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O Brexit não assusta os estudantes portugueses, mas as universidades estão preocupadas

Todos os anos, dezenas de estudantes portugueses mudam-se para o Reino Unido. Agora, o Brexit ameaça os programas de financiamento. As universidades estão preocupadas, mas os alunos não.

Reportagem em Coventry, Reino Unido

“Honestamente, ‘tou bué aterrorizado. Ele também deve estar, de certeza. É normal, vamos viver sozinhos.” Tiago Costa, 22 anos, já não se lembrava da última vez que esteve no aeroporto de Lisboa: foi quando viajou até França com a família, há anos. Miguel Neves, 18, está aqui pela primeira vez. Os dois estão prestes a embarcar num voo com destino ao aeroporto de Heathrow, em Londres, onde vão apanhar um autocarro que os levará até à cidade britânica de Coventry. É lá, na universidade, que vão passar os próximos anos: Tiago vai estudar marketing, Miguel produção musical. Antes, enquanto esperam pela indicação da porta de embarque em que vão apanhar o avião, conversam sobre o que aí vem.

Quase tudo os preocupa. Viver sozinhos, procurar trabalho e pagar as contas, falar inglês todo o dia, a distância da família. Tudo menos o caos político que o país onde vão viver atravessa com a perspetiva do Brexit. “Mesmo que aconteça o Brexit, eles garantem que neste ano e no próximo o financiamento está assegurado para todos os anos do curso”, diz Miguel, referindo-se ao apoio do governo britânico aos estudantes europeus. “Se o Brexit fosse tão mau como andavam a dizer, havia mais pessoas a queixarem-se”, acrescenta Tiago. Os dois fazem parte de uma geração de jovens europeus que viu o Brexit ameaçar estragar-lhes os planos e os sonhos antes de se tornar uma ameaça que, por não se concretizar, deixou de o ser.

“Não podemos estar sempre a viver à espera que aconteça ou que não aconteça. Temos é de fazer a nossa parte. Acho que já são muitas suposições. Isto já foi para a frente, já foi para trás. Mas não temos grande voto na matéria, não podemos votar. Só temos de nos adaptar às condições no futuro”, resume Carolina Toscano, 18 anos, já em Coventry. Carolina conhece bem as ruas daquela pequena cidade académica nas Midlands britânicas. Chegou há um ano, em busca de um curso de gestão que lhe abrisse as portas ao mundo das empresas internacionais, “portas que em Portugal eram impossíveis de abrir”. Não tenciona voltar a Portugal para trabalhar.

Carolina Toscano, 18 anos, é estudante de gestão há um ano na Universidade de Coventry (Fotografia: António Medeiros)

António Medeiros

Carolina, Tiago e Miguel são três das dezenas de jovens portugueses que todos os anos trocam o sul da Europa pelas universidades do Reino Unido. De acordo com a UNESCO, o Reino Unido é o principal país de destino dos estudantes portugueses — dos 14.039 alunos nacionais que estudam fora do país, 3.681 estão no Reino Unido.

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A maioria fá-lo ao abrigo do Student Finance, um programa de financiamento do governo britânico que permite aos estudantes da União Europeia beneficiar de um empréstimo correspondente às propinas de 9.250 libras anuais. Para ser elegível para este programa, basta: ser cidadão da UE, ter menos de 60 anos de idade e não ter o grau de habilitações para o qual se vai estudar. O financiamento funciona em modo de empréstimo, que deverá ser pago em trinta anos, mas com uma condição: os estudantes só começam a pagar o empréstimo quando tiverem um emprego na área que estudarem e receberem um salário igual ou superior a 25 mil libras por ano. O que não for pago em trinta anos é absorvido pelo estado britânico.

Com o pagamento das propinas assegurado, os estudantes portugueses no Reino Unido preocupam-se, essencialmente, em arranjar trabalhos em part-time para pagar as despesas do dia-a-dia e os alojamentos. Mas é precisamente a garantia do Student Finance que está ameaçada pelo Brexit. Se o Reino Unido sair da União Europeia sem um acordo, os programas direcionados a cidadãos do espaço europeu podem acabar da noite para o dia. Para já, o governo britânico tem assegurado que cada programa de financiamento fica assegurado até ao final do curso. Por isso, os estudantes que se inscreveram este ano e os que se inscreverem no próximo ano letivo ainda poderão beneficiar do financiamento.

