Já se escreveu muito sobre os incêndios de verão em Portugal.

Das alterações climatéricas ao abandono das matas e dos campos, da falta de organização territorial e de planeamento urbanístico ao desmazelo transversal de demasiadas pessoas e ao crime de fogo posto.

Do “negócio” das golas e fatos de protecção, ao “negócio” do SIRESP, do “negócio” dos meios aéreos de combate às chamas ao festival mediático sobre o assunto (a bombar 24 sobre 24 horas).

Sobram palavras e, se calhar, já se disse tudo.

Pelo que chega.

Vamos aos actos.

Vamos aos meios.

Vamos à logística e à preparação.

Eleve-se o nível de comando e de prontidão.

Altere-se imediatamente o conceito estratégico e o enquadramento jus-policial e militar.

Já é tempo, por outro lado, de implementar ao nível do Estado nacional um novo tipo de estrutura de prevenção e combate ao flagelo dos incêndios, organizado profissionalmente, muito bem pago, mas muito escrutinado e fiscalizado no processo de carreiras e promoções, como se se tratasse de outras forças armadas, com componente terrestre e aérea, estruturada horizontalmente por especialidades e serviços, e verticalmente, organizada por unidades de diversos escalões (v.g., de elite).

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Porque a nossa nova frente de guerra, pura e simplesmente, chama-se Portugal, a arder todos os anos. E já conta com demasiado sacrifício de alguns e muitas vítimas.

Parece que vai piorar.

Pelo que é urgente saber ler e decifrar com rigor e sem nenhumas ilusões a situação, para ganharmos a guerra.

Por exemplo, e para começar: Portugal inteiro, com o Covid e o processo de vacinação, percebeu rapidamente a diferença entre o “boy” socialista que por lá andou uns primeiros meses a fazer confusões desleixadas e fretes a amigos e o subsequente serviço feito à comunidade pelo Almirante Gouveia e Melo, quando correram com aquele tresmalhado.

É escusado assobiar para o lado ou esperar que a matilha oligárquica dê para este peditório.

Temos de ser nós a exigir a limpeza e a mudança.

E já, antes que seja tarde demais.