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DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Paletes de comida apodrecem em fábrica fechada há ano e meio

Caixas, sacos e baldes de comida podre, num espaço cheio de ratos, moscas e com um cheiro nauseabundo. Fábrica de pizzas em Porto Alto fechou há um ano e meio, mas deixou a matéria-prima lá dentro.

O pavilhão da Brieftime está bem identificado na zona industrial de Porto Alto (Samora Correia). Visto de fora — e tirando a falta de camiões a carregar e descarregar —, nada indica que a fábrica esteja abandonada. No interior, pelo contrário, não há forma de o esconder: o cheiro a queijo podre é imediato assim que se transpõe a porta e as pequenas moscas-da-fruta enchem o local, ultrapassadas em número apenas pela quantidade de dejetos de rato espalhados pelo chão. Mas o recheio da fábrica de pizzas refrigeradas está ainda em pior estado do que aquele que se percebe à entrada do amplo átrio. A Brieftime fechou há um ano e meio. As máquinas foram paradas, os trabalhadores não voltaram, mas as paletes de alimentos que sobraram continuam ali.

São dezenas de embalagens com comida em decomposição, ratos mortos no chão e em cima das caixas e um silo cheio de farinha e foram motivo suficiente para que Sérgio Matos, dono do pavilhão que a Brieftime alugou para fazer a fábrica, tenha pedido ajuda às instituição que podem fazer alguma coisa para resolver o problema, como a câmara municipal, a ASAE ou a GNR, por exemplo. Receia que o que se passa ali dentro possa afetar a saúde de quem vive ou trabalha na zona — apesar de o delegado de saúde pública ter entendido, entretanto, que não há risco. Ainda assim, o responsável recomendou a limpeza do local. O problema é arranjar quem esteja disposto a cumprir o serviço.

Além do estado em que se encontra o interior do pavilhão, Sérgio Matos também se queixa da falta de pagamento das rendas por parte da empresa Brieftime, que ali funcionava. Desde que fechou as portas, a fábrica de pizzas estará em dívida — com o senhorio e com mais de 150 outros credores. Foi o fim abrupto de uma empresa que nasceu poucos anos antes, que tinha captado a atenção de um dos maiores grupos de distribuição em Portugal e que parecia ter tudo preparado para ser um caso de sucesso. A realidade é que, quatro meses depois de o investimento de 5,5 milhões de euros ter sido notícia, a Brieftime deixou de conseguir comprar matéria-prima, suspendeu os contratos aos funcionários e deu início a um processo especial de revitalização (PER) — mas o processo ainda não avançou e fábrica está fechada, num impasse.

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Um ano e meio a apodrecer e empresas que recusam limpar

O que agora se encontra no local é mais ou menos o que ficou quando a empresa parou completamente, em fevereiro de 2018 — exceto a quantidade de ratos, moscas e outros bichos que fizeram daquela despensa gigante a sua casa. Queijo, tomate, carne picada, especiarias, farinha e óleos são alguns dos bens alimentares que ficaram no local. Alguns deles estão num estado tão avançado de decomposição que só as etiquetas permitem perceber do que se tratava.

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Pedro Teixeira, um dos sócios, conta que tirou o que conseguiu, mas também confessa que sempre esperou poder voltar a abrir a fábrica. Sérgio Matos, o senhorio, diz que desviou as coisas da zona da entrada e da frente de um portão e que cobriu os restos da comida com plástico para aliviar o cheiro intenso do material em putrefação. Mas a pior parte não está na entrada, está nas câmaras frigoríficas.

No dia em que o Observador visitou o espaço, a divisão onde se armazenava o queijo tinha as portas abertas, o que explica o cheiro podre que invadiu toda a fábrica. Já estariam assim quando Sérgio Matos recebeu de volta as chaves do armazém. E os alimentos na câmara congeladora não estão em melhor estado: sem energia elétrica — que terá sido cortada por falta de pagamento —, não há congelação, mas as portas fechadas mantêm o odor lá dentro — abri-las, mesmo que por apenas alguns segundos, é sempre uma má opção.

