Um tribunal ordenou, esta sexta-feira, o governo americano a ceder os vídeos em que aparece um prisioneiro de Guantánamo, que estava em greve de fome, a ser obrigado a comer. A juíza distrital Gladys Kessler respondeu assim ao pedido de várias organizações internacionais. Nas imagens aparece o recluso sírio Abu Wa’el Dhiab  a ser arrancado da sua cela para ser alimentado. Dhian está preso em Cuba desde 2002, após os atentados de 11 de setembro.

“Estamos muito satisfeitos com esta decisão, que permitirá ao povo americano ver com seus próprios olhos os tipos de abusos que estão a ser praticados”, disse o advogado de Dhiab, Jon Eisenberg, à Associated Press.

O advogado acredita que com a publicitação destas imagens “práticas terríveis chegarão ao fim”. O encerramento da prisão de Guantánamo foi uma das promessas de Obama em plena campanha eleitoral. Portugal chegou a receber dois reclusos, na sequência da libertação de dezenas de prisioneiros, que se concluíu nada terem a ver com os atentados.

Nos últimos meses, o presidente norte-americano tem sido pressionado para fechar a prisão e encontrar alternativas para os reclusos que ali se encontram. Recorde-se que, no ano passado, a prisão cubana teve a greve de fome mais longa da sua história, com mais de 100 detidos a recusar alimentos.

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