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AFP/Getty Images

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A direita após o choque. "Amigos para siempre"?

Foi assim na campanha: Passos e Portas juntos, em Bragança, ao som de "Amigos para Siempre". Mas isso já lá vai. Agora, na oposição, o que significa a esquerda unida para o PSD e (sobretudo) CDS?

O casamento começou difícil. Ou melhor, em rigor, a renovação dos votos é que se ia complicando: depois de quatro anos de governação duros, com um triunvirato como parceiro de namoro e uma crise de verão pelo meio, Passos Coelho e Paulo Portas estiveram até abril de 2014 no vai-não-vai. Até que foram: trocaram novamente alianças, enfrentaram juntos as eleições, venceram a corrida a São Bento, quando quase ninguém acreditava que fosse possível, e formaram Governo. Isto até serem ultrapassados na curva por António Costa. Prometeram estar juntos na alegria e na tristeza, até que o Governo laranja e azul durasse. Agora, juntos na valsa da oposição, existe amor que chegue para as terceiras núpcias? Esta quinta-feira, no debate quinzenal com António Costa, sociais-democratas e centristas começam os ensaios.

A verdade é que António Costa derrubou um “muro” que muitos juravam inquebrável. Conseguiu levar o Bloco de Esquerda e o PCP para o centro das decisões políticas e juntou ao seu porta-chaves a chave do Palácio de São Bento. A direita não lhe perdoa o “golpe” e cerra fileiras à espera do mínimo deslize. Mas até quando? Essa é a “pergunta para um milhão de dólares”: no futuro, PSD e CDS estarão condenados a trocar a alianças para controlarem o Parlamento e a enfrentarem juntos os desafios que se avizinham, nomeadamente as próximas eleições? Parafraseando Paulo Portas, estão condenados a serem best friends forever? Nos próximos tempos, seria o lógico a fazer, responde a maioria dos centristas ouvidos pelo Observador. Ainda assim, a posição não é unânime e há já quem, entre sociais-democratas não-alinhados com Passos Coelho (e não só), ponha em causa o matrimónio.

É o caso de José Eduardo Martins, ex-secretário de Estado do Governo de Durão Barroso. Ao Observador, o social-democrata começa por lembrar que “na pior altura da sua história, PSD e CDS conseguiram 38% dos votos”. Com Costa a navegar pelas estranhas marés da esquerda, existe “espaço para o PSD ocupar o centro moderado”. Basta, para isso, que o partido esteja “empenhado em recentrar-se no seu projeto da social-democracia” e a empurrar borda fora o CDS. “Há vantagens em PSD e CDS separarem-se“, assume sem rodeios.

Esta posição não é exclusiva de José Eduardo Martins. Entre várias interrogações, era também isso que insinuava Pedro Santana Lopes, num artigo de opinião publicado no Correio da Manhã. “Se não tivesse havido coligação, existiria hoje este acordo à esquerda? Não se sabe, mas seria menos provável e seria mais verosímil um Governo minoritário do PS, contando com compreensão do PSD“. Mas como o que está feito, feito está, o ex-primeiro-ministro atirava: esta é uma altura importante “para se tirar lições para o presente e para o futuro” e “cogitar-se sobre qual será a durabilidade da coligação, agora no papel de oposição“.

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Passos recandidato

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O PSD marcou já as diretas para eleger o próximo líder, assim como o seu próximo congresso. Pedro Passos Coelho será de novo candidato nas eleições internas que ficaram agendadas para março, logo após a tomada de posse do novo Presidente da República. Não se anteveem adversários – mas na política nunca há dados adquiridos.

O menos tempo possível, quase responde José Eduardo Martins. Enquanto António Costa se entretém a “empinar a bola em cima do nariz para ver se ela não cai”, o PSD deveria aproveitar para rever a sua estratégia, “despir de vez as suas vestes paroquianas” e “de direita ultramontana” e romper com a coligação. “Coligações na oposição não fazem sentido, para isso mais valia fundirem-se“. Direção: centro moderado, aponta o ex-secretário de Estado.

Já em outubro, fonte parlamentar do PSD dizia em off ao Observador que, se o objetivo é recuperar os votos ao centro, então o casamento com o CDS não será assim tão vantajoso durante muito mais tempo.

Nuno Morais Sarmento, ministro da Presidência de Durão Barroso (e depois de Santana Lopes), na RTP, tinha uma tese semelhante: existe uma ala do partido disposta a apostar todas a fichas para colocar o partido novamente ao centro. Uma ala informalmente representada por Manuela Ferreira Leite. A mesma que, na TVI24, não deixava dúvidas em relação à sua posição: “É o momento de o PSD e o CDS se separarem, cada um siga o seu caminho. Veria isso com bons olhos, efetivamente são todos muito simpáticos, mas ‘amigos, amigos, negócios à parte'”.

