O presidente ucraniano Petro Poroshenko submeteu esta quinta-feira no parlamento um projeto-lei que deverá permitir no futuro a adesão do país à NATO, e justificado pela necessidade de segurança face às ameaças da Rússia.

A decisão de Poroshenko vai implicar a anulação do estatuto de não-alinhado, um estatuto concedido aos países que recusam aderir a qualquer aliança militar ou envolver-se ativamente num conflito armado, como sucede com a Suíça.

A Ucrânia juntou-se ao campo dos não-alinhados em 2010, cumprindo um desejo da Rússia em evitar a aproximação da força aliada às suas fronteiras.

Poroshenko elegeu a adesão à NATO como uma das prioridades em termos de política externa após a sua eleição em maio. Em paralelo, juntamente com a NATO, continua a acusar o seu homólogo russo Vladimir Putin de apoio militar aos separatistas do leste industrializado da Ucrânia.

Apesar dos contínuos desmentidos de Moscovo sobre estas alegações, Poroshenko considera que a “agressão” russa contra o país forçou-o a procurar aliados a ocidente e apresentar este projeto-lei no parlamento.

“O estatuto de não-alinhado da Ucrânia demonstrou que constituía um meio totalmente ineficaz para assegurar a segurança” do país, justificou o presidente numa nota publicada na sua página da Internet.

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