O deputado do BE José Manuel Pureza afirmou hoje, em Coimbra, que a novidade da mensagem de Ano Novo do Presidente da República “é ser a última”, considerando que marca o fim “de 20 anos de cavaquismo”.

“A novidade desta mensagem de Ano Novo do Presidente da República é ser a última”, frisou o deputado do BE e também vice-presidente da Assembleia da República, considerando que “este é o momento em que 20 anos de cavaquismo terminam”.

José Manuel Pureza constatou também que “o fim político e institucional de Cavaco Silva coincide com a afirmação de um novo tempo de esperança e expectativa de recuperação de rendimentos e direitos aos quais” o Presidente da República “fica associado”.

Voltando-se para o conteúdo do discurso do chefe de Estado, o deputado bloquista sublinhou que aquilo a que Cavaco Silva chama de “incerteza” na sua mensagem “a grande maioria dos portugueses chama esperança”.

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“Cavaco sai com azedume de Belém. Azedume contra a decisão democrática da maioria das pessoas”, frisou José Manuel Pureza, que falava na sede do BE em Coimbra.

Segundo o deputado, há hoje “um clima de expectativa, de motivação e de superação de dificuldades”, as quais disse terem sido criadas por um Governo “que teve no Presidente da República o seu principal suporte”.

José Manuel Pureza considerou ainda que “aquele país real de que Cavaco Silva tanto falou na sua mensagem é afinal de contas o país real que foi fustigado por uma austeridade à qual o Presidente da República nunca se opôs verdadeiramente”.

“Há hoje um país real que se levanta e esse outro país real é um país real de combate pelos direitos, de recuperação dos rendimentos, dos salários, das pensões, do Estado Social”, concluiu.

Na sua última mensagem de Ano Novo como chefe de Estado, Cavaco Silva afirmou que se vive um tempo de incerteza e que há um modelo político, económico e social a defender, que é aquele que vigorou nas últimas décadas.

Durante a mensagem, Cavaco Silva também elogiou “o país real” que disse ter conhecido de perto nos últimos dez anos, mas que considerou ser desconhecido por muitos políticos e subvalorizado, e declarou-se confiante na “ambição patriótica” dos portugueses.