"Acho que já são muitas suposições. Isto já foi para a frente, já foi para trás. Mas não temos grande voto na matéria, não podemos votar. Só temos de nos adaptar às condições no futuro"
Carolina Toscano, estudante de gestão na Universidade de Coventry

Depois, só o tempo o dirá. A garantia dada até agora tranquiliza os muitos estudantes que escolhem o Reino Unido. Só a Universidade de Coventry recebe perto de duas centenas de portugueses por ano. Atrai-os o método de ensino mais prático e a proximidade ao mercado de trabalho, especialmente a grandes empresas internacionais. E, como conta Inês Alves, 17 anos, a bordo do avião da TAP que levou um grupo de sessenta alunos para Coventry no início de setembro, “a forma como eles ensinam não vai acabar com o Brexit”.

Grande parte dos estudantes portugueses que vão para o Reino Unido fá-lo através de organizações como a Information Planet ou a OK Estudante. A primeira — fundada por Miguel Covas, um português que viveu e trabalhou na Austrália e que teve a ideia de criar uma organização que ajudasse outros a superar as dificuldades que sentiu durante a sua viagem — organizou este ano pela primeira vez o “IP flight”, uma viagem para acompanhar os estudantes desde Lisboa até à universidade de destino e para os apoiar nos primeiros dias, para a qual convidou alguns meios de comunicação social portugueses, entre os quais o Observador.

Estudar e trabalhar. “Só quero é sustentar-me”

A bordo do avião, Inês Alves e Bárbara Pinto vão falando sobre o caminho que as trouxe até ali. Se Bárbara teve, desde o início, o apoio e o incentivo dos pais, Inês precisou de os convencer a deixá-la seguir o sonho de infância. “Desde pequena, sempre quis ir para fora. Comecei a informar-me sobre as vantagens de ir para o Reino Unido e adorei, fiquei super curiosa e interessada”, conta. Entrou em gestão, curso que sempre quis tirar, mas não da forma como é lecionado em Portugal. “Fui lá visitar em agosto e adorei. Visitei o edifício onde vou ter aulas. Tem salas de simulação de negócio cheias de câmaras e de microfones, os professores estão noutra sala a ver o que nós dizemos, a dar dicas e a filmar tudo”, descreve.

O grupo de estudantes portugueses que viajou de Lisboa para o Reino Unido no início de setembro (Fotografia: António Medeiros)

António Medeiros

No lugar ao lado, Bárbara Pinto, natural de Cascais, tem expectativas semelhantes. Vai estudar comunicação social — depois de ter experimentado um semestre numa universidade portuguesa — e já sabe como funcionam os estúdios onde vai ter aulas, que vai poder usar “máquinas fotográficas, câmaras de vídeo e todo o tipo de tecnologias”. Antecipando as dificuldades com a língua inglesa, assume que vai ganhar maturidade. Mesmo que ainda não lhe tenha caído a ficha: “Ainda acho que vou de férias. Só daqui a um mesinho é que me vou aperceber de que vou mesmo viver sozinha, de que isto está mesmo a acontecer”.

Antes da descolagem, no aeroporto de Lisboa, Tiago Costa confessava que estava finalmente a viver um sonho. Sempre quis ir estudar para fora de Portugal, mas os custos foram-no obrigando a adiar a decisão. “Tenho 22 anos, estive a trabalhar este último ano e meio só para guardar dinheiro para isto. Eu já era independentemente o suficiente. Já trabalhava, já pagava as minhas cenas. Mas viver sozinho é completamente diferente”, diz. Conseguiu o student finance e poupou o suficiente para viver nos primeiros tempos. Mas leva currículos na mochila. “Vou ao centro comercial e vou entregar a todos. Trabalhei na Phone House durante nove meses, alguém vai aceitar-me. Só quero é sustentar-me.

Os horários flexíveis do curso no Reino Unido (16 horas de aulas por semana) permitem conciliar a vida académica com o trabalho. “Vou estar a trabalhar em part-time e vou ter tempo de sobra para mim”, defende. Novamente, vantagens da pertença do Reino Unido à UE. Sendo cidadãos europeus, os estudantes portugueses podem trabalhar um número ilimitado de horas nos outros Estados-membros. Depois de um eventual Brexit sem acordo, isso poderá mudar — e mesmo que o financiamento das propinas se mantenha, muitos estudantes portugueses poderão ficar sem acesso ao mercado de trabalho britânico.

Os portugueses que já estudam no Reino Unido sabem bem que estudar e trabalhar é a opção óbvia. À exceção de alguns estudantes cujas famílias têm capacidade para pagar todas as despesas inerentes a uma vida em Inglaterra, a maioria dos portugueses concilia o curso superior com um emprego na restauração ou em lojas. Beatriz Cruz, 23 anos, é uma veterana nestas andanças. Chegou ao Reino Unido em 2015, para estudar ciências forenses em Luton. Vai agora para um mestrado em Glasgow, mas está em Coventry para acolher a irmã Carolina, de 20 anos, acabada de chegar no mesmo voo que Tiago, Miguel, Inês e Bárbara, para começar o curso de gestão desportiva.