“A situação encontra-se contida dentro do armazém, não havendo qualquer odor ou escorrência para o exterior, pelo que a saúde pública no momento da vistoria não estava posta em causa."
João Pedro Machado, coordenador da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Estuário do Tejo

O cheiro no interior do pavilhão é muito intenso, mas no exterior não há qualquer vestígio. Daí que o delegado de saúde pública tenha entendido não haver risco. “A situação encontra-se contida dentro do armazém, não havendo qualquer odor ou escorrência para o exterior, pelo que a saúde pública, no momento da vistoria, não estava posta em causa”, diz João Pedro Machado, coordenador da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Estuário do Tejo, sobre a inspeção realizada por um dos delegados da unidade.

Mesmo com as temperaturas mais altas da última semana, o odor não se terá feito sentir na rua, como confirmaram os funcionários dos outros pavilhões daquela zona industrial do concelho de Benavente. Aliás, não fosse uma reportagem da SIC e uma notícia no jornal O Mirante, quem trabalha nas redondezas continuava sem saber o que se passava lá dentro.

É certo que já não veem ali trabalhadores há muito tempo, mas o espaço exterior parece limpo e cuidado. Sérgio Matos diz recear os incêndios e aplicou, mesmo dentro de uma localidade, a política de limpeza dos matos imposta pelo Governo para evitar os fogos rurais. Só não conseguiu ainda arranjar quem venha despejar os 30 mil litros de água da pequena estação de águas residuais da empresa.

O dono do pavilhão diz que tem perdido dinheiro — o que não recebe das rendas, o das limpezas dos matos e os das reparações das portas danificadas nas tentativas de assalto ao espaço —, mas ainda assim não se importava de investir mais um pouco para limpar o espaço. O problema é que, apesar de as rendas estarem atraso, o contrato de arrendamento ainda é válido. Se tirar dali alguma coisa, mesmo que podre, pode ser considerado roubo. Só pode retirar as paletes de comida fétida quando conseguir uma ordem de despejo do inquilino, mas, segundo ele, as cartas do Balcão Nacional de Arrendamento são devolvidas antes de chegarem ao destinatário.

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Esta terça-feira, uma nova empresa de limpeza esteve no espaço para avaliar as condições e fazer um orçamento. Mas já não é a primeira a tentar. Todas as empresas contactadas anteriormente disseram que não têm condições para limpar a comida apodrecida no interior do pavilhão. Agora, e segundo o presidente da câmara, Carlos Coutinho, a autarquia terá dado 10 dias para a Brieftime resolver o problema.

Falta saber o que vai acontecer com todo o equipamento que ainda se encontra na área de produção, mas isso, provavelmente, não terá resposta antes de se saber se o processo especial de revitalização (PER) avança ou não. Pedro Teixeira gostava que sim, porque continua a acreditar no projeto. “Temos sempre a expectativa de voltar a arrancar com a empresa.” Por isso, explica, deixou os alimentos là dentro, à espera.

Incluindo a farinha, que é motivo para mais uma preocupação: a fermentação da farinha produz gases que podem aumentar o risco de incêndio ou de explosão. “Decidiu-se pedir intervenção ao Serviço Municipal de Proteção Civil de Benavente para avaliação do risco da farinha existente nos silos”, diz João Pedro Machado. Ao Observador, Carlos Coutinho diz que nem o município, nem o Serviço Municipal de Proteção Civil, receberam qualquer pedido deste tipo.

Quanto à limpeza, a empresa que lá esteve esta terça-feira ficou de propor um orçamento no mesmo dia. Ainda ninguém sabe se é desta que a comida estragada é retirada dali — ou quanto tempo poderá demorar essa operação. Outro ponto importante é a escolha de uma empresa certificada para receber este tipo de resíduos.

