O ramo sírio da rede terrorista Al-Qaida e grupos rebeldes tomaram esta quarta-feira a passagem de Quneitra, que liga a parte síria dos montes Golã à zona ocupada por Israel, disse o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

“A Frente Al-Nosra e outros grupos rebeldes tomaram a passagem de Quneitra e os combates com o exército sírio continuam na zona”, acrescentou Rami Abdel Rahmane, diretor da organização não-governamental OSDH, com sede em Londres.

Pelo menos 20 soldados e quatro rebeldes morreram nos combates, acrescentou o responsável da OSDH, que se apoia numa vasta rede de fontes médicas e militares. Esta passagem, único ponto de contacto entre Israel e a Síria, caiu brevemente nas mãos dos rebeldes em junho do ano passado, mas foi reconquistada pelo exército sírio.

A Frente Al-Nostra e vários grupos rebeldes anunciaram esta quarta-feira o início da batalha “de libertação” de Quneitra. Posteriormente, grupos rebeldes, incluindo a Frente dos revolucionários da Síria (não islamita), comunicaram “a libertação” da passagem, através da rede social Twitter.

Durante os combates, um soldado israelita ficou ferido por disparos a partir da Síria, de acordo com uma porta-voz militar israelita. Em represália, o exército de Israel “bombardeou duas posições das forças armadas sírias no planalto dos Golã sírios”, de acordo com um comunicado. Esta passagem é sobretudo usado por habitantes drusos da parte dos Golã ocupada por Israel, para irem estudar, trabalhar ou casar na Síria.

Israel está oficialmente em guerra com a Síria e ocupa, desde 1967, cerca de 1.200 quilómetros quadrados do planalto dos Golã, que anexou, numa decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Perto de 510 quilómetros quadrados estão sob controlo sírio.

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