Antes, a ex-ministra das Finanças de Cavaco Silva tinha deixado um recado semelhante, a propósito da demora do PSD em formalizar o apoio à corrida presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa. “Não quero que o PSD seja um partido de direita. No dia em que for um partido de direita, provavelmente acaba a possibilidade de algum dia o PSD tornar a vir a ser governo sozinho“.

O PSD deveria aproveitar para rever a sua estratégia, "despir de vez as suas vestes paroquianas" e "de direita ultramontana" e romper com a coligação
José Eduardo Martins, social-democrata e ex-secretário de Estado

Nem todos pensam o mesmo, claro. No dia em que PSD e CDS formalizaram o apoio conjunto a Marcelo Rebelo de Sousa para a corrida presidencial, Marco António Costa, vice-presidente e porta-voz social-democrata, era desafiado a comentar as mesmíssimas palavras de Manuela Ferreira Leite – era altura de colocar o PSD ao centro, insistia a ex-ministra das Finanças. “A nossa posição tem estado sempre ao centro“, começava por garantir o número dois do PSD. E depois de o PS ter assumido uma campanha de “radicalização à esquerda” esse “centro só pode ser ocupado por nós”, insistia.

Dias mais tarde, em entrevista ao jornal Público, Pedro Passos Coelho repetia o mesmo: “Tivemos que lidar com circunstâncias muito difíceis e, portanto, tivemos de adotar muitas políticas de austeridade, mas a austeridade como se vê na Grécia não é de esquerda nem é de direita. Quando não há dinheiro as políticas de austeridade impõem-se por si próprias”, justificava-se o ex-primeiro-ministro.

Sobre as relações com o CDS, Passos deixou um desejo: que se mantenham “boas” e privilegiadas, como o foram ao longo destes anos. Isto, “apesar de o Governo ter terminado e da coligação ter terminado por essa razão“, como fez questão de lembrar.

Sem espaço para fusões, coligação desfeita, mas não irrepetível, admitiu, ainda assim, o líder social-democrata – resta agora saber em que condições. Na mesma entrevista, Passos levantou ligeiramente o véu: “São partidos em que cada um tem o seu espaço próprio e por essa razão é que pode haver relevância em que constituam coligações e até possam fazer uma frente eleitoral em circunstâncias particulares, mas creio que ninguém no PSD, nem no CDS esteja interessado numa fusão dos partidos”. Uma frente eleitoral contra a aliança de esquerda?

Contra António Costa e a esquerda radical, marchar, marchar. Parece ser, por esta altura, o lema de PSD e CDS. Ao Observador, é isso que diz Nuno Melo, eurodeputado eleito pelo CDS. “O centro-direita deve estar unido até que este processo de usurpação parlamentar se conclua“. Aliás, lembra o centrista, “o projeto de coligação não se esgotou pelo facto de António Costa ser Governo, muito pelo contrário”. Mais até: os dois partidos “são também a encarnação de quem se sente usurpado na sua legitimidade democrática”.

Por isso, “é lógico e natural” que os “dois partidos estejam em articulação”, concorda Telmo Correia, deputado do CDS. Não só porque o que está em causa é a “defesa de uma herança comum” que a esquerda elegeu como alvo, mas porque é a consequência natural do “trabalho que os dois partidos desenvolveram nos últimos quatro anos”.

É quase uma cadeia ação-reação: durante quatro anos, PSD e CDS defenderam um projeto político (quase) comum. António Costa questionou-o e colou-se à esquerda para o derrubar. É a vez de PSD e CDS darem resposta na oposição. Como vai ser garantida essa articulação, é, para já, algo que não foi discutido, assume Telmo Correia – pode não passar, necessariamente, por uma coligação formal ou algo semelhante. Mas o deputado centrista tem uma coisa por certa: “Essa articulação não impede de maneira nenhuma a afirmação do CDS no Parlamento“. Aliás, olhando para o grupo parlamentar, os homens do Largo Adelino Amaro da Costa “têm todas as condições para aí fazer um brilharete“.

"É o momento de o PSD e o CDS se separarem, cada um siga o seu caminho. Veria isso com bons olhos, efetivamente são todos muito simpáticos, mas ‘amigos, amigos, negócios à parte"
Manuela Ferreira Leite, na TVI24

Condenados a nova coligação?