Crescer em flecha e cair com estrondo

A Brieftime parou, oficialmente, de fazer e embalar pizzas em fevereiro de 2018, segundo o presidente executivo, Pedro Teixeira, cerca de quatro meses depois da inauguração — a 29 de setembro de 2017 —, que contou com a presença do então ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. Mas a empresa não nasceu com a inauguração, nem sequer nesse ano — e a dimensão da festa realizada terá escondido os problemas que já enfrentava. A sociedade tinha sido constituída em 2014, com a ideia de colmatar a lacuna de fornecedores portugueses numa categoria de mercado que valia 30 milhões de euros, segundo Pedro Teixeira, e em 2015 passou a ser a primeira fábrica de pizzas refrigeradas em Portugal. As promessas de sucesso eram muitas, mas duraram pouco tempo. Depois de ter empregado cerca de 80 pessoas, a fábrica fechou portas deixando muitos deles com salários em atraso.

“Adorei trabalhar na Brieftime. E o relacionamento com os patrões também era bom.”
Maria José Parracho, antiga funcionária

Maria José Parracho começou a trabalhar para a Brieftime a 30 de julho de 2015, sete meses antes de venderem a primeira pizza. Primeiro ajudou a fazer a limpeza do espaço e a pintar as passadeiras para os peões. Depois, colaborou na preparação das primeiras amostras para clientes. E, em março de 2016, arrancaram a sério, com 150 mil pizzas para entrega entre março e maio de 2016 ao primeira grande cliente — um grande grupo português de distribuição. “Quando a fábrica arrancou, andámos dois meses para conseguir encher os supermercados”, diz a colaboradora, que, durante esses dois meses, fez 12 a 15 horas por dia, sem folgas, mas, como deixa claro, sem se queixar disso. “Adorei trabalhar na Brieftime. E o relacionamento com os patrões também era bom.” De dois tipos de pizza, passaram para 14, em junho, e chegaram às 500 mil pizzas por mês, contou Pedro Teixeira à publicação Distribuição Hoje, em abril de 2017.

O capital da Brieftime

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A empresa teve apoios nacionais e europeus para a sua constituição, tendo recebido 1,7 milhões de euros através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), noticiou o jornal Eco, em 2017. Somando fundos nacionais, comunitários e capitais privados, a empresa conseguiu um investimento de 5,5 milhões de euros. Para 2018, já se tinha candidatado a um milhão de euros do programa Portugal2020, mas fechou antes de fazer uso da verba.

Segundo a Racius, a Brieftime teve um aumento de capital em janeiro, fevereiro e outubro de 2015, quando ainda não estava a produzir pizzas para venda, outro em agosto de 2017, antes de começar a vender para os novos clientes, e, em março de 2018, começava o processo de revitalização.

As reportagens na altura mostravam um empresa jovem que tinha entrado com o pé direito no mercado. “Enquanto trabalhámos só para a essa empresa, correu tudo às mil maravilhas, não houve ordenados em atraso”, conta Maria João Parracho. “De um momento para o outro, as coisas começaram a desmoronar-se e a gente não sabe como nem porquê”, diz a antiga colaboradora, que afinal até tem uma ideia: foi depois de começarem a produzir para um cliente espanhol, outro grande grupo de distribuição, o grupo Dia. Pedro Teixeira explica o que aconteceu: começaram a vender para o cliente em setembro de 2017, mas não chegaram a receber o dinheiro durante os meses que se seguiram nesse ano. O sócio reconhece o problema de depender quase exclusivamente de grandes clientes, mas também admite culpas: diz que a própria gestão da empresa, da qual fazia parte, cometeu erros que conduziram a este desfecho.

Nuno Elói, que começou a trabalhar na Brieftime em abril de 2016, confirma esses erros: diz que no início tudo corria bem, mas depois começou a ver-se alguma desorganização. “Com o maior fluxo de trabalho, começou a notar-se a falta de experiência das pessoas que estavam a chefiar a empresa.” O antigo colaborador afirma que já em maio de 2017, aproximadamente, era possível perceber que “a situação financeira da empresa já não era boa”. Ainda assim, a administração fez um reforço de capital, com um fundo de investimento, no verão desse ano, para comprar matérias-primas e preparar a entrada dos novos clientes em setembro. A esperança da administração seria a de passar de 400 mil pizzas por mês para 800 a 900 mil. O novo cliente espanhol valia 30 a 40% da faturação e talvez pudesse ser a salvação de que precisavam. “Foi uma última cartada”, diz Nuno Elói. Na verdade, foi mesmo a derradeira: depois de se terem confrontado com a falta de pagamento desse cliente, nunca mais se conseguiram levantar. E os projetos de aumento de produção, já aprovados pelo Portugal2020, nunca chegaram a arrancar.