Trabalhei em lojas e, inicialmente, na restauração, porque o nível de inglês também não permitia muito mais”, conta-nos. Ao seu lado, os pais, Helga e Rui, que acompanharam a vinda de Carolina, lembram a experiência de mandar a primeira filha estudar fora do país. “Sempre tivemos esta ambição de, se um dia tivéssemos oportunidade, os nossos filhos terem algum tipo de dinâmica diferente daquilo que nós pudéssemos ter tido. Estudei na universidade em Portugal e sempre me revi neste projeto de estudar ou trabalhar fora de Portugal”, conta Helga, para logo desfazer o mito: “Não é mais caro mandarmos um filho estudar para Inglaterra do que alguém que está longe do centro de Lisboa e tem de mandar o filho para Lisboa”.

“Não é mais caro mandarmos um filho estudar para Inglaterra do que alguém que está longe do centro de Lisboa e tem de mandar o filho para Lisboa”
Helga Cruz, mãe de Beatriz e Carolina

Feitas as contas, com as propinas garantidas pelo estado britânico, os alojamentos a custarem a partir das 300 libras por mês e os preços dos produtos nos supermercados a preços semelhantes ou pouco superiores aos portugueses, é legítimo pensar que o custo é comparável. No primeiro ano que passou no Reino Unido, Beatriz Cruz não conseguiu auto-sustentar-se. Ficou na residência universitária, mais cara do que os apartamentos normais, e o salário do part-time não chegou. “Mas a partir do segundo ano, a Beatriz auto-sustentou-se o resto dos quatro anos. Estava cá em Inglaterra, pagava o quarto dela, as refeições dela, a roupa dela, as saídas dela. Era auto-suficiente”, assegura a mãe.

De um modo genérico, garante Beatriz, um trabalho a tempo parcial no Reino Unido “permite pagar as despesas básicas e ainda sobra”. Também ela parece imune ao fenómeno Brexit. Já estava no Reino Unido por altura do referendo de 2016, mas não deu importância. “Obviamente que nós, estudantes, estávamos preocupados. Se íamos ter ou não de pagar um visto, se ia haver diferenças de como éramos vistos depois do Brexit. Mas acho que não se sentiu, até porque já era para ser e não foi. Já se perdeu um bocadinho da importância, daquele ‘wow, o Brexit vem aí’. Nós não demos nenhuma importância. Nunca chegámos a sentir preocupação, não houve uma palestra, não houve notícias na universidade, não houve nada disso. Os nossos professores também não falaram sobre isso.”

Universidade preocupada com impacto do Brexit

O dia foi longo: o encontro às 9h30 no aeroporto de Lisboa (“organizar um grupo deste tamanho não é fácil”, confessam os responsáveis da Information Planet, que vão tentando evitar que 60 jovens nervosos se percam no aeroporto); o voo de quase três horas, que aterrou já às 15h; a espera das grandes e numerosas malas que mostram bem que isto não são só umas férias; e, finalmente, a viagem de duas horas de autocarro. Só depois das 20h é que os novos estudantes internacionais estão em Coventry.

A cidade, 150 quilómetros a noroeste de Londres e a 30 de Birmingham, adormece cedo. Àquela hora já é difícil encontrar vida nas ruas. Do autocarro, uns seguem para as residências universitárias onde vão viver nos próximos anos, outros para os apartamentos que arrendaram, outros ainda para os alojamentos temporários que marcaram, enquanto não seguem para o poiso definitivo. No dia seguinte, a maioria do grupo vai conhecer, pela primeira vez, as instalações da universidade onde vai estudar.

A visita guiada, conduzida pelo responsável da universidade para o recrutamento de estudantes europeus, Adam O’Flynn, é apenas um aperitivo do que serão os próximos três ou quatro anos para grande parte daqueles jovens portugueses. A primeira paragem é o “The Hub”, o enorme edifício da associação de estudantes, com restaurantes, salas de estudo e uma série de serviços. A escolha do roteiro faz parte da operação de charme da faculdade: o “The Hub” é um dos complexos mais impressionantes e modernos da universidade. “Não há nada disto em Portugal”, ouve-se entre os alunos atónitos.

