O Banco de Portugal (BdP) diz que o objetivo da operação é “maximizar o valor da transação”, ou seja, a venda do Novo Banco, e a mesma “seguirá as melhores práticas internacionais, sem afetar a normal atividade” da instituição, realçou a entidade liderada por Carlos Costa.

Em comunicado, o regulador revela que “convidou o BNP Paribas Corporate Finance a apresentar uma proposta para prestação de serviços como assessor financeiro do processo que levará à criação de uma estrutura acionista estável e comprometida com o desenvolvimento do Novo Banco.”

“A operação será promovida em articulação com a administração do Novo Banco, através de um processo transparente e competitivo”, pode ler-se.

Conforme sublinhou o supervisor, “no dia 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal aplicou uma medida de resolução ao Banco Espírito Santo [BES], transferindo o essencial da sua atividade para o Novo Banco, adequadamente capitalizado e em condições de continuar a desenvolver a atividade sem perturbações”.

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E reforçou: “O Novo Banco tem pleno acesso às facilidades de cedência de liquidez do Eurosistema e beneficia das mesmas condições de financiamento das restantes instituições de crédito nacionais. Os depósitos foram plenamente preservados, bem como todas as obrigações não subordinadas. Foram igualmente preservados os postos de trabalho e as relações comerciais até então mantidas pelo Banco Espírito Santo”.

Já “os ativos problemáticos permaneceram no balanço do Banco Espírito Santo”.

Nos termos da legislação aplicável, o capital social do Novo Banco é integralmente detido pelo Fundo de Resolução, pelo que “compete ao Banco de Portugal promover o processo que garanta uma estrutura acionista estável para a instituição e o desenvolvimento da sua atividade”.