António Costa não achou estranho o licenciamento do Freeport? Nem teve um momento de perplexidade perante o processo de licenciatura de José Sócrates? Nunca lhe causou surpresa o estilo de vida do primeiro-ministro? A intervenção na TVI? A CGD? O BCP? A PT?… Nada. Nadinha.

Perante o inverosímil de tal declaração não sei se prefiro pensar que António Costa está a faltar à verdade ou se padece do mais extraordinário défice de atenção alguma vez registado neste mundo. E presumo que também nos outros.

Mas o problema das declarações de António Costa não se esgota nesta inverosimilhança, aparentemente grosseira. Na verdade, para lá desta revelação quase anedótica sobre o que não percebeu, António Costa tenta habilmente passar a ideia de que os factos só foram conhecidos num depois que não se sabe ao certo quando aconteceu mas que há-de ter sido “depois”. Só que não foi depois. Foi “durante”, pois praticamente desde que José Sócrates se tornou primeiro-ministro que começaram a vir a público notícias que levantavam muitas dúvidas sobre a sua maneira de proceder.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.