Primeiro: olhando para os dados que hoje estão em cima da mesa, os astros parecem alinhar-se no mesmo sentido. De acordo com as últimas sondagens, apenas juntos PSD e CDS teriam força suficiente para alimentarem aspirações de controlar o hemiciclo – e juntos em coligação (que ajuda a ganhar mais uns deputados). Segundo: com a porta à esquerda escancarada – ou com o resto do “muro” derrubado -, esta solução encontrada por António Costa pode repetir-se no futuro, impedindo a direita de governar a não ser que consiga uma maioria. Certo?

Não necessariamente, responde Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado do Governo PSD/CDS. A tese do centrista é mais ou menos esta: se o Governo socialista correr mal, a direita não precisará necessariamente de uma maioria absoluta para governar. O PCP, por exemplo, poderia dizer simplesmente, ‘com os socialistas, outra vez, jamais!’. Mas isto é se a aliança à esquerda correr mal.

Se a experiência correr bem, ou seja, se a fórmula PS-BE-PCP entrar definitivamente na lista dos arranjos parlamentares a ter em conta, significa que sociais-democratas e centristas estão obrigados a juntarem-se em coligações pré ou pós-eleitorais para dominarem o Parlamento? “É tudo bastante hipotético. Mas, em termos concretos, é razoável antever que num futuro próximo a direita tenha de estar junta“, admite Filipe Anacoreta Correia, do Movimento Alternativa e Responsabilidade (MAR), corrente de oposição interna a Paulo Portas. “Pode suceder que sim. É mais fácil se estiverem juntos“, reconhece também Diogo Feio, vice-presidente do CDS. “Mas é extemporâneo falar nisso. São questões que têm os seus tempos de reflexão“, acrescenta depois, como quem atira um assunto difícil para outros calendários.

"O centro-direita deve estar unido até que este processo de usurpação parlamentar se conclua"
Nuno Melo, eurodeputado do CDS

Mas a pergunta difícil é incontornável: este casamento de conveniência obrigaria o CDS, enquanto o partido mais pequeno da coligação, a repensar a sua estratégia? Não há risco de perder a sua autonomia? A posição é (quase) unânime entre os ouvidos pelo Observador: mesmo como camarada de armas do PSD, o CDS nunca perderá a sua identidade ou tampouco verá a sua sobrevivência em jogo. Palavra de CDS’s.

“As coligações são uma realidade europeia. Não implicam fusões ou perdas de identidade. Durante os últimos quatro anos, nunca vi a identidade do CDS beliscada”, garante Nuno Melo. Há risco de sociais-democratas e centristas estarem a caminhar para uma fusão informal? “Essa questão não se coloca de todo“, atira Telmo Correia.

A verdade é que António Costa não resistiu à provocação: no dia em que foi ao Parlamento defender o seu programa de Governo, o primeiro-ministro disse não se lembrar da última vez em que o CDS foi a votos. A resposta vem de Telmo Correia e está na ponta da língua: “Ao contrário do que diz António Costa, o CDS não tem medo de ir a votos“, garante o centrista. “É um problema de memória do Dr. António Costa. O CDS é um partido com 40 anos de história. É patético falar nesses termos“, acrescenta Diogo Feio. “António Costa deveria estar a dirigir uma crítica à sua nova parceira de coligação, Heloísa Apolónia, d’Os Verdes”, remata José Ribeiro e Castro.

Portas reconhece: CDS tem de "parar para pensar"

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Paulo Portas quer fazer tudo passo a passo – e já assumiu que o próximo congresso do CDS vai ser “muito importante na história do partido” e “para o futuro do partido”. Foi isso que repetiu no Conselho Nacional centrista, onde deixou escapar que “o CDS tem de parar para pensar” e para repensar o seu papel agora na oposição. O próximo congresso do CDS deverá ter lugar numa de duas datas – ou a 12 e 13 de março ou a 9 e 10 de abril. Antes ou imediatamente depois do Congresso do PSD (1, 2 e 3 de abril). De um lado e do outro, centristas e sociais-democratas vão, muito provavelmente, discutir que caminho seguir.

No entanto, mais uma vez, os dois partidos têm ainda de perceber “qual é a melhor forma de defenderem esta plataforma política” tendo em conta que é composta por duas forças “que ganharam as eleições” e que se viram derrubadas por uma “maioria que não foi a votos”. Essa realidade “quase que coloca automaticamente os dois partidos juntos” no mesmo barco, sublinha, Telmo Correia.