Pedro Teixeira diz que ainda tentaram recapitalizar a empresa, em janeiro de 2018, mas todas as fontes tinham secado e ele próprio diz já ter investido todo o dinheiro que tinha conseguido reunir ao longo da vida. O que fizeram nesse mês já nem conta como produção, comparado com o que tinham feito nos meses anteriores. Nuno Elói era de chefe de turno e ia lá fazer a limpeza dos espaço e “fazer muito poucos dias de produção”. Não havia matéria-prima, conta. “Os fornecedores, quando iam lá, queriam primeiro o cheque e depois é que deixavam a matéria-prima.” Resultado: não deixavam as encomendas e não havia alimentos para continuaram a produzir as pizzas. Fora isso, os trabalhadores continuavam (e continuam) sem receber parte do salário de dezembro e os salários de janeiro e fevereiro, altura em que suspenderam os contratos com a empresa. Segundo Pedro Teixeira, a Dia só pagou uma parte da dívida e apenas em abril de 2018.

Ao Observador, o Departamento de Relações Exteriores da Dia explica que “a relação comercial com a empresa Brieftime foi quebrada pela deteção de fraude nos produtos fornecidos”. O grupo espanhol acrescenta que a empresa portuguesa nunca cumpriu com os mínimos exigidos pelo controlo de qualidade, apesar de ter sido avisada várias vezes para o fazer.

Uma inauguração pomposa um ano e meio depois da abertura

Uma empresa pequena com grandes planos

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  • O plano era um espaço de dois ou três mil metros quadrados, mas ficaram com um de cinco mil;
  • De dois tipos de pizzas em março de 2016 passaram para 14, em junho;
  • De cerca de 100 mil pizzas por mês, em março de 2016, cresceram para 500 mil, em quatro meses, e para 800 mil no final de 2018;
  • Tinham planeado entrar no mercado com quatro grupo pequenos, mas acabaram por entrar com um único grupo grande português — e ficaram nove meses sem vendas só a preparar a parceria;
  • Começaram com 20 funcionários, passaram para 60 e, no final de 2018, tinham 80.

Distribuição Hoje

Há uma pergunta que se impõe: como é que uma empresa entra em rutura só porque um dos clientes não paga uma encomenda, apenas três ou quatro meses de começar a trabalhar para esse cliente? Pedro Teixeira explica que na grande distribuição — como os hipermercados —, cada cliente pode ter um peso enorme, como o caso do grupo Dia, que representava quase 40% da faturação e obrigou à duplicação da produção pela Brieftime. “Estamos aqui a dizer que houve um cliente que não pagou no final do ano, mas isso não quer dizer que a administração não cometeu os seus erros”, confessa. Se pudesse voltar atrás, diz que tentaria não depender tanto deste tipo de clientes, sobretudo aqueles com quem não tem experiência de negócios no passado, e que se teria salvaguardado com seguros para acautelar uma eventual falta de pagamento. “É verdade que nós, talvez fruto da situação, de estarmos todos entusiasmados, de querer faturar mais, de a empresa estar a crescer, não salvaguardámos outras que devíamos ter salvaguardado.”

O entusiasmo com o novo cliente era tal que a empresa fez uma inauguração vistosa e com muita cobertura mediática, cerca de 18 meses depois de terem vendido a primeira pizza. “Essa parte [a inauguração] é uma coisa que nunca consegui perceber. Nunca consegui perceber a festa que foi para uma empresa daquelas”, diz Nuno Elói. E muito menos tendo em conta que a empresa já estava a passar por dificuldades financeiras. “Quem olhasse, pensava que aquilo nadava em dinheiro.” Assim como quem passasse na estrada e visse os Mercedes e BMW estacionados à porta, critica. Na altura, Pedro Teixeira deu a explicação ao jornal Eco: “Achámos que a inauguração deveria ser feita numa altura em que tivéssemos consolidado a operação”.

