Pelo menos 230 pessoas ficaram feridas em Islamabad, Pasquistão, durante confrontos entre manifestantes anti governamentais e a polícia, disse à Agência France Press fonte hospitalar. “Recebemos 164 pessoas, duas das quais em estado crítico”, disse à France Press Wasim Khawaja, porta-voz do Instituto de Ciências Médicas de Islamabad. Já o hospital “Policlínica” deu conta de 70 feridos, estimando em 234 o total de feridos no confronto.

Os confrontos, durante os quais foram disparadas balas de borracha e utilizado gás lacrimogéneo, ocorreram quando perto de 25 mil simpatizantes de Imran Khan, um ex-jogador de críquete que se tornou político nacionalista, e de Tahir ul-Qadri, um chefe religioso residente no Canadá que desde 15 de agosto pede a demissão de Nawaz Sharif, marcharam do parlamento até à residência do primeiro-ministro onde fizeram barricadas, noticia a Agência France Presse.

Os manifestantes usaram um guindaste móvel para mover os contentores gigantes bloqueando o acesso à residência do primeiro-ministro, localizada perto do “enclave diplomático”, a zona de segurança onde se localizam as principais embaixadas, entre as quais a da França e a dos Estados Unidos.

Perante o fluxo de milhares de manifestantes, alguns dos quais munidos de paus, a polícia recorreu a gás lacrimogéneo e balas de borracha. Tratou-se da primeira vez que as forças de segurança usaram gás e balas de borracha desde o início da revolta contra o governo.

“Os manifestantes queriam invadir edifícios que são símbolos do Estado. Nós respondemos à sua tentativa e continuaremos a fazê-lo usando a força se for necessário. É nosso dever”, disse o ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif. Segundo fontes hospitalares, os confrontos fizeram pelo menos 120 ficaram feridos, incluindo mulheres e agentes da autoridade. As autoridades também isolaram várias estradas de acesso a Islamabad.

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