Sim, a Convenção Nacional da Iniciativa Liberal foi intensa, com longas horas de debate de ideias, perspetivas e opiniões, nem sempre interessantes, nem sempre no tom certo, adequado ou mais eloquente, mas todas feitas de forma livre, por homens e mulheres livres, que escolheram livremente fazer parte dum partido que é o único que assume um verdadeiro projeto de transformação, diria mesmo de revolução cultural, em Portugal.

A Iniciativa Liberal cresceu muito rapidamente, triplicando de dois para mais de seis mil membros em pouco mais de um ano a sua “base”.

É natural que este crescimento fulgurante, enquanto se disputava uma sucessão vertiginosa de eleições desde 2019, tenha trazido algumas dores e obrigue a olhar e a repensar a organização e funcionamento interno do partido, a ligação aos membros e a clarificação de algumas ideias centrais do pensamento e do programa político.

Mas não se iludam os liberais, nem os adversários. Os membros da Iniciativa Liberal sabem, não se esqueceram, que os grandes adversários políticos estão fora do partido.

E são esses adversários que querem muito, querem a toda a força, falar dum partido dividido, em conflito, desavindo consigo mesmo.

Talvez prefiram os partidos de lista única, pensamento único e unanimismo à la Coreia do Norte.

Mas as divergências e disputas fazem parte da vida político-partidária, estão na sua essência. A política, aliás, é isso mesmo, a divergência entre opções. À possibilidade e capacidade de escolher e decidir chama-se democracia, e foi isso que aconteceu na Iniciativa Liberal.

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Parabéns a todos os que saíram do sofá, a todos os que se mobilizaram, a todos os que participaram, aos que se candidataram. Parabéns a todos os membros da Iniciativa Liberal.

Os partidos estatizantes, os que nos governam há quase 50 anos, têm medo, muito medo. Eles sabem qual é a única força política que desafia a situação. Qual é a única força política que quer resgatar o Estado dos interesses, e os portugueses do Estado.

Eles sabem de onde vem a principal ameaça à situação, ao serviço da qual estão.

Eles sabem que é a Iniciativa Liberal que tem as ideias, o projeto e as pessoas que vão contribuir decisivamente para que os portugueses percebam, entendam, que é o Estado que temos que não nos deixa prosperar, é o Estado que temos que não nos deixa ser mais livres, é ele que não permite que concretizemos muitos dos nossos sonhos, porque impõe-se, mesmo quando não é chamado, mesmo quando não é necessário, intromete-se nas nossas vidas, cria-nos obstáculos no caminho da realização pessoal, enquanto se apodera de parte importante do fruto do nosso trabalho e do nosso talento.

Abro aqui para um parêntesis para falar dum tema que parece ter estado no “top of mind” de todos os jornalistas e comentadores que cobriram estas eleições internas.

A estafada conversa, a estafada pergunta, que só interessa à comunicação social e aos adversários da IL (nomeadamente ao PS). Volto a dizer aquilo que entendo que deve ser o único pronunciamento dos dirigentes da IL sobre a regurgitante temática dum putativo acordo com o Chega:

Não há acordos pré-eleitorais.

Não há resultados eleitorais.

Não há nada sobre entendimentos ou desentendimentos.

A IL não tem nada a ver, politicamente, com o Chega, um partido unipessoal, sem ideologia, que diz tudo e o seu contrário, desde que dê votos.

A IL tem um projeto claro: liberalizar Portugal.

O Chega, ninguém percebe o que quer.

Quando houver eleições, se for necessário haver conversações, claro que a IL analisará todos os cenários.

Até lá, só isto interessa ser dito sobre o assunto: A IL e o Chega são politicamente dissonantes e nada os aproxima.

Voltando ao que verdadeiramente importa.

A Iniciativa Liberal escolheu um novo líder para os próximos dois anos. Ele é Rui Rocha, que conquistou os votos de mais de metade dos membros com direito a voto (que são todos os que o quiseram ter). Uma maioria absoluta, portanto, que o legitima absolutamente para o mandato que agora inicia.

Carla Castro obteve a preferência de 44% dos eleitores, e isso mostra que as ideias que defendeu encontraram a adesão de uma parte importante do partido.

Cabe agora a todos a responsabilidade de cimentar de novo a união dentro da IL. Vencedores e vencidos.

A Convenção Nacional já acabou, os liberais já fizeram as suas escolhas.

Agora, os liberais vão saber tocar a reunir para carregar de novo sobre os partidos da situação, sobre o estatismo sufocante, sobre quem quer deixar tudo na mesma, para que nada mude.

No que diz respeito à Iniciativa Liberal, sei onde estou hoje, que é o mesmo sítio onde me coloquei antes da Convenção Nacional: a ajudar no que me for pedido para o sucesso do partido da liberdade, em nome de um Portugal melhor para todos os portugueses.