Os sete filhos adultos vão, ainda esta semana, para um centro de assistência estatal. Os seis menores de idade serão divididos em duas casas de acolhimento. Os 13 filhos torturados e acorrentados pelos pais, Louise e David Turpin, no número 160 da Rua Muir Woods, em Perris, cidade no condado de Riverside, Califórnia, não vão viver juntos depois de finalizarem os tratamentos nos hospitais. Mesmo tendo pedido aos assistentes sociais para ficarem juntos, de acordo com uma fonte relacionada coma investigação, em declarações à CBS News.

Assim que foram libertados os 13 filhos do casal foram alimentados e internados em dois hospitais diferentes: os seis menores foram levados para um centro médico do Riverside University Hospital System, em Moreno Valley, e os sete filhos adultos para o centro médico regional de Corona, ambos na Califórnia. “Eles estão muito conscientes do que aconteceu. Estão cientes da situação. Estão a lidar com isso. Diria que estão felizes no ambiente em que estão, no momento. Sentem que os enfermeiros e a equipa de profissionais médicos estão a cuidar deles realmente e preocupam-se com eles “, revelou Mark Uffer, diretor executivo do centro médico regional de Corona à revista People.

[Veja aqui as imagens de uma câmara de videovigilância que mostra os filhos a serem libertados e os pais a serem detidos]

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Foram entretanto divulgados vídeos de uma câmara de videovigilância de uma casa vizinha à “casa dos horrores” que mostram os momentos depois da polícia ter descoberto o que se passava para lá das paredes no número 160 da Rua Muir Woods: “Várias crianças acorrentadas às suas camas com correntes e cadeados, na escuridão e num ambiente com cheiros nauseabundos“. Os vídeos mostram algumas das crianças a serem libertadas e os pais, Louise e David, a serem detidos e a entrar num carro da polícia.

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O caso foi descoberto há cerca de duas semanas, depois de a irmã de 17 anos — que “parecia ter 10” devido ao seu “tamanho pequeno” e “aparência magra” — ter conseguido fugir e denunciar a “história macabra” às autoridades.

O casal enfrenta agora uma pena que pode ir “até 94 anos de prisão”, se forem condenados. O valor da fiança é de 13 milhões de dólares (cerca de 10,3 milhões de euros) a cada um dos pais. Estão acusados de 38 crimes no total. Louise e David foram acusados de 12 crimes de tortura, sete de abuso contra um adulto dependente, seis de abuso de menores e 12 anos de falso sequestro. David está ainda acusado do crime de um “ato obsceno a uma das crianças”. Esta quarta-feira, o procurador responsável pelo caso vai pedir ao juiz que Louise e David sejam impedidos de contactar com os filhos.

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