“As pessoas estão chocadas e preocupadas. Dificilmente este seria o momento para uma mudança desta dimensão e toda a gente assumiu que o período dele no cargo seria alargado”, disse ao National Catholic Reporter a teóloga católica bielorrussa Kaciaryna Laurynenka. “[O arcebispo] claramente esperava retomar as suas funções, por isso vai ficar desiludido e arrasado. As pessoas estão, naturalmente, a pensar nos jogos negociais que foram feitos como condição para a saída dele.

“O governo vai reclamar uma vitória por forçar esta mudança de alto nível. Há suspeitas óbvias de que a Igreja cedeu à pressão”, acrescentou.

Tadeusz Kondrusiewicz estudou para o sacerdócio na Lituânia e foi ordenado bispo em 1989 pelo Papa João Paulo II, tornando-se no primeiro bispo da Bielorrússia pós-comunista. Agora, e embora a diplomacia do Vaticano se esquive aos comentários e garanta que a saída de Kondrusiewicz foi normal, o arcebispo é menos um espinho num regime que volta a apertar o cerco à Igreja.

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