Filipe Anacoreta Correia, no entanto, quer mais: ou PSD e CDS colocam os papéis para o divórcio ou reforçam os laços do matrimónio. “O limbo não é conveniente para o CDS. Deve fazer-se uma avaliação do projeto político e decidir: ou se reforça a coligação ou se desfaz”. Meio-termo é que não, alerta.

Do ponto de vista político, “havendo uma frente de esquerda radical, faz sentido existir uma frente de centro-direita“. Os passos decisivos foram dados durante a campanha, quando “finalmente se conseguiu coesão, respeito mútuo das bases e das direções dos dois partidos”.

Mas há muitas condicionantes em jogo, como o próprio reconhece. “É muito difícil antecipar todos os cenários”, a começar, desde logo, pela data das próximas eleições. Para já, “no tempo político em que estamos, faz sentido mantermos uma estratégia de coesão e afirmarmos essa coligação porque ela, hoje, formalmente não existe“.

E no futuro? Na teoria, mais uma vez, o CDS teria a ganhar em partir para as eleições coligado com o PSD – dessa forma asseguraria mais assentos parlamentares. Também é possível ler esse cenário ao contrário: sempre que as coligações se separam, quem sofre geralmente é o partido mais pequeno. Foi assim, por exemplo, no Reino Unido, com Nick Clegg, líder dos liberais-democratas e parceiro de coligação de Cameron no anterior Governo.

Ribeiro e Castro, Nuno Melo, Diogo Feio, Telmo Correia e Anacoreta Correia reconhecem que o CDS pode sair penalizado nas próximas eleições. Mas é Anacoreta Correia quem define o tom: nem serão cenários hipotéticos a condicionar a ação do CDS – “nada me diz que para o CDS seja mais vantajoso ir coligado com o PSD” -, nem “as contas de mercearia” (assentos parlamentares, leia-se) a fazê-lo.

"O limbo não é conveniente para o CDS. Deve fazer-se uma avaliação do projeto político e decidir: ou se reforça a coligação ou se desfaz"
Filipe Anacoreta Correia, do CDS

Apoio a Marcelo. Mais uma prova?

Muito crítico da forma com que a direção centrista tem guiado todo o processo de coligação (antes e depois das eleições), José Ribeiro e Castro já aqui no Observador falou sobre o “dia em que o CDS morreu“. Críticas que repete agora: “A direção do CDS tem hoje um comportamento bastante sectário e uma atitude severista. Existe uma grande desorientação na compreensão dos resultados“.

O partido, continua Ribeiro e Castro, é vítima de uma sucessão de erros de Paulo Portas e dos seus homens de confiança, desde logo por ter falhado em aprovar as listas conjuntas em tempo útil. “A coligação deveria ter sido formalizada um ano antes”, insurge-se. Com esta “decisão tardia, falhou tudo – falhou a maioria absoluta”, o grande objetivo. “Se os dois partidos tivessem dado mostras de coesão poderiam ter conseguido os deputados que faltavam“.

A estratégia no pós-eleições é consequência natural da sucessão de erros. “Vejo que o CDS tem estado numa linha bastante radical. É um erro de leitura e de compreensão, que tem inspirado erros consecutivos”. À cabeça, a formalização do apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, um candidato presidencial “que tem uma leitura absolutamente oposta” à dos partidos da coligação.

Se o CDS tiver a tentação de se fundir com o PSD será a "extinção do partido"
Ribeiro e Castro, ex-líder do CDS

O que resta, então, ao CDS? Deixar “a poeira assentar” e depois repensar a estratégia a seguir. “O CDS apresentou sempre um projeto e uma identidade próprios” e pode continuar a fazê-lo a solo ou mesmo prolongado esta coligação. “Nunca tive reservas de princípio em relação a projetos de tipo A e B”, desde que o CDS se “salvaguarde como uma alternativa de valor”, sublinha. “O CDS lutou pela sobrevivência várias vezes e sobreviveu. Agora, depende da vontade da direção e dos militantes do partido – é preciso saber se têm ou não vontade autónoma”. Mas é precisamente isso que “tem faltado”, sublinha Ribeiro e Castro. Uma coisa para o anterior líder centrista é certa: se o CDS tiver a tentação de se fundir com o PSD será a “extinção do partido“.

Do lado socialista, a expectativa é uma: a coligação entre PSD e CDS vai quebrar pelo lado dos centristas e aí vai ser possível dialogar com os sociais-democratas. Até ver, para além dos críticos externos, não existem sinais públicos de brechas na aliança da direita. Pedro e Paulo serão mesmo “amigos para siempre”, ou tudo será como Manuela Ferreira Leite vaticinou: “Amigos, amigos, negócios à parte”?

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