“Quem olhasse, pensava que aquilo nadava em dinheiro.”
Nuno Elói, antigo funcionário

Sem conseguir o pagamento em falta e sem conseguir cumprir com as obrigações, a empresa deu início a um PER, apresentado em agosto de 2018, que foi homologado em outubro. Mas houve um credor que contestou e o processo foi bloqueado, conta Pedro Teixeira. A empresa recorreu, mas ainda aguarda o resultado do recurso. Maria José Parracho diz que quase todos os meses liga para saber em que estado está o processo: se continua o PER ou se abre insolvência. Sem a resolução do processo, nem a empresa retoma atividade, nem os cerca de 150 credores recebem o dinheiro em dívida — fornecedores, trabalhadores, bancos e vários serviços (água, luz e gás) que reclamam 6,6 milhões de euros.

“Estamos a perder tempo e estamos a perder oportunidades que têm vindo a aparecer”, diz Pedro Teixeira, falando dos investidores que se têm mostrado interessados em apostar na empresa. A recapitalização por um novo investidor é um dos pontos previstos no PER. Pedro Teixeira diz que não está envolvido nas negociações e não sabe quem são os investidores interessados. A Câmara Municipal de Benavente, por sua vez, diz que são investidores espanhóis, os mesmos que já compraram a empresa Splendid Opportunity. “Recebemos um grupo de investidores espanhóis que estariam interessados na fábrica [da Brieftime] e na Splendid [Opportunity]”, diz Carlos Coutinho, presidente da Câmara Municipal. Tanto quando sabia, havia negociações em curso, que “estariam bem encaminhadas”.

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Pedro Teixeira confirma a venda da empresa da qual também era sócio a um grupo espanhol, mas diz que este processo em nada está relacionado com a situação da Brieftime. E acrescenta que a única proximidade entre as duas empresas é física: a Splendid Opportunity fica do outro lado da rua e o pavilhão onde está instalada também está alugado a Sérgio Matos, que confirma que as rendas estão todas em dia. Os novos donos da empresa estão a preparar o espaço para produzirem lasanha e outros pratos de massa, mas negam ter qualquer interesse na fábrica que têm em frente à porta.

Agora, as empresas podem já não estar minimamente relacionadas, mas na entrevista que Pedro Teixeira deu à publicação Distribuição Hoje, em abril de 2017, dizia que, embora diferentes, iriam trabalhar em parceria. “Os clientes são os mesmos, os fornecedores também na maior parte dos casos, a logística e o transporte também são partilhados. Temos sinergias comuns às duas empresas que trazem a vantagem de oferecer um leque de produtos alargado aos clientes.” A Splendid Opportunity deveria ter arrancado em junho desse ano, mas o Observador não conseguiu confirmar que alguma vez tivesse estado em funcionamento.

Sérgio Matos também não fala da Splendid Opportunity. O seu problema é com a Brieftime, que lhe deve 140 mil euros em rendas, segundo o jornal Valor Local, fora o dinheiro que já investiu para limpar o espaço exterior. Foi graças às denúncias de Sérgio Matos, que se dedica à construção e venda de pavilhões deste tipo, que a situação da Brieftime se tornou mais conhecida. Ao recordar as imagens da reportagem que viu na televisão, os olhos de Maria João Parracho enchem-se de lágrimas. “Deu pena pelo estado em que estão as coisas. Gostava que a fábrica voltasse a abrir. Gostava de voltar a trabalhar lá.” Nuno Elói tem uma ideia muito diferente: “Jamais voltaria a trabalhar com aquelas pessoas [as da administração]. Não quero voltar a passar por aquilo que passei”.

Atualizado dia 28 de agosto, às 11 horas, com a informação de que a câmara municipal não tinha recebido qualquer pedido em relação ao silo de farinha.
Atualizado dia 28 de agosto, às 14 horas, com a resposta do grupo Dia.

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