Tiago Costa, 22 anos, aluno de marketing, em frente à biblioteca da Universidade de Coventry (Fotografia: António Medeiros)

António Medeiros

O grupo passa pelo departamento multimédia, onde visita os estúdios de televisão da universidade (alguns dos que vão estudar jornalismo vão ter ali aulas); pela faculdade de ciências da saúde, um edifício que custou dezenas de milhões de libras, que está preparado para servir de hospital em situações de emergência e onde são recriadas todo o tipo de cenas de crimes para serem investigados pelos alunos de ciências forenses; pela business school, onde em vez de salas de aulas há um enorme trading floor ligado às bolsas internacionais com um atraso de 10 minutos para os alunos de economia aprenderem a negociar em ambiente real; e, finalmente, pela faculdade de engenharia, onde os estudantes de engenharia aeroespacial dispõem de um avião a jato, vários simuladores de voo e túneis de vento. “É isto que dizia, o ensino é muito prático”, comentam os futuros alunos.

Somos um dos maiores recrutadores de alunos internacionais entre as universidades do Reino Unido”, orgulha-se Adam O’Flynn, destacando que há “muitos, muitos alunos que escolhem vir estudar” para Coventry vindos de todo o mundo. O’Flynn fala com o Observador na extensa praça em frente à câmara municipal de Coventry, em cuja fachada se erguem bandeiras de todo o mundo — incluindo a portuguesa. É sinal do enorme número de nacionalidades que habitam a cidade, uma das mais multiculturais do país, mas não das nacionalidades dos estudantes da universidade. “Precisávamos de muito mais bandeiras para isso”, diz o responsável por trazer a Coventry alunos de toda a Europa, da Rússia e da Ásia Central. São mais de 140 os países de origem dos que estudam ali.

Sobre os muitos portugueses que frequentam a universidade, Adam O’Flynn só tem elogios. “Adoramos os nossos estudantes portugueses e temos um número considerável aqui no campus. É uma grande mudança para qualquer estudante que vem para o Reino Unido. Obviamente, eles deixam os amigos, a família, um modo de vida, até o clima. É muita coisa a que têm de se adaptar. É uma grande decisão e não tenho a certeza de se eu seria capaz de tomar essa decisão aos 17 ou 18 anos”, explica o responsável.

Os estudantes portugueses durante a visita às instalações da Universidade de Coventry (Fotografia: António Medeiros)

António Medeiros

A percentagem de portugueses que abandonam os cursos é muito reduzida. Além disso, “integram-se muito bem na universidade”. “Não são apenas os portugueses com outros portugueses. Misturam-se muito bem, juntam-se às equipas desportivas, lideram sociedades. Dão muito mais  à universidade do que apenas o lado académico. É incrível ter tantos portugueses aqui”, assegura. Mas, ao contrário do que acontece com a maioria dos estudantes, o Brexit é uma preocupação para os responsáveis da universidade.

“O nosso governo não sabe o que está a fazer neste momento e não se importa com a forma como vamos reagir. Estamos 100% comprometidos com os nossos alunos europeus e isso nunca vai mudar. Mas, como tudo na vida, é no desconhecimento que é mais difícil antecipar o que fazer. Se o Brexit acontecer e os estudantes europeus passarem a estar ao mesmo nível dos estudantes internacionais, vai ter um impacto grande”, diz Adam O’Flynn ao Observador.

"Se o Brexit acontecer e os estudantes europeus passarem a estar ao mesmo nível dos estudantes internacionais, vai ter um impacto grande"
Adam O'Flynn, responsável da Universidade de Coventry pelo recrutamento de alunos europeus

“Os estudantes europeus têm acesso a financiamentos, não precisam de um visto para vir estudar, podem trabalhar horas ilimitadas em tantos empregos quantos quiserem. O que nós não sabemos é se, caso o Brexit aconteça, isso vai mudar. Estamos todos preocupados na universidade. Se andar por aqui, vai perceber quantos estudantes europeus temos. É uma preocupação. Eles vêm para estudar e para usar o curso como veículo para terem uma boa carreira. São alguns dos melhores estudantes da universidade e acrescentam muito ao Reino Unido. Todas as universidades estão muito preocupadas com o Brexit”, acrescenta.

Tanto que as universidades britânicas a nível nacional — através da associação Universities UK — têm pressionado o governo no sentido de “evidenciar muito os grandes benefícios do recrutamento de estudantes europeus” para o país. O que é certo é que, enquanto o caos político britânico não se resolve, fora dos corredores de Westminster o assunto Brexit parece ter adormecido, comenta o responsável da universidade. “O assunto foi como que posto de lado até vermos o que acontece. Há sempre preocupação, temos perguntas e, para já, estamos à espera de saber o que acontece, que decisões são tomadas. Mas os estudantes europeus vão sempre ser bem vindos aqui em Coventry.”

Nota: O Observador viajou até Coventry a convite da Information Planet, acompanhando a viagem do grupo de estudantes portugueses entre Lisboa e aquela universidade britânica.

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