A mulher, de nacionalidade portuguesa, que foi detida na madrugada de segunda-feira à porta do prédio de um agente da PSP que fez um disparo fatal sobre um suposto sequestrador ficou em prisão preventiva depois de ter sido presente a um juiz esta quarta-feira, confirmou fonte da Polícia Judiciária ao Observador. Está fortemente indiciada pelos crimes de roubo e sequestro.

De acordo com a versão do agente da Unidade Especial de Polícia (UEP), naquela madrugada, “quando se encontrava parado num semáforo [em Algés], um suspeito terá entrado na sua viatura”. O suspeito obrigaria a vítima a entrar num outro carro (conduzido pela mulher que agora ficou sujeita à medida de coação mais gravosa) e “à posteriori a deslocar-se a um multibanco e de seguida à sua residência”.

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Foi na residência do polícia, em Benfica, onde este guardava a arma de serviço, que, de acordo com a sua versão, foi feito o disparo fatal que vitimou o homem. A mulher não chegou a entrar na sua casa, foi detida à porta do prédio, dentro do seu carro.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária. Neste momento, a Inspeção geral da Administração Interna e a PSP já abriram processos para averiguar a conduta do agente da PSP e as circunstâncias em que o disparo foi feito.

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