Elementos do Corpo de Intervenção (CI) da PSP de Faro vão realizar, na próxima quinta-feira, um “almoço protesto” contra a forma como têm sido tratados pelos superiores hierárquicos, anunciou esta sexta feira a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).

Em causa estão as pressões que elementos de um subgrupo do CI de Faro recebeu do seu comandante para realizarem obras de construção civil, durante o serviço, nas instalações da Unidade Especial de Polícia (UEP) daquela cidade, disse à agência Lusa Paulo Gonçalves, dirigente da ASPP no CI de Faro.

Segundo o sindicalista, cerca de duas dezenas de elementos do CI de Faro “asseguram que foram pressionados” para realizar trabalhos de construção civil durante as horas de serviço, tendo, muitos deles, feito esse serviço com receio de virem a ser prejudicados ou ser alvo de discriminação.

Paulo Gonçalves adiantou que o “almoço protesto” surge após uma reunião da ASPP com o comandante da força destacada da UEP, em Faro, e de um protesto interno realizado, no final de maio, pela maioria do efetivo de um subgrupo do CI, mas que “foi ignorado”.

O CI em Faro é composto por um grupo operacional de cerca de 50 elementos, que estão divididos em dois subgrupos, tendo um deles, que se “sentiu lesado”, decidido realizar o protesto na próxima quinta-feira, que consiste num almoço num restaurante da cidade e na elaboração de um carta para enviarem ao diretor nacional da PSP, explicou.

O dirigente da ASPP sublinhou que o “almoço protesto” não consiste num levantamento de rancho, porque a UEP de Faro não tem refeitório.

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